CARATINGA – O delegado Welington Moreira esteve na redação do DIÁRIO DE CARATINGA para falar de sua pré-candidatura a prefeito de Caratinga pelo DEM (Democratas) e também sobre as transferências na Polícia Civil, desde que assumiu a delegacia regional de Caratinga, o que ele considera perseguição política.
Sobre as transferências, o delegado contou que quando ainda estava em Manhuaçu, recebeu no ano passado um convite da chefia para assumir a delegacia regional de Caratinga. O delegado revelou que antes disso procurou as pessoas que têm interesses políticos na região e perguntou se havia alguma restrição quanto ao seu nome. Conforme Welington Moreira, todos disseram que ele seria bem-vindo e por isso aceitou o cargo já com o compromisso que se aposentaria no mês de abril de 2016, como de fato fará.
Em junho de 2015, Welington Moreira assumiu a delegacia regional e disse que nos três meses seguintes precisou ir a Belo Horizonte várias vezes para conversar com a chefia e explicar que não tinha intenção de estar diretamente ligado à política de Caratinga, nem como candidato, nem como apoiador. “As pessoas da política de mando de Caratinga entenderam que minha permanência na delegacia poderia atrapalhá-los politicamente nas eleições e para minha surpresa, quando em viagem para fora do país, fui comunicado que minha permanência em Caratinga está insustentável”.
O delegado disse que retornou da viagem no dia 5 de outubro do ano passado e esteve em BH para saber o que estava acontecendo e foi informado que sua saída havia sido pedida pelo líder de governo na Assembleia Legislativa (Durval Ângelo), pelo presidente da ALMG (Adalclever Lopes) e pelo prefeito de Caratinga (Marco Antônio Ferraz Junqueira). “Não fiz nenhum movimento para permanecer na delegacia. Acho que ficaria inviável minha permanência já que estas pessoas não me queriam aqui, mesmo sabendo que quando passei por Caratinga fiz o que precisava na polícia”.
Welington aguardou a publicação para a nova delegada regional, permaneceu locado em Caratinga e aproveitou para fazer tratamento de saúde e pediu as férias normais e seis meses de prêmias, que perderia se trabalhasse até o mês que vem. “Iria doar para o estado seis meses de trabalho, mas preferiram me tirar do cargo e me pagar durante seis meses para não fazer nada”.
Nesse período o delegado contou que foi procurado pelo deputado Misael Varela e pelo pai dele, Lael Varela, pedindo que se filiasse ao Democratas e colocasse seu nome à disposição para uma pré-candidatura a prefeito de Caratinga. “Relutante com a situação, até pela questão familiar, minha esposa não é afeita a minha participação política, mas o assédio foi grande e a conversa agradável. Então resolvi aceitar num primeiro momento ser o presidente do partido na cidade”.
Antes o delegado fazia parte do PMDB, onde ficou por mais de dois anos, mas não tinha pretensão de participar de eleições.
Depois que aceitou o convite do Democratas, Welington começou a fazer filiações de pessoas que desejam serem candidatas esse ano. “Na semana retrasada protocolei minha desfiliação do PMDB e para minha surpresa, no sábado (19/3), pela manhã, houve uma publicação da minha transferência para Unaí, num ato justificando que teria sido por interesse por serviço da administração pública e a decisão teria sido tomada em dezembro do ano passado, mais de três meses depois publicaram o ato. E desde então percebi a única alternativa que tinha era colocar o meu nome à disposição e não poderiam ter me transferido, pois estou de férias prêmias que só vence em julho, mas parece que houve uma jogada política para que as pessoas na rua soubessem que eu não estaria na política, pois tinha sido transferido para Unaí”.
Segundo o delegado, o ato é totalmente infundado, e, portanto, já esta tomando as providências judiciais para que se torne sem efeito, pois em abril ele se aposenta. “Acredito que sou um nome novo no cenário. É um momento oportuno, precisamos de ideias novas, sentimos necessidade de mudanças urgentes”.
Como presidente do Democratas, Welington disse que a primeira providência é fortalecer o partido e depois partir para composições com pessoas que tenham compromisso com a cidade.
O tesoureiro do partido Pedro Lomar, que também saiu do PMDB, disse que foi convidado pelo delegado a integrar o Democratas. “Doutor Welington é uma pessoa muito humilde, todos têm acesso a ele, tem muitas qualidades e é ideal para o atual momento político em Caratinga, precisamos de alguém que tenha conhecimento e ele é assim”.
“As pessoas da política de mando de Caratinga entenderam que minha permanência na delegacia poderia atrapalhá-los politicamente nas eleições e para minha surpresa quando em viagem para fora do país, fui comunicado que minha permanência em Caratinga esta insustentável”.
“Na semana retrasada, numa sexta-feira protocolei minha desfiliação do PMDB e para minha surpresa no sábado (19/3) pela manhã houve uma publicação da minha transferência para Unaí”.
“Iria doar para o estado seis meses de trabalho, mas preferiram me tirar do cargo e me pagar durante seis meses para não fazer nada”.