BELO HORIZONTE – Foram três dias na capital cobrindo o I Congresso Mineiro de Equoterapia, que aconteceu no Parque de Exposições, da Gameleira, em Belo Horizonte. Durante este período, a reportagem respirou cavalo, ouviu sobre cavalo, aprendeu sobre cavalo e constatou que o cavalo é muito mais do que um mero animal de porte elegante, que atravessou a história como parceiro do homem na lida do dia a dia, seja no contexto do campo ou em outras situações. O cavalo também pode ser um importante instrumento de auxílio especializado na execução de métodos específicos de tratamento de saúde. Quando se trata de um Mangalarga Marchador, então, é uma paixão entre os criadores – quase uma obsessão, a ponto de um amante da raça chorar ao descrever situações em que o animal pode ajudar a salvar vidas. De volta da maior feira equestre da América Latina, trouxemos na bagagem um pouco de mais conhecimento sobre o trabalho que o Centro Universitário de Caratinga (UNEC) desempenha na área da Equoterapia, e como as autoridades especializadas de fora, tanto em âmbito regional, estadual e nacional, reconhecem este trabalho.
Pontuamos alguns momentos emocionantes, como o presidente da maior associação do País de criadores de cavalo da raça Mangalarga Marchador que chora no meio da entrevista diante da importância do trabalho; um pai que fundou um instituto filantrópico depois de o filho ser vítima de meningite bacteriana, estar imobilizado numa cadeira de rodas ligado a um aparelho respirador, mas que em cima de um cavalo não precisa de nada para respirar, e que fez do próprio filho um símbolo nacional para sensibilizar autoridades na luta por um Brasil sem meningite; uma entidade de renome nacional que está atuando ativamente para que o Ministério da Saúde reconheça a Equoterapia como modalidade clínica de complexidade especial junto ao SUS; especialistas que se dedicam aos estudos de como aliar a Equoterapia a tratamentos de saúde complexos, como a Saúde Mental e Enfermidades Respiratórias; e o porquê do Mangalarga Marchador ser tão importante neste segmento de tratamento alternativo de saúde, que vem dando tão certo e cruza fronteiras internacionais.
Autoridades e proprietários de Centros de Equoterapia de várias regiões do País prestigiaram o evento. “Estou aqui para saber como fazer meu centro alavancar, porque trabalho social nós já fazemos, e bem feito, mas precisamos saber como captar recursos e a Dra. Daniela (Fonseca Genelhú Soares – organizadora do congresso) tem grande know-how neste sentido. Estamos aqui para a palestra dela”, disse uma proprietária de um Centro de Equoterapia em Marília, região do interior de São Paulo. “Nossa presença aqui se dá pelo fato de saber que a Equoterapia é a grande revolução de uma forma inovadora de reabilitação”, declarou uma empresária do ramo de restaurantes em Guarantinguetá, no Vale do Paraíba/SP.