Charge do Edra foi estampada na camisa de bloco que homenageou Ziraldo no Carnaval do Rio

Ziraldo é o criador do desenho oficial e padrinho do bloco “Largo do Machadinho, Mas Não Largo do Suquinho”, desde seu lançamento

DA REDAÇÃO – Na última segunda (3), no Carnaval do Rio de Janeiro, aconteceu na Praça do Largo do Machado, no bairro do Catete, durante a Alvorada da Folia – considerado o Dia D da Campanha “Criança Protegida, Folia Garantida” – uma celebração que une forças de um compromisso pela proteção infantil no carnaval.

Promovido pela Folia Carioca, o evento contou com uma celebração extra: foi reverenciada a vida e a obra de Ziraldo, um verdadeiro ícone da cultura brasileira, que nos deixou aos 91 anos, em abril. O bloco infantil “Largo do Machadinho, Mas Não Largo do Suquinho”, prestou uma homenagem ao Ziraldo, criador do desenho oficial e padrinho do bloco, desde seu lançamento.

Segundo Carla Wendling, coordenadora de articulação da Folia Carioca, a banda do bloco se apresentou, de maneira especial, neste primeiro ano de carnaval após a morte do Ziraldo: “estampamos, na camiseta dos músicos, uma charge elaborada por Edra, talentoso cartunista, também mineiro de Caratinga, que nos cedeu uma imagem que captura a essência do artista que encantou gerações com suas criações”.

“Ao vestirmos a “Bandinha” com camiseta em homenagem ao ícone, com a charge mostrando Ziraldo orquestrando e com os dizeres: “Valeu Padrinho”, atingimos o objetivo do nosso bloco, que é levar entretenimento de qualidade aos foliões mirins, despertando neles a vontade de participar dessa linda manifestação cultural. Com uma divertida batalha de confete e serpentina, celebramos a alegria, a criatividade e a importância de proteger nossas crianças”, pontua Carla.

O Bloco é uma ramificação do tradicional “Largo do Machado, Mas Não Lago do Copo”, e desde 2011 tem sido um espaço de alegria e inclusão, onde a petizada é convidada a vivenciar a magia do Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. A “Bandinha” do bloco, que começou a ser formada por jovens entre 14 e 21 anos (hoje, já adultos), foi precursora ao inovar o seu repertório, adaptando as músicas infantis para os ritmos de marchinhas. Depois do sucesso do seu primeiro Baile, ao longo dos anos, vários outros blocos infantis surgiram e os blocos antigos se animaram e criaram também a sua versão infantil. Jovens músicos, que fazem parte do Projeto Villa-Lobos e as crianças, têm se dedicado a um trabalho cultural e profissionalizante, inspirados pelos ensinamentos de Heitor Villa-Lobos.

“Ziraldo, sua arte e seu legado continuam vivos em nossos corações e em cada risada das crianças que hoje dançam e brincam o Carnaval. Que sua memória inspire para um mundo mais colorido e cheio de amor”. (Coordenadores do Bloco “Largo do Machado, Mas Não Largo o Suquinho)