Saiba os números de Caratinga e região
DA REDAÇÃO– Foram divulgados na manhã de terça-feira (14), os dados da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados mostram os números de mortes, nascimentos, casamentos e divórcios do último ano.
MORTES
O número de mortes registradas no Brasil entre 2006 e 2016 aumentou em 24,7%. Em 2006, foram contabilizadas 1.019.393 mortes e, no ano passado, 1.270.898. Houve redução expressiva da mortalidade até os 14 anos e aumento nas idades mais avançadas, em especial acima dos 50 anos, reflexo do envelhecimento populacional.
Em 1976, os óbitos de menores de 1 ano e de menores de 5 anos representavam 27,8% e 34,7% do total, respectivamente. Após 40 anos, os avanços nas condições de saneamento básico, na distribuição de medicamentos e no aperfeiçoamento de vacinas e de outros meios de medicina preventiva permitiram que os óbitos dos menores de 1 ano ficassem em 2,4% e o de menores de 5 anos, em 2,9%.
Há quatro décadas, as mortes de pessoas com mais de 65 anos correspondiam a 29,1% do total. A partir de 2006, mais da metade das mortes é proveniente da população com mais de 65 anos. No ano passado, esse percentual alcançou 58,5%.
Mortalidade masculina
Em 2016, um homem de 20 anos tinha 11 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher se a causa da morte fosse externa (homicídio, suicídio, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas acidentais). O índice cresceu 141,3% nesse período de 40 anos – em 1976, este índice era de 4,6 vezes.
Para os homens, o volume de óbitos aumenta significativamente para quem tem idade de 15 a 39 anos, em função das causas violentas que afetam com maior intensidade este contingente populacional.
Se forem considerados somente os óbitos por causas naturais no grupo de 20 a 24 anos, um homem de 20 anos teria 2,2 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher na mesma idade.
NASCIMENTOS
No ano passado, 2.793.935 nascimentos foram registrados no Brasil, uma redução de 5,1% na comparação com 2015, quando foram contabilizados 2.945.344 nascimentos. Foi a primeira queda desse número desde 2010.
A região com menor queda foi a Sul (-3,8%) e com a maior redução foi a Centro-Oeste (-5,6%). Entre as unidades da Federação, apenas Roraima apresentou aumento de nascimentos (3,9%). Já Pernambuco teve a maior queda no número de nascimentos (-10%).
Segundo o IBGE, os nascimentos no Norte do país têm maior concentração no grupo de idade das mães de 20 a 24 anos (29,6% dos nascimentos), resultado de uma população relativamente mais jovem nessa região em comparação com as demais.
Por outro lado, nas regiões Sul e Sudeste, o maior percentual de nascimentos ocorre entre as mulheres de 25 a 29 anos (Sul, 24,7% e Sudeste, 24,3%), 20 a 24 anos (23,5%) e 30 a 34 anos (22,1%).
CASAMENTOS
O Brasil registrou 1.095.535 casamentos civis em 2016, dos quais 1.090.181 entre pessoas de sexos diferentes e 5.354 entre pessoas do mesmo sexo. Houve queda de 3,7% no total de casamentos em relação a 2015. É o que mostra a pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2016, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A redução foi observada tanto nos casamentos entre cônjuges de sexos diferentes quanto entre cônjuges do mesmo sexo, com exceção das regiões Sudeste e Centro-Oeste que apresentaram aumento nos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, de 1,6% (de 3.077 para 3.125 casamentos) e 7,7% (de 403 para 434 casamentos), respectivamente.
No Brasil, nas uniões civis entre cônjuges solteiros de sexos diferentes, os homens casam-se, em média, aos 30 anos, e as mulheres, aos 28 anos. Nas uniões entre pessoas do mesmo sexo, a idade média no casamento era de cerca de 34 anos, tanto para homens quanto para mulheres.
Em 2016, a pesquisa apurou que foram concedidos 344.526 divórcios em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais, um aumento de 4,7% em relação a 2015, quando foram registrados 328.960 divórcios.
Em média, o homem se divorcia mais velho que a mulher, com 43 anos dele contra 40 dela. No Brasil, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio é de 15 anos.
A maior proporção das dissoluções ocorreu em famílias constituídas somente com filhos menores de idade (47,5%) e em famílias sem filhos (27,2%). A guarda dos filhos menores é ainda predominantemente da mãe e passou de 78,8% em 2015 para 74,4% em 2016. A guarda compartilhada aumentou de 12,9% em 2015 para 16,9% no ano passado.
DADOS DE CARATINGA E REGIÃO
Entre 2006 e 2016 o número de mortes em Caratinga caiu 7,9%, considerando que foram registrados 696 óbitos (2006) e 641 (2016). Em comparação apenas com 2015 a queda é ainda mais significativa (28,2%). Naquele ano foram apontados 893 óbitos.
O número de mortes violentas também diminuiu, considerando o período 2015-2016, pois foram apontadas 38 mortes desta natureza em 2016 contra 52 em 2015. Sobre os óbitos fetais, foram 18 em 2015 e 11 em 2016. Outra queda nos números, desta vez de 39%.
Cenário diferente do que se observa nos demais municípios da região. Por exemplo, Inhapim teve aumento no número de mortes. Foram 112 óbitos em 2006 e 179 em 2016, um acréscimo de quase 60%. O número de mortes violentas que era de 10 em 2015 foi para 19 em 2016 (aumento de 90%).
Bom Jesus do Galho teve o registro de 68 mortes em 2006 e 125 em 2016, ou seja, 84% de aumento. Nos demais municípios o número de óbitos representou aumento de: Entre Folhas (193%), Imbé de Minas (131,6%), Piedade de Caratinga (342%), Santa Bárbara do Leste (95,9%), Santa Rita de Minas (287,5%), Ubaporanga (382,4%) e Vargem Alegre (29%).
Já em relação ao número de nascimentos em Caratinga, foram contabilizados 1119 no ano passado e 1154 no ano de 2015, uma redução de 3%. O município ainda registrou 441 casamentos civis entre cônjuges de sexos diferentes em 2016. Em 2015 foram 461, o que representa uma redução de 4,4%.
O número de divórcios consensuais concedidos em 1ª instância ou por escritura foi de 165 em 2016. Em 2015 foram contabilizados 171, ou seja, uma queda de 3,5%.