Mulher seguia de moto quando linha com cerol cortou o seu pescoço
DA REDAÇÃO – A família de Maria de Lourdes Lopes Costa, 36 anos, esteve na manhã de ontem, no Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro, para reconhecer o corpo da vítima. Ela morreu no último domingo (6), decapitada na Linha Vermelha enquanto pilotava uma moto. Segundo testemunhas, teria sido cortada por uma linha de pipa com cerol. O delegado Delmir Gouvêa, titular da 21ª DP (Bonsucesso), que investiga o caso, afirma que espera a perícia para confirmar a informação. Maria de Lourdes é mineira de Caratinga e morava em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, havia dois anos.
A irmã, Maria Imaculada, de 40 anos, conta que ela veio para o Rio em busca de emprego. “Minha irmã veio para cá em busca de uma vida melhor e vai voltar dentro de caixão”, afirmou Maria Imaculada, que morava com a irmã.
A mulher trabalhava como motorista de caminhão de um hortifruti. Ela queria completar três anos de carteira assinada no Rio para voltar a viver em Caratinga. Ela tem um filho de 14 anos que mora em Caratinga e, segundo familiares, está em estado de choque. O menino tinha acabado de passar um mês com a mãe em Caxias e voltou
para a casa da vó na última sexta-feira.
Cunhado de Maria de Lourdes, Jorge Augusto dos Santos – que só soube do acidente na manhã desta segunda-feira pela internet – conta que ela tinha comprado a moto há um ano e era uma paixão da moça. “A gente alertava ela para riscos de assaltos, recomendava inclusive que trocasse moto por carro, mas não imaginava que fosse morrer dessa maneira tão estúpida. Não adianta ter lei proibindo cerol, é preciso ter mais fiscalização para evitar casos trágicos como esse”.
O acidente aconteceu na pista sentido Baixada Fluminense, na altura da Maré. A família não sabe para onde Maria de Lourdes estava indo, mas acredita que havia visitado uma amiga no Rio e voltava para casa. Maria de Lourdes será sepultada em Caratinga.
Informações e foto: Jornal Extra/RJ