A tradicional Copa Distrital, promovida pelo Departamento de Esportes da Prefeitura desde os anos 80, sem dúvida é a competição mais aguardada pelos times e jogadores da zona rural. A categoria principal chamada de “titular” atrai além de público, muitos jogadores da cidade. Porém, a que mais me agrada, e acredito cumpre o principal objetivo da competição, é a categoria Aspirante. Como sempre faço na maioria dos finais de semana, aproveita meu momento de descanso na zona rural do distrito de Sapucaia para assistir um pouco do Vasquinho de Cachoeira Alegre, time da casa, contra o time de São João de Jacutinga. Com diversos jogadores das comunidades, é muito legal acompanhar familiares e amigos torcendo a beira do campo. Esse é o verdadeiro espírito do futebol amador. Na Copa Distrital isso ainda é muito presente. Por isso a promoção da competição é tão importante e sempre tão aguardada.
Por outro lado, as comunidades da nossa grande zona rural que vibram tanto com a Distrital, cobram melhorias nas estradas que em sua maioria estão em péssimas condições. Esburacadas e intransitáveis em períodos de chuva, a comunidade de Cachoeira Alegre mesmo se mostra bem insatisfeita com o estado da estrada. Afinal, do distrito de Sapucaia até Cachoeira Alegre são apenas oito quilômetros. A comunidade aguarda ansiosamente por melhorias.
Cruzeiro Campeão!
Futebol é apaixonante por essas coisas. O Cruzeiro começou o estadual como favorito ao título. Depois da primeira partida e a vitória do Atlético por 3 a 1, o favoritismo mudou de lado. Eu mesmo achava complicado que o time celeste tivesse condições emocionais para reverter. Porém, com um gol logo no começo da partida, a Raposa incendiou o estádio, se encheu de confiança e abalou o adversário. Que a Raposa tem um elenco mais qualificado acredito que ninguém duvida. Entretanto, nesses últimos confrontos, a parte emocional tem influenciado mais que o normal. Na minha humilde opinião, isso ficou patente logo após o primeiro gol atleticano de Ricardo Oliveira no Independência. Depois das partidas de meio de semana, a pressão aumentou sobre o time da Toca. Porém, quando a bola rolou no Mineirão, estranhamente o Atlético entrou “pilhado” e acuado se agarrando demais na boa vantagem que construiu no primeiro jogo. O gol de Arrascaeta no começo da partida abalou ainda mais o Galo. O time de Mano Menezes chegou a ter 70% de posse de bola. Num clássico convenhamos não é comum. A expulsão justa de Otero prejudicou sim o esquema tático alvinegro. Mas, não foi isso que definiu o jogo. A “covardia” atleticana em abrir mão de jogar cedo demais pesou muito mais. Posto isto, quando o time de melhor campanha vence o campeonato, não tem como dizer que não foi justo.
Arbitragem: Reclamar só na derrota fica fácil
O presidente do Atlético Sérgio Sette Câmara foi para a entrevista coletiva depois da derrota no clássico reclamar da arbitragem do Luiz Flávio de Oliveira. Na coluna de sábado (7) escrevi que minha preferência seria pelo gaúcho Anderson Daronco. É um árbitro com uma postura mais enérgica para um clássico valendo título. Entretanto, no lance reclamado pelo presidente alvinegro que queria a expulsão também do lateral Edílson junto com Otero, não acho que seu time foi prejudicado. Afinal, é um lance de pura interpretação do árbitro. Ele considerou que o lateral merecia apenas o cartão amarelo. Sinceramente não acredito que esse lance definiu o resultado do jogo. A postura excessivamente cautelosa do Atlético sim. Por outro lado, vir reclamar quando é prejudicado é muito fácil. É uma maneira de justificar para a torcida. Mas, onde estava o presidente quando seu time foi favorecido em dois clássicos contra o América?
Rogério Silva
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