Café
Em pleno período de colheita, chuvas intensas e fora de hora sobre as principais regiões produtoras de café do sudeste brasileiro preocupam cafeicultores e operadores de mercado. Em diversas regiões, já no decorrer do mês de maio, prejudicaram ou interromperam os serviços de colheita. Nos últimos dias do mês passado e nestes primeiros três dias de junho, as chuvas se intensificaram, passaram dos cem milímetros em algumas regiões, e se espalharam ainda mais, chegando até o cerrado mineiro.
Café II
O mercado do café trabalhava com a expectativa de uma entrada de safra precoce devido às boas chuvas da última primavera e de um verão quente e chuvoso, ao menos no sul de Minas. Infelizmente o período de chuvas avançou pelo mês de maio e persiste até agora. Essas precipitações fora de hora, maio e junho normalmente são meses secos nas regiões produtoras de café no Brasil, acabaram atrasando os trabalhos de colheita, seca e benefício da nova safra. Pior ainda, prejudicam a qualidade dos cafés que estão no terreiro, derrubam na terra os frutos maduros, adiantam o amadurecimento dos frutos nas arvores e aumentam a umidade relativa do ar, contribuindo para a fermentação dos frutos ainda nas árvores.
Café III
Já é certo que no decorrer do mês de junho não teremos lotes de café da nova safra em bom volume no mercado. Quanto aos estragos na qualidade média da safra 2016, só mais à frente saberemos exatamente o que aconteceu. Com certeza as chuvas também derrubaram o volume de arábicas CDs da nova safra. As cotações de café na bolsa de Nova Iorque reagiram às notícias de chuva e queda de qualidade e trabalharam em alta nessa semana que passou. Os contratos de café com vencimento em julho próximo acumularam alta de 580 pontos na semana.
Café IV
No mercado físico brasileiro os preços melhoraram, mas parte da alta em reais foi prejudicada pela queda da cotação do dólar frente ao real. Apesar das cotações um pouco mais altas, os raros cafeicultores que ainda têm lotes de arábica da safra 2015 permaneceram fora do mercado. Para os cafés de boa qualidade só começa a aparecer vendedores a partir de R$ 500,00 livre por saca de 60 kgs. Os torradores brasileiros estão encontrando alguma dificuldade para se abastecerem de café cru.
Café V
A colheita do café movimenta vultosas quantias na região de Caratinga. Para evitar que os cafeicultores sejam surpreendidos por marginais, a Polícia Militar programou a Operação Safra Segura. Serão14 policiais distribuídos em cinco viaturas e três motos, realizando abordagens e blitzen diárias.
Política
Semana conturbada. A prisão do ex-prefeito João Bosco Pessine deixou a terra de São João do Caratinga perplexa com o acontecimento. Passados os dias, os comentários são que a justiça está fazendo o trabalho dela, mas teve gente que não gostou de ver JB com uniforme do sistema prisional, algemado e sendo conduzido como delinquente. Para os apoiadores do ex-prefeito, a ação foi além da conta.
Política II
Os comentários são que, a pedido da família, o ex-prefeito vai mesmo desistir de ser candidato nas eleições de outubro. Os familiares não estariam aguentando esse tipo de situação. Como diz velho ditado, “os amigos, a lei; aos inimigos, os rigores da lei”. JB pode ser sido apanhado pelos rigores da lei e pela segunda vez, né!
O frio e as pessoas
O DIÁRIO, através de sua equipe de jornalistas, fez questão de relatar os fatos na medida em que aconteciam e levar o senso crítico nas notas de sua coluna de opinião, o Painel. Nas páginas processuais da justiça tem a folha e a tinta fria da caneta, mas nas relações interpessoais de uma cidade provinciana do interior das Minas Gerais isso conta muito forte no sentimento das pessoas, muito das quais se solidarizaram com a família do ex-prefeito, o que é natural.
Marco Antônio Junqueira
Mais uma vez o prefeito Marco Antônio Junqueira foi criticado, mas agora por uma questão simples, mas que demonstra a falta de sensibilidade de seu governo: a revista, em que o prefeito tenta mostrar as poucas obras de sua administração, com um garoto portando ferramentas de pedreiro ao invés ferramentas de estudo. O que se percebe são erros de planejamento, erros no debate dos assuntos principais de Caratinga, erros de gestão, erros fundamentais como não atinar que a Educação é prioridade, principalmente, para nossos jovens.
Marco Antônio Junqueira II
Apesar das trapalhadas, o prefeito Marco Antônio Junqueira reascende a chama da disputa nas eleições de outubro. Por enquanto, ele teria como concorrentes Odiel (PMDB), Dr. Welinton (DEM), Didi (PROS), Carlos Roberto Carraro (PSD) e Van Gogh (PSOL). Dizem que as chances de Marco Antônio melhoram, e muito, sem a presença de JB.
Falou ou não falou?
Os comentários nos bastidores da política são que o ex-prefeito Ernani Campos Porto já teria concedido entrevista às mídias locais falando sobre política e uma possível candidatura. A entrevista seria veiculada no dia em que o ex-prefeito João Bosco foi sido conduzido pela justiça local. Sabiamente o ex-prefeito pediu para que ela fosse transmitida em outra oportunidade, ou nem transmitida, para evitar com que seu interesse de candidatar viesse num momento de oportunismo político.
Vento!!!
Enquanto a política muda de ventos na Santa Terrinha, o pré-candidato a vereador do PSB, Ronaldo da Mila, e o pré-candidato a prefeito pelo PROS, Marcio Didi, tem conversado muito sobre as eleições de outubro. Com uma possível ausência de JB no processo sucessório, muita coisa pode acontecer no cenário da política caratinguense. E as conversas nos bastidores da política retomaram ainda com mais furor.
A Lenda
Morre o homem, e fica a lenda. Faleceu no fim da noite desta sexta-feira (3) nos Estados Unidos (já madrugada de sábado no Brasil) Muhammad Ali, considerado por muitos o maior boxeador de todos os tempos. Aos 74 anos, o ex-campeão mundial dos pesos-pesados perdeu para o Mal de Parkinson a luta mais difícil de sua vida, deixando para sempre um vazio no esporte mundial. Ali revelou que sofria dessa doença em 1984, e usou sua fama para ajudar nas pesquisas para buscar uma cura, inclusive fazendo tratamento com células tronco.
A Lenda II
Ele nasceu em 12 de janeiro de 1942, na cidade de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, com o nome de Cassius Marcellus Clay Jr. Em 1964 anunciou ter se convertido à religião islâmica, mudando o seu nome para Muhammad Ali. O pugilista sempre lutou pelos direitos civis; em sua biografia, ele conta que entrou em um restaurante cheio de brancos e pediu um hambúrguer, mas a funcionário se negou a servi-lo. “Sou Cassius Clay, campeão olímpico”, explicou, mas de nada adiantou. A alegria deu lugar à decepção, e o boxeador acabou jogando a sua medalha olímpica no Rio Ohio.
A Lenda III
O documentário “Quando Éramos Reis” (1996), dirigido por Leon Gast, é item obrigatório para os admiradores do pugilista. O filme mostra a épica disputa pelo título mundial dos pesos-pesados entre Muhammad Ali e George Foreman. O combate aconteceu no antigo Zaire (atual República Democrática do Congo), em 30 de outubro de 1974. Os depoimentos mostram um Muhammad Ali tratando sobre suas crenças a respeito dos africanos e afro-americanos, falando sobre a dignidade inerente dos negros africanos e suas esperanças para afro-americanos no futuro. Descanse em paz, Lenda.