“Meu sétimo livro é um mergulho no poder da escrita”, descreve Izau Christofer
CARATINGA- Com o lançamento virtual de “O Caderno das Histórias Nunca Contadas”, marcado para o dia 2 de abril e um evento presencial a ser anunciado em breve, o escritor Izau Christofer está empolgado para compartilhar sua mais nova obra. “Este é o meu sétimo livro, um marco significativo na minha trajetória literária, e talvez o mais misterioso e intrigante que já escrevi”.
Durante 20 dias, Izau compartilhou em sua página no Instagram diversos spoilers sobre essa nova obra, deixando os leitores curiosos e ansiosos. Agora, finalmente, o grande dia está chegando!
A produção do livro contou com o apoio da Lei Aldir Blanc (PNAB) Municipal, o que foi essencial para a realização desse projeto. Além disso, a obra passou pela revisão de Moab J. Silva, com uma capa e diagramação cuidadosamente pensadas para transmitir toda a atmosfera enigmática da história.
Mais do que uma simples narrativa de fantasia e mistério, “O Caderno das Histórias Nunca Contadas” traz uma reflexão profunda sobre o impacto das palavras, “as consequências de nossas escolhas e os segredos que o tempo esconde. A ideia central do livro nasceu do meu fascínio pelo poder da escrita e pela ideia de que toda história esquecida ainda tem o potencial de ser contada”.
Após o lançamento presencial, o escritor pretende doar exemplares do livro para algumas escolas de Caratinga, garantindo que mais alunos possam ter acesso a essa história. “Acredito fortemente que a literatura deve ser acessível a todos, e essa é a minha forma de incentivar a leitura e despertar a imaginação de futuros leitores”.
Confira mais detalhes na entrevista:
A inspiração para o livro: de onde surgiu a ideia do caderno que transforma a escrita em realidade?
A escrita sempre foi algo muito poderoso para mim. Desde que comecei a criar histórias, percebi como as palavras têm força para moldar nossa realidade, nossas emoções e até mesmo a maneira como enxergamos o mundo.
A ideia de um caderno que não permite apagar o que foi escrito surgiu dessa reflexão: e se cada palavra tivesse um peso definitivo? Como lidaríamos com essa responsabilidade? Esse conceito foi se expandindo conforme eu desenvolvia a história, percebendo que, mais do que um simples objeto mágico, o caderno poderia ser um portal para explorar temas mais profundos como arrependimento, consequências e o poder da memória.
Além disso, sempre gostei de histórias que misturam o real e o fantástico de maneira sutil, onde o sobrenatural se entrelaça com a vida cotidiana. Meu objetivo era criar uma trama envolvente, que fizesse o leitor se perguntar: E se fosse verdade?
Malley e sua jornada: como o protagonista cresce ao longo da trama?
Malley é um jovem que se vê preso entre a ficção e a realidade ao descobrir o poder do caderno. No início, ele encara essa descoberta com fascínio e curiosidade, mas logo percebe que cada palavra escrita tem um peso que ele talvez não esteja preparado para carregar.
A trama se desenvolve conforme Malley aprende a lidar com as consequências de suas escolhas. Ele enfrenta dilemas morais, tenta entender o passado misterioso do caderno e descobre que esse objeto já passou por várias mãos antes da sua. A grande questão é: ele conseguirá controlar o poder do caderno ou será controlado por ele?
Esse crescimento é um dos pilares da narrativa. Ao longo do livro, Malley se torna mais consciente do poder das palavras e da importância de cada decisão. Seu percurso é marcado por reviravoltas, segredos revelados e um mistério que cresce a cada página.
O mistério do caderno: qual a sua verdadeira origem?
O caderno não é apenas um objeto mágico. Ele carrega uma história própria, repleta de enigmas e segredos deixados por aqueles que o usaram antes de Malley. A cada descoberta, ele percebe que não é o primeiro a tentar entender o que esse caderno realmente significa – e que talvez alguns de seus antigos donos tenham desaparecido por causa dele.
Há trechos escritos por escritores que vieram antes, frases enigmáticas escondidas entre as páginas e pistas sobre o destino daqueles que ousaram usar o caderno. Esse mistério se aprofunda conforme Malley investiga os rastros do passado e percebe que o verdadeiro perigo pode não estar no que ele escreve, mas no que já foi escrito.
Palavras que não podem ser apagadas. Qual o peso das escolhas na história?
Um dos aspectos mais intrigantes do livro é a regra do caderno: uma vez que algo é escrito, ele se torna realidade – e não pode ser apagado.
Isso cria um dilema constante para Malley. Como escolher as palavras certas? Como lidar com os erros que já foram escritos? Essa limitação faz com que cada decisão seja ainda mais impactante, pois qualquer deslize pode ter consequências irreversíveis.
Essa ideia também reflete um pouco sobre a vida real. Muitas vezes, dizemos ou fazemos coisas sem pensar nas repercussões, e depois nos arrependemos. O caderno apenas amplifica essa realidade, tornando-a impossível de ser ignorada.
O caderno tem uma história própria e uma conexão com escritores do passado. Como essa trama relacionada ao passado dos cadernos antigos e os escritores desaparecidos se desenvolve ao longo da história?
Ao longo da trama, Malley descobre que não é o primeiro a ter o caderno em mãos. Outros escritores o usaram antes dele – e alguns desapareceram sem deixar rastros.
Cartas antigas, notas escondidas entre as páginas e histórias inacabadas sugerem que há muito mais por trás desse objeto do que ele poderia imaginar. Essa parte da trama adiciona um elemento investigativo ao livro, onde o protagonista precisa juntar pistas e entender qual é a verdadeira origem do caderno.
Esse aspecto da história é uma homenagem ao próprio ato de escrever. Quantos escritores passaram despercebidos pela história? Quantos livros nunca foram publicados? Quantas palavras nunca foram lidas? O “Caderno das Histórias Nunca Contadas” brinca com essa ideia, trazendo à tona segredos que ficaram esquecidos no tempo.
Se você tivesse esse caderno, o que escreveria primeiro?
Essa é uma pergunta difícil! A tentação de usá-lo seria grande, mas também assustadora.
Talvez eu começasse com algo pequeno e inofensivo, como um café que nunca esfria ou um dia com mais horas para escrever. Mas, ao mesmo tempo, o livro mostra que até os desejos mais simples podem ter consequências inesperadas.
O que mais me fascina nessa história é justamente essa reflexão: até que ponto estamos preparados para lidar com o que desejamos?
Existe alguma conexão entre esse livro e suas obras anteriores?
Quem acompanha meu trabalho sabe que adoro brincar com mistérios e narrativas que desafiam o leitor. Embora “O Caderno das Histórias Nunca Contadas” seja uma obra independente, há elementos que podem remeter a temas de livros anteriores.
Gosto de deixar pequenas pistas que conectam universos literários. Para os leitores mais atentos, talvez haja referências escondidas que ligam esse livro a outros que já escrevi.
Você acredita que a literatura tem o poder de dar voz às histórias que nunca foram contadas?
Definitivamente. Muitas histórias incríveis acabam se perdendo no tempo porque nunca foram escritas. Sempre acreditei que a literatura é uma forma de imortalizar essas narrativas, dando voz a personagens e mundos que, de outra forma, jamais seriam conhecidos.
Esse livro é, de certa forma, uma celebração desse poder da escrita. O caderno funciona como um símbolo desse processo, mostrando que cada história tem o potencial de mudar a realidade – seja dentro de um livro ou na vida real.
Quais são seus planos futuros? Já tem novas histórias em mente?
Sim! Tenho vários projetos em andamento, e quem sabe “O Caderno das Histórias Nunca Contadas” não seja o único livro ambientado nesse universo? Ainda não posso revelar muito, mas há segredos dentro dessa história que talvez precisem de mais páginas para serem totalmente desvendados.
Além disso, também estou desenvolvendo novas ideias que exploram o mistério e o poder das palavras, sempre trazendo narrativas que desafiem a imaginação do leitor.
O que você diria para quem está prestes a ler “O Caderno das Histórias Nunca Contadas”?
Eu diria: leia com atenção… e cuidado com o que deseja.
Esse livro é um convite para mergulhar em um mistério onde as palavras são mais perigosas do que parecem. Espero que cada leitor encontre sua própria interpretação dentro dessas páginas e que essa história os faça enxergar a escrita – e a vida – de uma maneira diferente.