Venho de um lar simples. Meus pais, imigrantes, começaram sua vida do zero. Meu pai, que partiu aos 101 anos em 2009, contava como eles começaram sua vida no Rio Grande do Sul: uma gleba de terra no meio do mato e longe da civilização fora oferecida a eles pelo governo. Ali iniciaram suas histórias no Brasil.
A primeira casa – na narrativa de meu pai – eles tinham construído em cima de uma árvore. Explicou que, como tinham vindo da Ucrânia, meu avô veio com conhecimento das matas europeias, mas no início precisava entender primeiro que animais iria encontrar aqui.
Assim começou sua vida – e aos poucos, um povoado surgiu, e depois um vilarejo foi formado. Mas meu pai mudou para a cidade mais próxima exatamente quando eu estava para nascer. E assim foi.
Tive, então, uma educação normal igual a todos os outros gaúchos que moram em cidades pequenas.
A nossa comunidade religiosa ocupava o centro de nossas atenções, fato é que lá até havia campo de esportes, e salas com mesas de pingue-pongue e outros jogos.
Quando completei 15 anos me preocupava ainda mais com meu futuro. Já ajudava meu pai em sua “oficina”, onde ele construía camionetas de madeira, isto é, a carroceria que manufaturava era de madeira, e aprendi com ele algo sobre o ofício de marceneiro.
Mas eu gostava mesmo era de estudar. E como ia bem na escola, imaginava fazer algum curso superior, profissionalizante.
Um certo domingo tivemos a visita do diretor geral de missões nacionais, que veio falar do trabalho religioso realizado nas diferentes partes do nosso país, inclusive entre os indígenas. Foi uma palavra muito comovente, pois já estava claro para mim como a Bíblia era um livro importante, e que muitas nações e línguas ainda não a conheciam, porque ainda não tinha sido traduzida para estas línguas.
Ao encerrar sua fala, o Pr. Davi Gomes disse: Jovem, o que você vai fazer de sua vida? Claro, você pode seguir uma profissão, você pode assumir os negócios de seu pai, mas pense, quem vai se dedicar para ajudar a esses que estão à margem da sociedade, e que ainda não sabem que o seu criador deixou um livro para que o conhecessem?
Este apelo me tocou em cheio. Sim, eu era idealista como todos os jovens são, e que são capazes de examinar algo sem a preocupação da realidade do dia-a-dia. Por que eu não poderia seguir pelo caminho indicado pelo missionário?
No meio desta discussão interior, comecei a ver o lado positivo das pessoas sendo ajudadas, sendo tiradas do analfabetismo, da ignorância, e iniciando a jornada no caminho do conhecimento, e conseguindo ajudar a outros, e se tornando líderes que fazem uma diferença no seu meio.
Muitas foram as imagens que tive, e quando o oficiante perguntou quem estava decidido a ir ao campo missionário, levantei sem hesitação, e rendi minha vida e meu futuro para esta obra de levar as boas novas para aqueles que ainda não conheciam a Bíblia.
Tive contato com linguistas que faziam a tradução da Bíblia para diferentes línguas de nossos irmãos indígenas, mas meu chamado foi se definindo mesmo para ser um ministro que está fazendo contato com todos os grupos de crentes, o que levou a diferentes igrejas e em culturas diferentes.
Hoje, ao olhar para trás, só posso agradecer a Deus pela direção que ele me deu quando ainda estava na adolescência, e que me levou a servir em diversos países, conhecendo mais a fundo o anseio de cada coração, e a peculiaridade das mentes e dos raciocínios humanos, sobretudo no que concerne a interpretação dos oráculos divinos, da palavra revelada, e toda a história da fé que é em si uma das páginas mais sublimes da história da humanidade.
Um filho de imigrantes como eu, e sendo convencido que o outro, o que desconhece o interesse genuíno do criador por ele, é tão importante que devo e posso esquecer sonhos pessoais, e carreiras seculares, e seguir o chamado da fé?
Um chamado para tal tipo de trabalho e dedicação requer uma vocação, mas pessoalmente creio que todos tem vocação para contar ao próximo o quanto Deus tem feito pelos homens, e que ele quer oferecer ajuda de fato.
Por isso nossa Faculdade Uriel de Almeida Leitão está iniciando nessa semana mais uma turma no curso de Teologia – dando assim a oportunidade a quem quiser e que queira examinar melhor sua própria vocação.
Rev. Rudi Kruger – Diretor Faculdade Uriel de Almeida Leitão
Visite WWW.doctum.edu.br ou
Ligue para (33) 0 800 033 1100/ 3322-6226/ 9 9915 9002 ou 9 99667298.
A FACTUAL – Faculdade Uriel de Almeida Leitão é credenciada e autorizada pelo MEC, e mantida pela Rede de Ensino DOCTUM.