Regional: hora do balanço
Os torcedores do Limoeiro não param de comemorar a conquista de seu primeiro título do Regional da Liga Caratinguense de Desportos. Porém, antes mesmo das merecidas férias de todos os envolvidos diretamente na promoção do certame começar, imagino que algumas conversas de bastidores já estejam acontecendo. Diante do sucesso da competição esse ano, principalmente na fase final, muitos clubes tradicionais já manifestaram intensão de disputar o Regional 2016. Alguns afastados há vários anos. Seria muito bom poder ver outra vez times como: Santa Bárbara, Santa Rita, Sevale, Bairro das Graças, Rodoviários, Flamengo do bairro Esperança, Bela Vista de Piedade e algum dos grandes de Inhapim. Limoeiro e Caratinga mostraram que quando se tem pelo menos um pouquinho de organização os resultados aparecem. Por outro lado, se desejo ver todos esses de volta ano que vem, espero por parte da LCD um regulamento melhor elaborado. Que dê menos espaços para interpretações dúbias, que puna mais severamente agressões, que privilegie o mais organizado. Não tenho dúvida que o certame 2015 foi melhor tecnicamente que 2014. Assim, espero que um 2016 ainda melhor.
Mineiros: Que venham as férias
Depois da última rodada do Brasileirão todos os jogadores de América, Atlético e Cruzeiro começaram a curtir suas merecidas férias. É bom que aproveitem bem, já que ano que vem além de todas as competições já conhecidas, terão a novidade Copa Sul-Minas-Rio. Depois de garantir o vice-campeonato, o Galo deve se preparar muito bem para mais uma Libertadores. Confesso que gostei da opção por Diego Aguirre para comandar o time. Mas, espero que tanto torcida como diretoria tenham paciência e entendam que o trabalho será diferente de Levir Culpi.
O Cruzeiro não terá Mano Menezes como imaginávamos até uma semana atrás, a Raposa também esta tentando uma opção diferente e ousada. Clarence Seedorf foi um craque jogando pelo Milan, Real Madrid e até mesmo no final da carreira pelo Botafogo. Mas, como técnico está apenas começando. Como marketing seria um bom negócio de repercussão internacional. Tecnicamente tenho muitas dúvidas se é uma decisão acertada. Até porque vários jogadores declararam apoio á efetivação do auxiliar Deivid. Esse já conhece bem o grupo, e tem moral com a “bolerada”.
O Vasco caiu. De quem é a culpa?
Joinville, 31; Goiás, 38; Vasco, 41; e Avaí, 42 pontos, foram os rebaixados do Brasileirão para a Série B em 2016. Curiosamente, dos quatro, três subiram exatamente esse ano. Apenas o Goiás já estava na primeira divisão. Portanto, aquela história de que precisa cair para aprender não funcionou para Joinville, Vasco e Avaí. No caso dos catarinenses, logo na primeira rodada não era difícil imaginar que pelo menos dois dos quatro representantes do estado estivesse entre os últimos. Afinal, a disparidade de poder de investimento é enorme. Porém, quando o assunto é o Vasco da Gama, um dos gigantes do futebol brasileiro não esperava uma nova queda. Afinal, mesmo já tendo caído outras duas vezes, o clube continuou tendo uma bela cota de TV e bons patrocínios que lhe permitia montar um time competitivo. Na minha humilde opinião não existe apenas um culpado. Não se pode tirar do grupo de jogadores sua parcela de culpa. Mas, sem dúvida o grande responsável está no comando: Eurico Miranda. Com um discurso retrógrado, antiquado, de “chute na porta e soco na mesa” o time foi campeão carioca numa competição completamente “contaminada” onde Fluminense e Flamengo foram prejudicados e perseguidos pela Federação. Deu-se então a falsa impressão de que o time era bom. Passou-se o primeiro turno inteiro pensando assim. Trocando de técnico e apostando num grupo fraco. Quando se deram conta, reforçaram o time com Jorge Henrique e Nenê, e trouxeram Jorginho e Zinho para o clube, o Vasco deu um salto de qualidade. Porém, insuficiente para escapar do rebaixamento. Foi desperdiçado um turno inteiro somando apenas 13 pontos. O segundo, sim, foi digno somando 28. Mais que o dobro. Entretanto, já era tarde.
Rogério Silva
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