Foram registrados danos em 101 residências domiciliares, totalizando 302 pessoas impactadas
CÓRREGO NOVO- Em Córrego Novo, as fortes chuvas de sábado (26) com duração de mais de cinco horas, provocaram um grande volume de água com correntezas e inundações nas áreas urbanas e rurais do município, além de deslizamentos, queda de árvores e danos em residências.
Conforme a Prefeitura, o imenso volume de água acarretou o transbordamento súbito dos córregos que passam pelo município, causando fortes enxurradas e inundações com lama e lixo, provocando diversos danos em 101 residências domiciliares, totalizando 302 pessoas impactadas.
Ainda ocorreram danos na Escola Municipal Professor Borges da Costa, na sede da Prefeitura e no Parque de Exposições. Também foram registados danos diversos nas redes coletoras de esgoto e pluvial, ruas e avenidas, danificando 15 casas e destruindo cinco residências.
Nas estradas vicinais de acessos às comunidades rurais ocorreram deslizamentos de encostas impedindo o tráfego e escoamento de produções agrícolas e pecuárias, causando danos em quatro pontes, além de três que foram completamente destruídas. Erosão em diversos pontos das estradas rurais, além de alagamentos e inundações de propriedades rurais e respectivas residências também foram registrados.
O município declarou situação de emergência e citou como ações necessárias para o restabelecimento da normalidade, reconstrução das casas e pontes destruídas, ações de reparação da infraestrutura pública danificada, além da obtenção de ajuda humanitária para auxílio das famílias impactadas. “Dessa forma, são necessários recursos financeiros”, disse.
Com a declaração, ficou autorizada a mobilização de todos os órgãos municipais na atuação sob a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Córrego Novo, bem como a convocação de voluntários e a realização de campanhas de arrecadação de recurso para reforçar as ações.
O documento assinado pelo prefeito Nelson de Paula ainda autoriza autoridades administrativas e agentes de Proteção e Defesa Civil, em casos de risco, adentrarem em residências para prestar socorro ou determinar pronta evacuação ou usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. A autorização também se destina a processos desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares comprovadamente localizadas em áreas de risco de desastre.
É dispensável a licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos, segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos e particulares; somente para aquisição de bens necessários ao atendimento da situação emergencial e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídos no prazo máximo de um ano.
Conforme a Defesa Civil Estadual, a situação está controlada e os serviços essenciais funcionam dentro da normalidade. Houve 65 desabrigados e 13 desalojados. Desabrigados são pessoas que necessitam de abrigo público (como habitação temporária), em função de danos ou ameaça de danos em seus domicílios. Já desalojados são pessoas que, em decorrência dos efeitos diretos do desastre, desocuparam seus domicílios, mas que se deslocaram para casa de parentes ou amigos.