Mulher fala do drama de ter o filho estuprado ao voltar da escola. Segundo ela, garoto teme, pois o autor ainda está em liberdade
CARATINGA – O DIÁRIO DE CARATINGA divulgou um caso de estupro acontecido na última quarta-feira (18), no bairro Santa Cruz, em que a vítima foi um garoto de apenas nove anos. O caso gerou revolta e muitos comentários nas redes sociais. Ontem a reportagem conversou com a mãe do menino, que não será identificada para preservar a identidade e segurança de seu filho. Ela se mostrou ainda muito abalada. No entanto, ela não perde a esperança de que a justiça seja feita.
Ainda muito transtornada e triste pelo acontecido, a mãe da criança disse que o menino voltava da escola entre 11h20 e 12h, quando o autor se aproximou dizendo que daria um papagaio para ele. Mas quando o garoto foi pegar, o autor, que segundo a mãe, mora na vizinhança, o puxou pelo braço para dentro de casa e cometeu o estupro.
A mãe percebeu que algo estava errado com o filho quando viu que ele estava andando com dificuldade e perguntou o que estava acontecendo. O menino respondeu que estava com assaduras e a mãe lhe pediu que tomasse um banho que passaria uma pomada. Ao preparar para passar a pomada, a mãe viu que não se tratava de assadura, mas algo muito mais sério. “De imediato fiquei surpresa e desesperada. Você espera acontecer com todo mundo, menos com você. Fui perguntar pra ele o que tinha acontecido, estava com muito medo, mas acabou me contando e disse que não havia falado antes, pois o autor falou que mataria a mim e o irmãozinho dele de três anos”.
Desde quando o fato aconteceu a mãe comentou que desconfiou do um indivíduo, mas não falou nada. “Ele disse que meu filho tinha que falar que foi pego perto da padaria e foi arrastado por um cara negro. Eu via que a história não batia, porque meu filho não chegava tarde em casa, e desde o dia que o levei para fazer os exames, desconfiei quem era, porque a pessoa ficava sempre rodeando meu filho perto de casa”, contou a mãe.
A mãe disse que a família não tem contato com o suspeito e que se trata apenas de um vizinho.
O garoto está passando por tratamento psicológico e sua mãe avalia que ele parece estar mais tranquilo depois que apontou o suspeito, mas ainda está com muito medo, já que o estuprador está em liberdade.
A mãe do menino clama por justiça e afirma que não tem muitas informações de que medidas estão sendo tomadas pela polícia. “Na delegacia me disseram apenas que o inquérito está com delegado, ninguém me fala nada, não tenho resposta alguma. Espero que seja feita justiça, essa pessoa que fez isso com meu filho, não sabe o que fez comigo como mãe”, lamentou.
O suspeito não está sendo mais visto nos últimos dias pela família, mas chegou a encarar a mãe do menino. “No dia em que foi autuado pelos investigadores, que foi levado para a delegacia para ser ouvido, passou na porta da minha casa e me encarou, depois quando fui depor novamente me encarou, não o vi mais depois disso”, finalizou.