Regional: Esperando a bola rolar
Mesmo diante da declaração positiva da Prefeitura sobre o apoio ao Campeonato Regional da LCD (Liga Caratinguense de Desportos) mais uma vez esse ano, às informações sobre o certame ainda são poucas e desencontradas. Conseguir uma declaração oficial da Liga sobre o andamento dos preparativos é sempre uma batalha. Dirigentes que deveriam estar bem informados, e em permanente contato com a entidade, estão sempre nos abordando pelas ruas, telefone ou rede sociais em busca de informação. Enquanto isso o tempo vai passando e nada da bola rolar. Como tenho dito na maioria das vezes que sou questionado, se não houver um envolvimento direto dos dirigentes, uma demonstração maior de interesse em promover a competição, ela não sai.
Mineiros olhando pra cima
Tendo dominado o cenário do futebol brasileiro nos dois últimos anos, desta vez, Atlético e Cruzeiro terão mais dificuldades em manter a hegemonia. Conquistar a “tal” regularidade é a principal meta pra chegar ao título. Atuais campeões brasileiros e da Copa do Brasil, ambos estão esbarrando atualmente nas constantes mudanças. Por isso, acho que dizer que Levir Culpi está balançando no cargo de treinador no Galo não é inteligente. Por mais que tenha se equivocado em algumas escolhas, insistido com alguns jogadores que não tem dado retorno, ele ainda é em minha opinião, quem conhece melhor o grupo e pode levar o Atlético a conquista do título. Contra o Flamengo, no próximo sábado no Maracanã, o alvinegro precisa saber usar bem o contra-ataque. Exatamente a principal arma usada pelos adversários contra ele.
Do lado cruzeirense o momento é de olhar para o alto. Depois de três vitórias consecutivas o torcedor já mira a ponta da tabela. A partida contra o Vasco e o triunfo por 3 a 1 deu ainda mais confiança ao grupo. Além disso, Luxemburgo tem conseguido tirar o máximo de cada jogador. Domingo, no Mineirão, contra a Chapecoense é mais uma oportunidade de encostar ainda mais no grupo da frente. A três pontos do G4 e a 06 do líder São Paulo, a Raposa vencendo entra na briga de vez.
Neymar Futebol Clube
A estreia com vitória da seleção brasileira sobre o Peru por 2 a 1 pode passar a ideia que o time mudou muito desde os 7 a 1 na Copa do Mundo. Afinal, Dunga chega a 11 vitórias em onze jogos. 100% de aproveitamento. Porém, basta ter um pouquinho de conhecimento tático pra ver que a seleção continua dependendo muito das atuações de Neymar. Diante de um adversário inferior tecnicamente, com muitas limitações na marcação, o Brasil só conseguia chegar com perigo ao gol peruano nas jogadas individuais do capitão, ou em passes precisos para os companheiros. Assim como foi na Copa do Mundo, temos um time formado por bons jogadores com um craque acima da média. Mais uma vez, o futebol da seleção depende mais do talento individual de um fora de série, que do jogo coletivo tão falado pelo treinador. Quarta-feira, diante da Colômbia, enfrentaremos uma equipe que embora tenha perdido na estria para a Venezuela, é mais técnica que o Peru. Entretanto, o argumento do nervosismo da estreia usado por alguns não servirá mais. Espero que o Brasil vença com uma atuação melhor. Temos que parar com essa história que o mais importante é o resultado sem se importar com a qualidade do jogo. Pode até ser que diante de adversários mais fracos vencemos jogando mal. Porém, contra os grandes só se vence com boas atuações.
Rogério Silva
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