Hospital Nossa Senhora Auxiliadora destaca que têm recebido pacientes com doenças associadas a covid-19
CARATINGA- A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recebeu na sexta-feira (2), do Ministério da Saúde, mais um quantitativo dos medicamentos utilizados para manter a sedação de pacientes com covid-19. Conhecidos como “kit intubação”, os bloqueadores neuromusculares são disponibilizados para instituições que tiveram aumento abrupto de consumo e que têm estoques suficientes apenas para quatro dias.
Remessa anterior
Na quarta-feira (31/3), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) iniciou a distribuição de 2.575 unidades de atracurio, 350 de cisatracúrio, 1.745 de dexmedetomitina e 14.660 mil de midazolan.
Antes desta remessa, chegaram ao almoxarifado da SES-MG, 6.150 ampolas de rocurônio, 1.000 ampolas de cisatracúrio e 600 ampolas de atracúrio, que, no dia seguinte, já estavam liberadas para 44 hospitais.
Enviados pelo Ministério da Saúde, os anestésicos e os bloqueadores neuromusculares estão sendo disponibilizados para 56 hospitais de referência para o atendimento à covid-19 e unidades de Saúde, contemplados conforme nível de criticidade e risco de falta dos medicamentos.
Receberão os fármacos, as macrorregiões do Centro, Jequitinhonha, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Norte, Oeste, Sudeste, Sul, Triângulo do Norte, Triângulo do Sul e Vale do Aço.
Dentre os contemplados está o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA) de Caratinga. O HNSA não exerce neste momento o papel de referência para atendimento de pacientes com covid-19, mas, conforme a direção, tem recebido pacientes com doenças associadas ao Coronavírus.
Por meio de nota, o Hospital informou que, a “inclusão do HNSA se deve ao papel estratégico do mesmo na microrregião para atendimento de todos os outros casos do SUS não COVID, o que implica em todos os outros pacientes que necessitam de UTI e todas as cirurgias de Urgência e Emergência”.
E frisou que, durante esta nova onda da Pandemia, existe uma dificuldade grande em conseguir os medicamentos disponibilizados, que são essenciais para pacientes em UTI e para realização de anestesia em pacientes de urgência e emergência. “Além disso, o HNSA mantém o funcionamento de Pronto-Socorro 24 horas, com vítimas mais graves da região e que exigem muitas vezes a necessidade de intubação. A falta de tais medicamentos coloca em risco todos os demais pacientes que vêm sendo atendidos no HNSA (vítimas de trauma, e doenças agudas graves e crônicas descompensadas). A Pandemia inclusive aumentou a descompensação de pacientes com doenças crônicas, que estão com dificuldades de acesso a consultas eletivas (não emergenciais)”.
O HNSA ressalta que serão atendidos com esses medicamentos “os pacientes não covid, além de pacientes eventuais que, às vezes, chegam no pronto socorro com insuficiência respiratória aguda e suspeita de Covid, os quais estabilizados são transferidos ao Hospital de retaguarda Covid. Destacamos que já tivemos no HNSA casos de trauma e Covid; gestantes com Covid; pacientes em UTI com AVC e Covid; apendicite e Covid, entre outros exemplos de doenças associadas”.