CARATINGA- A tecnologia tem estado cada vez mais presente nas lavouras de café. Um exemplo disso são os drones, como destaca Herberth Mota Maia, técnico Agrícola pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Salinas e graduado em Engenharia de Agrimensura e Cartográfica pela Universidade Federal de Uberlândia.
Conforme Herberth, os drones de mapeamento são usados para monitorar as lavouras de café e acompanhar a saúde e o estágio em que elas estão – como floração ou maturação. “Também podem ser usados para visualizar a qualidade da palhada após a colheita, umidade do solo, análise de fertilidade do solo”.
Herberth acrescenta que com o uso da tecnologia de drone para mapeamento, “tem-se um crescimento significativo do lucro, uma vez que, falhas em linhas de plantio serão corrigidas pontualmente e talhões pouco produtivos poderão ser removidos e melhor dimensionados, buscando sempre otimizar a lavoura”.
Outra grande vantagem para Herberth é que o produtor gera um “enorme banco de dados” da sua lavoura de café, a partir do uso da tecnologia de drones. “Com isso torna-se possível, a qualquer momento a conferência e correção em um curto espaço de tempo, por outro lado, a contagem de falhas em linhas de plantio da forma tradicional, que é realizada em campo, é uma operação árdua que aumenta a possibilidade de erros e se torna inviável sua checagem. Com isso, tem-se uma maior eficiência das informações coletadas remotamente, mesmo esse plantio sendo localizado em um ambiente de difícil acesso e alta declividade para a aplicação da geotecnologia em questão”.
Recentemente, Herberth ministrou o curso de operador de aeronaves não tripuladas / drone (asa rotativa) – Operações Básicas em Caratinga com abordagem teórica e prática do drone, desde o voo manual ao automatizado (mapeamento). “Buscamos mostrar o potencial que essa ferramenta de trabalho tem para otimizar os trabalhos do produtor, tanto na agricultura quanto na pecuária. Como por exemplo, detecção de doenças e pragas, adubação do solo, detecção de falhas em linhas de plantio, cálculo de áreas, etc”.
Ele destaca que esse controle proporciona melhora e otimização no planejamento da lavoura de maneira geral, como definição das linhas de plantio, espaçamento e implementação do sistema de irrigação, por exemplo. “Com isso tem-se uma grande redução de gastos, e em consequência um aumento dos lucros. Sem contar que a produção gera um impacto ambiental menor, uma vez que você faz aplicações de defensivos localizadas. Os participantes aprenderam como fazer o planejamento das operações, como evitar acidentes, e principalmente como trabalhar de acordo com as normas vigente