A vez de Rocha
Passado o susto, a consternação de todos ao receberem a notícia do falecimento de Amarildo Léllis, presidente do América, associados e funcionários tiveram outra preocupação. Como ficaria o clube sem ele? Resposta que iremos demorar um pouco pra ter. Afinal, sua perda foi muito recente.
A preocupação de todos faz muito sentido. É opinião quase unânime que Amarildo marcou sua passagem pelo clube como um presidente dinâmico, inovador e excelente administrador. Com as finanças equilibradas, obras em andamento e projetos a serem executados, o americano esta acostumado a ter seu clube bem administrado. Por isso, recebi no programa Abrindo o Jogo desta semana o ex-vice, e agora presidente, Jander Rocha. Policial militar há mais de 20 anos, sargento Rocha, como é mais conhecido, tem origem humilde e uma base familiar tradicional. No longo bate-papo no programa, Rocha não escondeu que preferia assumir o clube numa outra circunstância. Porém, deixou claro estar preparado para dar sequência ao ótimo trabalho feito por Amarildo. Além disso, se mostrou aberto a ouvir com humildade conselhos e opiniões. Principalmente daqueles que tem um contato maior com o cotidiano do clube. Sobre o desejo de permanecer como presidente, lembrou que as eleições serão em maio do ano vem. Entretanto, acha cedo pra se colocar como candidato a reeleição. Antes de tomar uma decisão, irá ouvir sua família, amigos próximos, e resolver ainda questões profissionais. O presidente ainda disse que não pretende mexer na equipe de trabalho. Aliás, fez questão de agradecer a forma com que foi acolhido por todos. Até o próximo pleito teremos mais de um ano. Tempo suficiente para Jander Rocha mostrar ao associado americano que o clube continua em boas mãos.
Mineiros: Domingo de decisão
Antes mesmo de a bola rolar, o clássico Cruzeiro x Atlético já estava pegando fogo. A reclamação cruzeirense em relação a data do jogo faz todo sentido. Afinal, mais uma vez o time não terá às 60 horas de intervalo entre uma partida e outra. Na terça-feira (21), a Raposa volta a campo pela Libertadores em jogo decisivo contra o Universitário Sucre. Mais uma vez foi prejudicado pelo calendário absurdo do nosso futebol. A derrota diante do fraco time do Huracán demonstrou todo o desgaste e cansaço dos comandados de Marcelo Oliveira. Por outro lado, só esse argumento não justifica uma atuação tão abaixo da média. Para o clássico desse domingo, um empate basta para eliminar o rival chegar a mais uma final. Resta saber quem estará mais “inteiro” para ir pro jogo.
Para o Atlético a rodada do meio de semana na Libertadores também foi ruim. Diante de um adversário pouco confiante no México. O Galo jogou mal, foi apático, não mostrou poder de reação e ressuscitou o Atlas para a competição. Com o meio campo pouco inspirado, sem abastecer o ataque nem mesmo ameaçou os donos da casa. Para o jogo de domingo terá que jogar muito mais. Somente a vitória dará vaga na decisão do Campeonato Mineiro.
No outro confronto da semifinal, acredito que a Caldense se classifique. Jogando em casa, com apoio da torcida e precisando apenas empatar, esta com a faca e o queijo na mão. Porém, vai enfrentar um bom adversário que pode surpreender.
Arbitragem de fora ou não?
Na minha humilde opinião, embora concorde com boa parte das reclamações feitas em relação a arbitragem do senhor Raphael Claus, árbitro paulista no último clássico; penso que alguns dirigentes exageram em tentar transferir responsabilidade. O zagueiro falha, o técnico escala errado, o atacante erra gol “feito”, o goleiro toma frango, é a culpa é sempre do árbitro? Independente da nacionalidade ou estado de origem, todos erram. O problema é que os mineiros são pressionados durante toda a semana que antecede o clássico. Já quando o trio vem de outro estado. Vem, faz seu trabalho e não tem que ficar aqui ouvindo bobagens de quem na maioria das vezes não sabe nada de regra de futebol.
Rogério Silva
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