Janeiro Roxo e o combate à hanseníase Saúde orienta passageiros na Rodoviária

Equipe do Departamento de Promoção da Saúde está realizando, ao longo desta semana, trabalhos orientativos na Rodoviária de Caratinga

CARATINGA– A equipe do Departamento de Promoção da Saúde está realizando, ao longo desta semana, trabalhos orientativos na Rodoviária de Caratinga.

Além de abordar as pessoas que estão chegando de férias e indo viajar, esclarecendo dúvidas, comunicando sobre datas de vacinas, a equipe está informando a população a respeito da Hanseníase.

Janeiro é o mês de conscientização e combate à doença. Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento, mais rápida é a cura. Nesse sentido, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde está desenvolvendo trabalhos com a proposta de alertar a população sobre os riscos da doença, bem como a importância da procura do médico diante de sintomas.

A DOENÇA

O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase é celebrado sempre no último domingo do mês de janeiro. Neste ano, a data cai no dia 30 e o tema da campanha é “Precisamos falar sobre hanseníase”. A data é símbolo do Janeiro Roxo e visa chamar a atenção das pessoas para a doença, que tem tratamento e cura. O preconceito ainda é um dos grandes desafios no combate à hanseníase.

Os sintomas iniciais são manchas na pele, resultando em lesões e perda de sensibilidade na área afetada. Também pode acontecer fraqueza muscular e sensação de formigamento nas mãos e nos pés. Quando os casos não são tratados no início dos sinais, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes, incluindo deformidades e mutilações, redução da mobilidade dos membros e até cegueira.

A hanseníase é transmissível pelo ar, principalmente em situações de contato próximo. A maioria da população tem defesas naturais contra a bactéria, mas cerca de 10% da população não têm esses mecanismos de proteção e podem adoecer.

Assim que o tratamento com antibióticos é iniciado a doença deixa de ser transmissível, por isso é importante diagnosticá-la logo no início dos sinais. No entanto, o tratamento com antibióticos não reverte danos neurais e sequelas causadas pelo diagnóstico tardio. Caso haja um resultado positivo, as pessoas que têm intenso convívio com o infectado também devem procurar o sistema de saúde.

A estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS), intitulada Rumo à Zero Hanseníase, se concentra na redução da detecção de novos casos, incapacidades físicas (especialmente entre crianças) e estigma e discriminação. Até a década de 1970, no Brasil, os portadores da doença eram excluídos do convívio social e levados para o confinamento em colônias.