O PODER DO ESPORTE: ALGUMAS REFLEXÕES!

Vagner Maciel Freris

O dia tem 24 horas corridas. Temos todo esse tempo para fazermos aquilo que queremos ou realizar coisas de acordo com a nossa necessidade. Escola, trabalho, lazer, vida social, são algumas das atividades em que facilmente notamos as pessoas se envolverem. Mas temos uma grande preocupação na atualidade, com as pessoas que ficam com grande parte do seu tempo de forma ociosa, principalmente as crianças e os adolescentes. Nessa fase da vida, é fundamental que essas pessoas tenham uma ocupação com fins educacionais e de construção dos valores humanos. É nesse momento que o esporte se transforma numa estratégia imprescindível.

Nos dias atuais, somos constantemente bombardeados por informações relacionadas à vulnerabilidade social de crianças e adolescentes. Infelizmente, isso tem assolado nossa sociedade de forma avassaladora. O que é muito preocupante.

Vários pesquisadores e estudiosos reafirmam que a ocupação do tempo ocioso de crianças e adolescentes, com projetos sociais e esportivos, é uma ferramenta de grande importância no combate à vulnerabilidade social, mantendo esse público longe de situações e ofertas que podem levá-las à margem do convívio social.

Diversas modalidades esportivas e sociais devem ser ofertadas como forma de evitar a introdução de crianças e adolescente ao crime. Para que isso aconteça, temos as políticas públicas federais, que sempre registram a obrigatoriedade da oferta de programas sociais e esportivos, o que, infelizmente, percebemos não ser uma realidade.

Sabemos que o poder público se esforça e tenta fazer sua parte, porém constantemente esbarra na questão de custos de manutenção desses projetos. Entendemos que, neste momento, a participação da iniciativa privada torna-se fundamental para que os projetos possam ter início e uma vida duradoura.

Recentemente, recebemos uma notícia muito triste, que o governo estadual, visando a reduzir custos, “cortou” a Lei de Incentivo ao Esporte, feita via captação de recursos pelos impostos devidos das empresas. É muito triste ver isso acontecer. Fico refletindo a quantidade de crianças, pré-adolescentes e adolescentes que deixaram de ser atendidas em inúmeras iniciativas esportivas que dependem dessa modalidade de custeio.

Mas infelizmente o que fazer? Por enquanto ficarmos na torcida para que nossos governantes e seus legisladores possam encontrar novas soluções porque a ociosidade de nossas crianças e jovens não tem custo.

Outro fato lamentável e que é digno de registro é que em nosso atual governo federal até o Ministério de Esporte foi migrado para outra pasta, deixando de ter status próprio. Ou seja, sem força política, sem recursos próprios, sem investimentos em projetos de formação e manutenção de atletas.

Gostaríamos que os governantes pudessem entender que, ao invés de perceberem que o dinheiro utilizado nos projetos esportivos e sociais, principalmente com recursos obtidos pela Lei de incentivo ao esporte, é verdadeiramente um investimento e não uma despesa. A pergunta é simples. Será que o tempo ocioso e sem ocupação das nossas crianças e nossos adolescentes é capaz de fornecer-lhes valores tais como: respeito, gratidão, organização, reconhecimento, capacidade de vencer e perder dentre outros?

Fica a reflexão!

 

Prof. Vagner Maciel Freris

Profissional de Educação Física – CREF/MG 001995-G

Professor do Centro Universitário de Caratinga – UNEC

Coordenador de Pesquisa do UNEC

Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa do UNEC.

Mais informações sobre o autor: http://lattes.cnpq.br/6985562952360662

 

 

 

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