Café
A semana que passou foi calma no mercado de café. A bolsa de café em Nova Iorque oscilou menos, mas fecha a oitava semana seguida com resultado negativo, perdendo 185 pontos da abertura de segunda-feira (10) até o fechamento de sexta (14). O mercado físico brasileiro apresentou volume baixo de negócios, já entrando em ritmo de final de ano. Em média houve uma diferença de 20 reais entre as ofertas dos compradores e o preço pedido pelos cafeicultores que colocaram lotes no mercado.
Café II
As exportações brasileiras de café no último mês de novembro totalizaram 3,68 milhões de sacas de 60 kgs, 24,4% mais que o embarcado no mesmo mês de 2017. Chama a atenção que apesar da excelente recuperação no volume exportado, a receita cambial ficou um por cento abaixo da de novembro de 2017. Exportamos 24% a mais e recebemos 1% a menos. Esses números explicam o descontentamento dos cafeicultores brasileiros, que além de estarem recebendo menos, assistem seus custos subirem forte com a grande valorização do dólar frente ao real. Defensivos, fertilizantes, combustíveis, energia elétrica e fretes tiveram alta significativa em 2018.
Café III
Em novembro, o preço médio da saca de café exportada foi de US$ 131,56 com queda de 20,4% na comparação com novembro de 2017, quando a média ficou em US$ 165,27, evidenciando forte transferência de renda para o exterior. Enquanto o dinheiro não vem para os produtores, o sucateamento do setor permanece.
Café IV
Em 2018, até novembro, o Brasil já embarcou 31,4 milhões de sacas. Com as exportações de dezembro somaremos perto de 35 milhões de sacas vendidas ao exterior no ano. Um bom resultado apesar do desempenho mais fraco nos seis primeiros meses de 2018, reflexo do tamanho de nossa safra 2017, de ciclo baixo, e do histórico término, em 2017, dos estoques governamentais de café (a primeira vez em mais de cem anos). Os embarques começaram a reagir em julho, com o início do novo ano-safra, quando tivemos uma produção recorde ao próximo a 60 milhões de sacas de 60 kgs.
Café V
Com as exportações brasileiras de café chegando próximas de 35 milhões de sacas no ano calendário de 2018, a safra recorde que colhemos este ano nos permite trabalhar com a expectativa de exportações ao redor de 36 milhões de sacas no ano-safra brasileiro 2018/2019 (julho de 2018 a junho de 2019). Com mais café nos armazéns, nossos embarques no primeiro semestre de 2019 deverão ficar acima do exportado no primeiro semestre de 2018.
Café VI
No mês passado, em seu encontro anual, a Associação Brasileira da Indústria de Café divulgou que o consumo brasileiro de café em 2018 cresceu 3,5% e totalizou 22,9 milhões de sacas. A ABIC estima que o consumo de café continue crescendo em 2019. Se admitirmos consumo interno de 23 milhões de sacas no ano-safra 2018/2019 e somarmos 36 milhões de sacas exportadas no mesmo período, chegaremos ao desaparecimento de 59 milhões de sacas no ano-safra brasileiro. Sem estoques remanescentes, em junho do próximo ano nossa safra recorde 2018 estará próxima do fim. Em 2019 colheremos uma safra de ciclo baixo, menor que a deste ano. O setor poderá já em janeiro a precificar que a safra brasileira de 2019 não será suficiente para abastecer o mercado interno e as exportações.
Café VII
Na santa terrinha do São João do Caratinga, o cafeicultor está tendo dificuldades em adquirir fertilizantes neste período como nunca se viu na história da região. O fato da Heringer está com as atividades em passo de tartaruga, as outras empresas que atuam no mercado na região, como Adubos Iara e Fertipar, não estão dando conta de atender a demanda regional e está faltando adubo na lavoura.
Café VIII
As chuvas ocorridas nas lavouras cafeeiras em novembro e inicio de dezembro estão mascarando um bom sinal no cafeeiro, mesmo sem a devida adubação. Tem cafeicultor que até está gostando de ver a lavoura verde sem ter ainda gasto uma grana de adubo no pé. Só que de agora para frente às exigências da planta do cafeeiro aumentam e a competição do mato intensifica. Certamente a falta de adubo comprometerá a produção deste ano e a do ano que vem.
Política
A exoneração do secretário de Obras de Caratinga está sendo comentada nas redes sociais e, é claro, nos bastidores da Prefeitura. Para uns analistas políticos, a troca de alguns secretários do primeiro escalão era prevista, até mesmo do secretário Márcio Santos que algumas vezes já havia manifestado seu desejo de deixar a pressão da Secretaria de Obras.
Márcio Santos
Nos bastidores, outra versão pela queda do secretário de Obras Márcio, é que sua exoneração seria parte das consequências da disputa do legislativo municipal de Caratinga, que resultou na vitória do vereador Paulinho de Dom Lara. O fato do grupo político ligado ao vereador Ricardo Gusmão ter articulado contra o grupo do prefeito Dr. Welington pesou, e pelo visto ruiu a aliança política feita há dois anos. Agora, Democratas de um lado e PT do B (atual Avante) de outro. Como Márcio Santos é o presidente do PT do B, caiu junto com o partido.
Avante
Nos bastidores da política os comentários são de que ainda teriam vários nomes que seriam exonerados na prefeitura municipal ou que até mesmo pediriam para deixar o governo, como é o caso de pessoas ligadas ao vereador Ricardo Gusmão. Na soma da semana, nove servidores foram exonerados, mas que na semana que vem poderão ser um tanto ainda maior ligado ao Avante (antigo PT do B) de Gusmão.
Carlindo e Catita
Já o vereador Carlindo, que para o partido foi um ‘traidor’ por não acompanhar Ricardo Gusmão na disputa da Câmara e sim manter a aliança com o governo, poderá mudar de sigla e ir atuar nos Democratas. Nos bastidores a saída de Carlindo pode ser o início de um racha no partido já que tem outras lideranças como João Catita e Zelinha, que deve acompanhar Carlindo e se filiar ao Avante.
Arão Carlos
O ex-vereador Arão Carlos, de Santa Luzia, que também é do Avante, ainda não manifestou se estará no grupo de apoio político ao prefeito Dr. Welington acompanhando Carlindo Isidoro ou se sairá da prefeitura acompanhando o vereador Ricardo Gusmão. Arão exerce o cargo de chefe de seção de agronegócio e se mantém firme no governo.
Destaques do Ano
Já são seis celebridades escolhidas em 2018 pela equipe de jornalismo do DIÁRIO. Sargento Sanches (Polícia Militar), Paulinho Barbosa (Vereador), pastor Eliseu (Religioso), Ana Laura Oliveira (Esporte), Pedro Lomar (Secretariado) e Daniel Dornelas (Literatura). São nomes que fizeram de 2018 um destaque. E tem mais…
Destaque da Imprensa
A imprensa caratinguense exporta talentos para todo Brasil, como Miriam Leitão, Wladimir Neto, Ruy Castro, Luciano Querubini e Flávio Anselmo. Como Destaque deste setor nos últimos anos, o DIÁRIO escolheu Nohemy Peixoto (2013 – Diário de Caratinga), Israel Salles (2014 – Rádio Cidade), Edson Soares (2015 – Doctum TV), Rogério Silva (2016 – Rádio Cidade) e Thiago Prudêncio (2017 – Doctum TV). Em 2018 o Destaque do DIÁRIO na imprensa é o decano do jornalismo caratinguense Humberto Luiz Salustiano Costa, do Sistema Caratinga de Comunicação.
Humberto Luiz
Um dos fundadores do “O JORNAL DE CARATINGA”, o JC, semanário que circulou ininterruptamente durante longos 43 anos, Humberto Luiz sempre teve pela mídia impressa uma predileção muito especial. Humberto viveu a fase áurea do SISTEC – Sistema Caratinga de Comunicação, empresa que era constituída de três emissoras de rádio, um jornal semanário, uma revista e um canal de TV. Hoje como diretor-presidente pode ser dizer que é mais um professor de talentos da comunicação e um dos mais referenciados e conhecidos jornalistas do interior mineiro. Para o DIÁRIO, um reconhecimento a um profissional que destaca não só em 2018, mas pelo conjunto da obra, pois são décadas de trabalho. Essa escolha vem coroar os 70 anos da Rádio Caratinga. Parabéns a família da comunicação por termos Humberto Luiz no degrau mais auto do jornalismo caratinguense.
Mais Destaques
Hoje tem a entrevista de Ana Laura Oliveira, destaque no setor do Esporte. A campeã faz um balanço do ano de 2018 e fala dos desafios para o próximo ano. Terça-feira (18) iremos nomear os outros destaques. Já revelamos sete, ainda faltam uns 20.