CARATINGA – O mês de outubro foi tenso para os moradores de Caratinga, diante do agravamento da crise hídrica no município. A queda de vazão do Córrego do Lage fez com que a Copasa tomasse medidas drásticas para garantir o mínimo de abastecimento à população, através de rodízios, que tiveram início no último dia 5, com a duração de 24 horas.
Ainda assim, multiplicaram-se as reclamações de moradores dos bairros mais altos de Caratinga, em relação à falta d’água. Algumas famílias chegaram a ficar mais de 10 dias sem abastecimento e sofreram com a seca, precisando buscar água em outros locais. O rodízio foi alterado para um período de 36 horas e a população se mostrou ainda mais preocupada.
A situação piorou e diante das dificuldades enfrentadas nas próprias escolas de Caratinga, a Prefeitura estudava suspender as aulas e decretar o estado de emergência no município.
Na sexta-feira (23), o prefeito Marco Antônio Ferraz Junqueira, o chefe do Departamento da Região Leste de Minas Gerais da Copasa, Maurício Paulo Pereira; e o gerente regional, Albino Junior Batista Campos, se reuniram com representantes de segmentos da sociedade e secretários municipais para tratar da crise hídrica em Caratinga. Em seguida, as autoridades concederam entrevista coletiva à imprensa.
O objetivo seria anunciar o decreto amplo para que se pudesse tomar uma série de medidas em relação à crise hídrica, porém com a chuva da noite anterior de 60 milímetros, decidiu-se por adiar por pelo menos uma semana a sua publicação.
Hoje, completa-se esse prazo estabelecido por Copasa e Prefeitura. Para a alegria dos caratinguenses, na quarta (28) e quinta-feira (29) choveu novamente, o que amenizou a situação do Córrego do Lage.
O DIÁRIO DE CARATINGA entrou em contato com a assessoria de comunicação da Copasa, que informou que o abastecimento da cidade está normalizado desde o dia 23. No entanto, a Companhia pede que a população continue utilizando água com consciência e evite o desperdício, “visto que não há como prever o comportamento hidrológico do Lage em situação de estiagem prolongada”.