Livro conta com texto da terapeuta Natália Mafra. Lançamento acontece às 10h deste sábado (6) na Casa Ziraldo de Cultura
CARATINGA – O equilíbrio mental tem sido um dos assuntos mais abordados nos últimos anos. As pessoas querem bem-estar. E o “DNA da Mentalidade – Desbloqueando o Potencial da sua Mente” (Ed. Chave Mestra) trata justamente desse tema. Ao compartilhar suas experiências pessoais e profissionais nestes 29 capítulos, os autores de ‘DNA da mentalidade’ farão o leitor mergulhar em histórias de resiliência, aceitação, persistência, decisão, superação, inovação e sucesso. Um dos textos é assinado pela terapeuta caratinguense Natália Mafra. Ela está cursando pós-graduação em neurociência e psicanálise e tem várias formações na área das terapias integrativas, além de ter formação acadêmica em Direito.
O lançamento oficial do livro aconteceu em Alphaville/SP no dia 15 de junho, mas às 10h deste sábado (6) será realizado o lançamento em Caratinga. O evento acontece na Casa Ziraldo de Cultura.
OBJETIVO DO LIVRO
Natália Mafra explica que no seu capítulo, “A Força da Empatia no Desenvolvimento Pessoal e Profissional”, compartilha sua perspectiva sobre o impacto da empatia em todos os âmbitos da vida, trazendo uma visão mais integrativa do ser humano.
O livro tem o objetivo de conectar o leitor com seu propósito, perceber a potência de sua individualidade, suas habilidades e suas competências e traçar metas claras para transformar suas ideias em ações e realidade. A obra ainda mostra os caminhos trilhados pelos autores e aponta como direcionar e utilizar o intelecto e as emoções de forma sábia e eficaz, para que seu cérebro e seu coração atuem juntos, com empatia e mirando os mesmos alvos, para modificar hábitos e sua realidade de maneira produtiva, estar preparado para transpor as barreiras que se apresentarem e alcançar uma vida de equilíbrio e felicidade.
TERAPEUTA FALA DO PODER DA EMPATIA
A terapeuta Natália Mafra ressalta que o livro proporciona ao leitor um conteúdo de alto valor para sua vida. Ela procurou traçar sobre o poder da empatia. Natália Mafra aborda o assunto nesta entrevista.
Boa leitura.
Como surgiu a oportunidade de participação neste livro?
Em janeiro deste ano, a Editora Chave Mestra entrou em contato me fazendo o convite para participar desse projeto. Eu fiquei muito honrada com o convite, e o tema não poderia estar mais alinhado a tudo que venho estudando e trazendo para meus atendimentos.
Tem uma frase de uma música da Legião Urbana que diz “Cada um de nós imerso em sua própria arrogância, esperando por um pouco de afeição”. Mas você trata justamente do impacto da empatia na vida pessoal e profissional. Talvez essa arrogância não seja uma ‘máscara’ e as pessoas esperam por empatia?
Citar Legião Urbana é muita responsabilidade (risos). Renato Russo foi uma mente muito a quem de seu tempo. E sim, acredito que o ser humano na maior parte do tempo, use máscaras para esconder suas vulnerabilidades, e espera no outro aquilo que falta em si mesmo. Daí a importância de se entender a real força que a empatia tem em nossa vida, tanto pessoal como profissional.
Existem tipos diferentes de empatia? Poderia nos explicar?
Sim, existem três tipos diferentes de empatia.
A empatia emocional é a mais conhecida. Refere-se à capacidade de sentir as emoções da outra pessoa como se fossem suas próprias emoções. Um exemplo é quando um amigo está feliz por uma conquista e vibramos junto com ele.
A segunda forma de empatia é a compassiva, ou seja, o impulso que surge para agir e ajudar alguém após perceber seu estado emocional. Isso inclui sentir o que o outro sente e ser motivado a aliviar seu desconforto. Além de sentir, vem o ímpeto de AGIR em prol do outro.
Já a terceira forma de empatia é a cognitiva, que é a habilidade de compreender as perspectivas e pensamentos de outras pessoas. Essa empatia não envolve necessariamente compartilhar as emoções, mas sim entender os pontos de vista alheios. Ao meu ver, essa é a habilidade mais importante que um profissional deve desenvolver, uma vez que estamos interagindo com o meio o tempo todo.
Você sempre foi muito sensível. Como isso impactou sua vida?
Até eu entender o que acontecia comigo e aprender a lidar com essa sensibilidade, posso dizer que o impacto em minha vida foi muito negativo. Eu tinha muita dificuldade em estabelecer limites emocionais, e isso me deixava muito vulnerável em ambientes tóxicos. A partir do momento em que fui me autoconhecendo, passei a ver minha sensibilidade não mais como uma fraqueza, mas como uma característica inata que apenas precisava ser entendida e acolhida. É um trabalho diário de autocuidado.
No decorrer de sua vida, podemos dizer que fez uma ‘reprogramação mental’. Como isso se deu?
Pense em sua mente como um grande computador, que ao passar do tempo vai ficando mais lento, cheio de vírus e programas ultrapassados, que não o permitem funcionar em sua total capacidade. Fazendo essa analogia, podemos dizer que os traumas que vivemos, principalmente os da gestação, nascimento e primeira infância são como os vírus, e as crenças que nos limitam e que vão se tornando verdades ao longo da vida, são os programas ultrapassados que precisam ser atualizados. O nosso cérebro pode ser treinado a fazer diferente, só precisamos entender como isso funciona. Quando começamos a identificar aquilo que nos paralisa, ressignificamos e seguimos em frente, usando assim de forma mais assertiva nossas habilidades. Posso dizer que a partir do momento que tomei minhas maiores dores como propulsoras e não mais como âncoras que me paralisavam, minha vida se transformou.
Uma frase sua diz: “Aquele que não vê no outro a si mesmo ainda não entendeu o sentido da vida”. O sentindo da vida está em olhar no outro? Ou seja, ninguém cruza nosso caminho por acaso?
Estamos todos conectados por uma Força Maior, o que cada um denomina de acordo com a sua fé. No livro eu trago uma explicação mais profunda para esse conceito. Mas em resumo, nada em nossa vida se dá ao acaso, e quando tomamos consciência disso, entendemos que cada pessoa que cruza nosso caminho é uma oportunidade de cura e crescimento. A grande questão aqui é entender o outro como um espelho, nada está fora, tudo está dentro de nós. Não é o outro que te aborrece, é você quem se aborreço com o outro, então não é olhar o outro, e sim o que ele desperta em você.
Agora falando propriamente do livro ‘DNA da Mentalidade – Desbloqueando o Potencial da Sua Mente”. O nome é ilustrativo, indica o propósito. Como desbloquear o potencial de nossas mentes?
Conhecimento. Essa é a palavra-chave. Buscar conhecimento sempre.
E neste livro você encontra 29 perspectivas diferentes de como fazer isso. Cada autor contribui com sua perspectiva sobre como ativar e empregar sua eficiência mental e emocional para encontrar as chaves para desenvolver um mindset de crescimento. Para mim a grandeza deste projeto se dá justamente nessa riqueza de conteúdo.
Até bem pouco tempo não se tratava de temas como ‘bem-estar’ e ‘saúde mental’. Por que as pessoas passaram a se preocupar com estes aspectos nos últimos anos?
Antes o cuidado com a saúde mental não era considerado importante, eu mesma já ouvi no decorrer da minha vida, várias vezes, que depressão é frescura. Mas o número de transtornos mentais vem aumentando cada vez mais e a própria medicina vem sentindo a necessidade do cuidado integral do ser humano. Não dá mais para cuidar apenas do corpo físico, esquecendo do campo mental, emocional e espiritual. Nós somos seres multidimensionais.
Por fim, qual sua dica para uma boa saúde mental?
A auto empatia é um bom começo. Não adianta buscar fora o que na verdade está dentro de nós. Reconhecer quem somos, com nossas qualidades e defeitos, entender nossos limites e procurar evoluir sempre. E não deixar de buscar sempre o equilíbrio entre corpo, mente e espírito, afinal, somos seres espirituais vivendo uma experiência terrena.