Unidade escolar já está em fase de construção e será vinculada à Escola Estadual Professora Maria Fontes
CARATINGA- A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) de Caratinga será beneficiada com uma escola funcionando dentro da unidade. Os recuperandos da instituição poderão ingressar nas turmas de sexto ao nono ano e Ensino Médio, por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Na unidade já funciona turmas de ensino fundamental em parceria com a Prefeitura de Caratinga.
A novidade foi possível por meio de uma parceria entre a presidência da Apac, liderada pelo pastor Elan Tebas; o juiz diretor do foro, Consuelo Silveira Neto e a diretora da 6ª Superintendência Regional de Ensino de Caratinga, Landislene Gomes Ferreira, a Landinha.

Atualmente, recuperandos do regime fechado cursam o ensino fundamental em parceria com a Prefeitura de Caratinga
Segundo Landinha, desde que foi procurada sobre o desejo de uma escola funcionando dentro da Apac, a SRE se empenhou realizando visitas na unidade, acompanhamento e avaliando a estrutura física necessária. Para atender as normas mínimas para funcionamento da escola, de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) foram necessários a observação de alguns termos tais como metragem das salas de aula, número alunos por turma, biblioteca e secretaria.
No mês de junho a SRE dará início ao processo de designação para contratação de professores. A escola, que será vinculada à Escola Estadual Professora Maria Fontes, localizada no distrito de Santa Luzia e terá a mesma diretora, Patrícia Jacinto. As aulas terão início em julho deste ano, entre quatro e cinco turmas com 15 alunos cada em turno matutino e vespertino. Eles se formaram com um ano e seis meses.
Segundo o presidente da Apac, pastor Elan Tebas, o sentimento é de satisfação por mais este avanço conquistado pela instituição. “Temos demandas para todas as séries. De analfabeto até gente que parou no meio dos estudos. No Ensino Médio. Então esse projeto da escola é altamente socializante. Não tem nada mais indigno, do que a humilhação de não ter uma formação. O preso já é a última camada da sociedade. O pobre está solto, pode trabalhar e estudar, mas o preso é a última camada da sociedade. Está lá no fundo”.