NOVO ACORDO DE MARIANA

Saiba recursos estimados para Caratinga e região

CARATINGA- O Novo Acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana foi homologado no dia 5 de novembro.

O documento destina R$ 132 bilhões para ações de reparação e compensação. Desse montante, R$ 100 bilhões serão repassados aos entes públicos – União, estados de Minas Gerais e Espírito Santo e municípios que aderirem ao acordo – para aplicação em projetos ambientais e socioeconômicos, incluindo programas de transferência de renda.

O novo acordo foi assinado pelas empresas Samarco (responsável pela barragem do Fundão), Vale (brasileira) e BHP Billiton (anglo-australiana), que controlam a Samarco, e pela Advocacia-Geral da União (AGU), governadores de Minas Gerais e Espírito Santo, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Defensoria Pública da União, Ministérios Públicos de MG e do ES e Defensorias Públicas dos dois estados.

Ficou estabelecido que apenas 49 cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo poderão aderir ao acordo de 2024 e receber recursos para executar medidas de compensação e reparação, o que tem sido questionado pela Associação Mineira de Municípios (AMM). Ele busca a inclusão de todos os municípios mineiros.

Em meio à movimentação de algumas prefeituras para assinar o acordo que visa reparar os danos do desastre ambiental de Brumadinho, Dr. Marcos Vinicius alerta os gestores municipais que, devido à complexidade do acordo, com mais de 1,2 mil páginas, é necessária uma análise cuidadosa antes de qualquer assinatura. “O acordo é muito extenso e envolve uma série de obrigações para os municípios, que poderiam acabar assumindo responsabilidades que não são deles”, afirmou.

A orientação do presidente da AMM é que os municípios que podem aderir ao acordo não o façam enquanto o setor jurídico das prefeituras e também o da AMM analise minuciosamente os termos do acordo. “Não é só questão de valores, é questão de ser responsável pelo impacto que não foi provocado pelos municípios, e sim pelas empresas. As empresas não podem chegar e querer, a conta gotas, fazer um acordo em 20 anos e deixar a responsabilidade para o município”, destaca.

Ele afirma que, ao assinar, as prefeituras passariam a ser responsáveis pela recuperação dos danos causados pelo maior desastre ambiental da história do Brasil. “Com um prazo de 120 dias para a análise do documento, os prefeitos e procuradores municipais têm sido orientados a não assinar o acordo sem entender plenamente suas implicações. O receio é o de que, ao aceitar as condições sem o devido esclarecimento, os municípios possam ser sobrecarregados com a tarefa de reparar os danos ambientais, transferindo a responsabilidade das empresas envolvidas para os cofres municipais”, enfatiza.

 

MUNICÍPIOS E RECURSOS

Aimorés R$ 68.000.000,00
Alpercata R$ 39.000.000,00
Barra Longa R$ 366.000.000,00
Belo Oriente R$ 68.000.000,00
Bom Jesus do Galho R$ 46.000.000,00
Bugre R$ 39.000.000,00
Caratinga R$ 175.880.487,82
Conselheiro Pena R$ 57.000.000,00
Coronel Fabriciano R$ 136.613.095,57
Córrego Novo R$ 39.000.000,00
Dionísio R$ 39.000.000,00
Fernandes Tourinho R$ 39.000.000,00
Galiléia R$ 39.000.000,00
Governador Valadares R$ 272.548.711,55
Iapu R$ 39.000.000,00
Ipaba R$ 57.000.000,00
Ipatinga R$ 182.750.009,93
Itueta R$ 39.000.000,00
Mariana R$ 1.220.000.000,00
Marliéria R$ 39.000.000,00
Naque R$ 39.000.000,00
Ouro Preto R$ 127.759.655,07
Periquito R$ 39.000.000,00
Pingo D’Água R$ 39.000.000,00
Ponte Nova R$ 152.500.000,00
Raul Soares R$ 68.000.000,00
Resplendor R$ 57.000.000,00
Rio Casca R$ 46.000.000,00
Rio Doce R$ 244.000.000,00
Santa Cruz do Escalvado R$ 244.000.000,00
Santana do Paraíso R$ 205.817.907,98
São Domingos do Prata R$ 57.000.000,00
São José do Goiabal R$ 39.000.000,00
São Pedro dos Ferros R$ 39.000.000,00
Sem Peixe R$ 39.000.000,00
Sobrália R$ 39.000.000,00
Timóteo R$ 155.363.150,02
Tumiritinga R$ 39.000.000,00