Separado, Israel Ferreira da Silva conta como é missão de criar os filhos
CARATINGA – O radialista Israel Ferreira da Silva, 42 anos, é daqueles pais em tempo integral. Após dez anos de casado, houve a separação. E calhou que seus filhos Israel Júnior, 17, e Raquel Amaral da Silva, 15, viessem a morar com ele, que prontamente assumiu essa missão e com muito gosto.
Nessa entrevista, Israel fala dessa tarefa e dos valores que passa aos filhos, onde o respeito vem em primeiro lugar. Pela experiência diária, aprendeu que não existe manual de instrução para ser pai, pois são as situações cotidianas que trazem os ensinamentos.
De que forma a paternidade mudou sua vida?
Ser pai aos 23 anos mudou radicalmente minha vida, pois só aí percebi que não tem livros, manual ou uma bula que seja para como se preparar para essa responsabilidade, mas que de forma benéfica me amadureceu. E só com passar dos primeiros anos percebi a evolução que a paternidade trouxe na minha vida como homem e profissional, pois você se realiza trabalhando para cuidar dos filhos e isso é indiscutível.
Como é seu dia a dia com seus filhos?
Eu aprendo muito com eles, e sei que são tempos diferentes com a comodidade virtual, mas nunca deixo de passar as experiências vividas por mim e os exemplos para que tenhamos uma liberdade de comunicação e passarmos momentos juntos.
Quais valores você procura passar aos seus filhos?
Acima de tudo o RESPEITO, pois com ele você ama ao próximo, e convive bem em qualquer situação e como evangélicos os preceitos e conselhos bíblicos.
Que situações complicadas você já viveu com seus filhos?
Uma das fases mais complicadas foi em 2011, quando a mãe dele e eu nos separamos, e o Israel Junior ficou comigo, e juntos fomos para Macaé (RJ), na Região dos Lagos. Fomos sem conhecer ninguém e lá vivemos várias situações, isso quando ele tinha apenas 9 anos e por outro lado a distância da caçula Raquel. Foram três anos de muita saudade. Quando no verão de 2014 ela foi passear em minha casa e daí em diante passou a morar com a gente. E como pai solo viria um novo desafio, recomeçar uma nova vida.
Quais as diferenças na criação do filho e da filha?
Parece ser diferente, mas não é. A mesma educação, conselhos e exemplos foram aplicados nos dois, porém a diferença maior é como conversar. Todos sabemos que a sensibilidade da mulher merece uma atenção maior. Mas buscamos essa harmonia dialogando, afinal a vida existe regras e limites. E no olhar a gente se entende, o que não vai bem e o que pode melhorar.
Como é a relação com seu pai? E com seu padrasto?
Meu paizão é uma referência para nós, é o mesmo sentimento do meu irmão, o Daniel. Foi o senhor Benjamim o meu maior incentivador para estar na profissão. Tive a grata oportunidade de morar com ele em Belo Horizonte uma boa parte da minha vida. (Gratidão ao meu velho).
E com meu padrasto, mesmo tendo ficado pouco na convivência, o respeito e muito. Senhor Waldir é uma pessoa simples, de bom coração e com minha mãe tem minha mana caçula, a Bel. Quando se tem respeito o resultado é uma boa relação.
Qual presente você gostaria de ganhar nesse Dia dos Pais?
Puxa vida! Creio que seria um presente para nós três, um passeio em Coimbra (Portugal), um dia quem sabe né? Mas afirmo que eles já são meu presente.