Momentos de alegria, graças e agradecimento acontecem agora em nossa terra com a chegada das relíquias de Santa Teresinha.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face é uma das santas mais populares e amadas da Igreja, por sua doutrina de amor e abandono nas mãos de Deus, pelos incontáveis milagres e pela propagação de sua devoção.
Santa Terezinha nasceu no dia 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França. Filha de Luis Martin e Zélia Guerin Martin. Os pais dela foram duas vocações religiosas frustradas por motivos que não se consegue entender. O pai por não saber latim não pôde entrar na Ordem dos monges de São Bernardo. A mãe foi recusada pelas Irmãs Vicentinas sem nenhuma explicação. Casaram desejosos de ter um filho para oferecê-lo ao serviço de Deus. Dos nove filhos que tiveram, dois eram meninos e morreram ainda crianças. Sobreviveram 5 filhas; todas seguiram a vida religiosa. Teresinha dizia: “Jesus ama tanto a minha família que não permitiu que nenhum mortal tomasse por esposa uma só de nós.”
No dia 4 de janeiro de 1873 Teresinha foi batizada com o nome de Maria Francisca Teresa.
Em 28 de agosto de 1877, morre sua mãe. Ela contava apenas com 4 anos e meio de idade. Nunca esqueceu o beijo que deu no rosto da mãe morta. Uma experiência trágica que deixa sequelas em sua vida.
Em março de 1883, adoece gravemente, acometida de uma estranha doença. A mãe a levou a Lourdes, e no dia 13 de maio, Nossa Senhora lhe aparece e lhe sorri. Ela fica imediatamente curada.
Ela deseja entrar para o convento e pede licença ao pai para ingressar aos 15 anos. O pai a leva pra conseguir a licença de Sua Santidade Leão XIII. No dia primeiro de janeiro de 1888, recebe a resposta afirmativa de sua entrada no Carmelo. Com apenas 15 anos de idade, desafia o Direito Canônico e entra no Carmelo. Em 8 de setembro de 1890 é a profissão religiosa de Teresinha.
Abraçando a vida religiosa, foi carmelita descalça, contemplativa, vigilante e dedicada a oração. Na vida religiosa, recebeu o nome de Teresinha do Menino Jesus e da Santa face.
Em 9 de junho de 1895, Teresinha se oferece como vítima de holocausto ao Amor misericordioso de Deus. Em 14 de junho de 1895 teve a graça de uma ferida de amor divino ao fazer uma via-sacra.
A doutrina central de Teresinha é o “Caminho da infância espiritual”. Ela tem dois pontos importantes. O primeiro é a confiança e o abandono completos nas mãos de Deus, como se fôssemos criancinhas que se entregam nas mãos do pai com segurança porque confiam no amparo dele. Quando uma criança aflita encontra o colo do pai, acaba a insegurança porque ela confia.
O segundo ponto é fazer pequenos sacrifícios cotidianos. Não é necessário um grande martírio, mas pequenas mortificações que podemos fazer no decorrer da vida comum. Ela praticava sua teoria: sorria para a irmã que não gostava muito dela, ficava mais tempo de joelhos quando rezava, colocava uma substância ácida na comida de que mais gostava.
Acometida de tuberculose, sofreu a doença como verdadeiro holocausto que a fez mártir do amor divino.
Sua irmã Celina, Irmã Genoveva da Santa Face, contou: “No dia de sua morte, à tarde, Madre Inês de Jesus e eu fomos estar com ela. Trêmula e extenuada chamou-nos em seu socorro. Sofria muito. Colocando um braço sobre o ombro de Irmã Inês e o outro no meu, ficou assim com os braços em cruz. Nesse momento soaram 3 horas da tarde e nós pensamos em Jesus crucificado porque nossa irmãzinha era a viva imagem de Cristo na cruz.
Finalmente, olhando para seu crucifixo disse: Oh! Meu Deus, eu vos amo, eu vos amo. Fechou os olhos e morreu. Era quinta–feira, 30 de setembro de 1897, às 7 horas e 20 minutos da tarde”.
A devoção a Santa Teresinha espalhou-se rapidamente pelo mundo inteiro. Os prodígios e graças obtidos por sua intercessão surpreenderam a Igreja e os fiéis. Em 17 de maio de 1925 ela foi canonizada pelo Papa Pio XI. Os sinos da basílica de São Pedro ressoaram alegremente comunicando a todos da cidade de Roma e a todo mundo católico a grande nova da canonização de Sóror Teresa de Jesus.
Em vida Teresinha disse: “Nunca dei a Deus senão amor, Deus me pagará com amor. Depois de minha morte farei cair uma chuva de rosas. Quero passar o meu céu a fazer o bem sobre a terra. Não estarei em repouso até o fim do mundo. Só quando o anjo disser “passou o tempo” é que hei de descansar e ser feliz, porque, então, estará completo o número dos eleitos.
Costumamos lembrar Teresinha como sendo a santa das rosas, por causa das rosas que representam as graças que ela nos envia. É comum, também, recebermos uma rosa enquanto rezamos pedindo uma graça. É um sinal visível de que está nos escutando. Mas, às vezes, a rosa não vem, mas a graça chega.
Certo dia consegui um milagre por sua intercessão e prometi construir uma capela em sua homenagem. Estou tentando construir a capela no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora de Caratinga. Com a ajuda do padre Moacir, a capela está sendo erguida homenageando a querida santinha e ao Padre Pio. Falta muita coisa, ainda, mas devagar estamos seguindo.
Quando aconteceu sua visita a Caratinga, no centenário de sua morte, Monsenhor Raul pediu-me para organizar os festejos. No tablado em frente à catedral ornamentamos com uma cruz de rosas e enfeites. O então prefeito, Dr. José de Assis, ofereceu 500 rosas que foram bentas e distribuídas ao povo.
As relíquias estão visitando muitas paróquias de Caratinga. Segunda-feira, irá para a catedral, às 20 horas.
Aproveitemos deste momento de graça, para visitar as relíquias, pedir graças e honrar Santa Teresinha. Que ela olhe por nossa Caratinga e por todos nós. Viva a Santa das rosas!