CARATINGA – Um movimento social existente em Caratinga organizou um evento voltado para a saúde da mulher. A iniciativa contou com a parceria de acadêmicos das faculdades de Medicina e Enfermagem do UNEC, Centro Universitário de Caratinga. A Unidade Acadêmica II foi o local escolhido para a realização de palestras sobre o parto humanizado.
O Movimento Social Pró-Parto Humanizado Ísis Materna, que desenvolve importante trabalho destinado à saúde da mulher, e a Liga de Medicina da Família e Comunidade, composta por alunos do curso de Medicina do Centro Universitário de Caratinga, realizaram o evento: Parto Humanizado. Mais do que uma opção. Um direito!
“É um movimento voluntário, que leva informações para as pessoas em geral. São promovidas rodas de conversas, apresentados documentários e filmes sobre o tema. A Liga de Medicina buscou contato com a gente, para que através de uma parceria pudéssemos explorar o assunto na faculdade”, diz Telma Campos, coordenadora do Movimento Pró-Parto Humanizado Isis Materna.
As palestras tiveram o objetivo de levar a humanização do parto à população e enfatizaram questões científicas voltadas para a valorização da vida.
Para Gabriela Campos, vice-presidente da LAMEFAC (Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidades), que também é aluna do 9º período do curso de Medicina, o movimento tem crescido bastante. “Elas são procuradas para dar palestras e com a busca das pessoas por informações a respeito do parto humanizado, surgiu a vontade da Liga Acadêmica de fazer a parceria. É importante trazer esse tipo de tema para nós acadêmicos.”
Para mudar o mundo é preciso mudar a maneira de nascer. Trata-se de uma frase clássica do conceituado obstetra francês e estudioso de humanização, Michel Odent. O que traduz um pouco do que prega o parto humanitário. É um tipo de parto em que as decisões da mulher são levadas muito mais em conta do que em um parto convencional. Significa deixar a natureza fazer o seu trabalho e realizar um mínimo de intervenções médicas. Apenas as autorizadas pela gestante e sempre levando em consideração a segurança e saúde dela e do bebê.
Membro do Movimento Social Pró-Parto Humanizado Isis Materna, Fernanda França dos Santos acredita que o Brasil tem sido um exemplo e afirma que o país vem sendo referência em parto humanizado. “Temos trocado experiências e falado com os profissionais que existe uma forma diferente de nascer, sim. É preciso dizer que é possível e que há a garantia de saúde, bem-estar e de atendimento. É coisa de mudança de paradigma mesmo, de modelo, de assistência. E tem muito dado certo”, conclui.