Clínica de Reabilitação Casu pela Vida em prol da saúde pulmonar
CARATINGA – A dependência à nicotina mata cerca de 428 pessoas por dia no Brasil. Todos os anos, 7 milhões de mortes são causadas pelo tabagismo no mundo. Os dados fazem parte de um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), que também aponta que, o tabagismo está relacionado a 85% das mortes por doença pulmonar crônica, 30% dos diversos tipos de câncer, 25% por doença coronariana e 25% por doenças cerebrovasculares.
Embora nos últimos 12 anos, a quantidade de pessoas que fumam no Brasil tenha reduzido 40%, a última Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), revelou que 10% na população acima de 18 anos é dependente do cigarro, o que é equivalente a cerca de 16 milhões de pessoas. A importância do conhecimento desse número, reflete em políticas públicas que visam o controle da cessação do tabagismo. Pois, sabe-se que essa prática leva ao acometimento pulmonar e surgimento de diversas doenças.
O médico pneumologista do Casu – Hospital Irmã Denise, Eduardo Dionathas Firmino, explica que qualquer apresentação da substância é prejudicial à saúde. “Há diferentes produtos de tabaco, preparados de diversas maneiras. Aquelas produtoras de fumaça, além do cigarro, citamos o charuto, cachimbo, narguilé. E o tabaco que não produz fumaça como preparações que podem ser mascadas ou para ser absorvidos pela mucosa oral e nasal. Porém, todas as formas liberam nicotina com elevado risco de causar dependência”.
Ainda que todas as apresentações sejam prejudiciais, o uso do Narguilé, dispositivo utilizado para fumar, é que mais causa danos à saúde. “Sobre o narguilé sabe-se que monóxido de carbono está presente em maior percentual em sua fumaça do que na do cigarro, inclusive acrescido também pela queima do carvão usado nessa modalidade. Em uma análise da fumaça do narguilé, encontraram-se quantidades significativas de nicotina, alcatrão e metais pesados, além de arsênio, benzopireno, níquel, cobalto, berílio, cromo e chumbo, em quantidades maiores do que na fumaça de cigarro. O fumante de narguilé deve inalar, em uma sessão, a mesma quantidade de fumaça que um fumante de cigarros inalaria se consumisse 100 ou mais cigarros” explica o pneumologista.
Há ainda, outra forma de vício que cada vez mais vem ganhando adeptos que é o cigarro eletrônico. A comercialização desse tipo de cigarro ainda é proibida no Brasil, já que a segurança dos sistemas eletrônicos de liberação da nicotina não foi cientificamente demonstrada, e o risco potencial para a saúde do usuário ainda permanece indeterminado. Segundo o especialista, “os riscos à saúde podem também estar associados com as diferentes substâncias encontradas nos cartuchos substituíveis do cigarro eletrônico. Substâncias irritantes e até carcinogênicas foram encontradas como as nitrosaminas”.
Dentre tantas formas de dependência, existe a certeza do acometimento da saúde em todas elas. De acordo com o médico Eduardo Dionathas Firmino, “além da dependência a fumaça do tabaco prejudica a defesa pulmonar através de mudanças estruturais, e alterações celulares e da resposta imune. Fumar compromete a integridade do epitélio das vias respiratórias o que leva ao desenvolvimento de diversas doenças pulmonares. O risco de indivíduos desenvolver Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), fibrose pulmonar, pneumonia, câncer e tuberculose são maiores em relação à população que não fuma”, explica o pneumologista.
Deixando o vício: os benefícios para a saúde começam nas primeiras horas
Abandonar um vício, que em muitos casos se torna hábito, é muito difícil, mas não é impossível. Com acompanhamento médico especializado, força de vontade e persistência é possível deixar o vício em cigarro no passado. O pneumologista Eduardo Dionathas Firmino, orienta que para que essa mudança aconteça o mais importante é o primeiro passo. “É fundamental adotar uma mudança de comportamento. O fumante tem que passar a ver o cigarro não como um parceiro, mas como algo prejudicial para sua saúde. O indivíduo não pode ser forçado a parar de fumar, porque desta forma, as chances de cessar será bem menor. O tabagista tem que querer, manifestar seu desejo e, quando não consegue sozinho, aceitar ajuda”.
Segundo o especialista, o autoconhecimento é um fator fundamental que auxilia no processo de abandono do vício. “A estratégia com base na terapia cognitivo-comportamental cujo foco principal é ajudar o fumante a reconhecer seus gatilhos específicos, ou seja, situações e emoções que leva a necessidade compulsiva do uso do cigarro. Soma-se a abordagem farmacológica com o propósito de aumentar o sucesso do tratamento e diminuir os sintomas da abstinência. Mostrar aos usuários de tabaco que os benefícios para a saúde com a cessação do tabagismo já começam nas primeiras horas. Para assim, serem encorajados a marcar uma data para largar o cigarro”.
O apoio de uma equipe multidisciplinar é fundamental para o sucesso do tratamento e da recuperação da saúde do dependente. “A Clínica de Reabilitação Casu pela Vida, oferece orientação, atendimento e acompanhamento multiprofissional para as pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas, como a nicotina, e outras substâncias. O tratamento da dependência química ou do uso abusivo destas substâncias é individualizado e estabelecido de acordo com as características de cada paciente, como história de consumo de substâncias, tempo de uso, quantidade, condições clínicas, presença de comorbidades médicas e psiquiátricas, e existência de vulnerabilidade social e psicológica”, finaliza o especialista.
A equipe de profissionais Clínica de Reabilitação Casu pela Vida está preparada para colaborar com a recuperação daquelas pessoas que hoje necessitam de ajuda para enfrentarem os problemas decorrentes da dependência do cigarro. O serviço se encontra em funcionamento com atendimento humanizado e individualizado em casos de alcoolismo, vício em cocaína, crack, maconha, LSD, Ecstasy tabagismo e ainda a dependência em medicamentos. Para mais informações entre em contato pelo telefone (33) 33 3322-7900 no Ramal 7975.