Alunas FIC desenvolvem projeto “Computação Rosa”

Componentes do grupo em palestra realizada na cidade de Tarumirim
Componentes do grupo em palestra realizada na cidade de Tarumirim
Componentes do grupo em palestra realizada na cidade de Tarumirim

A iniciativa busca incentivar estudantes a ingressarem na área de TI

CARATINGA – Com a finalidade de incentivar estudantes da rede pública de ensino a ingressarem na área de Tecnologia da Informação, alunas do curso de Ciência da Computação das Faculdades Integradas de Caratinga (FIC) desenvolveram o projeto Computação Rosa, que visa, além de encorajar garotas a realizarem o desejo de trabalhar na área, ensinar noções de programação.

A idealizadora do projeto, Glória Rayanne Zeferino, conta que tudo começou em 2014, quando teve a ideia de desenvolver um trabalho de conclusão de curso defendendo a participação das mulheres na tecnologia. A partir de então, ela começou a empreender um estudo sobre a participação de mulheres na área de TI; realizou também uma pesquisa com suas colegas de sala questionando porque haviam escolhido o curso, fazendo anotações dos depoimentos – os quais seriam acrescentados posteriormente em seu trabalho.

Mas foi mais de um ano depois, durante o período de férias da faculdade, Glória teve a ideia de tirar o projeto do papel e trazê-lo para uma página no Facebook, em forma de uma comunidade que apoiasse e influenciasse estudantes, futuras estudantes e profissionais da área. Foi quando ela resolveu convidar pessoas para abraçarem a causa, momento esse em os colegas Grace Kelly, Bruna Cristine, Djully Flávia, Camila Alcântara, Camila Andrade, Cláudio Monteiro e Tales Sathler passaram a fazer parte da equipe “Computação Rosa”, que luta pela igualdade entre mulheres e homens na Computação.

“Após formarmos o grupo resolvemos aprimorar o projeto, foi quando decidimos fazer as visitas nas escolas levando palestras sobre temas variados de tecnologia e empreendedorismo para alunos do ensino médio, buscando sobretudo, influenciar meninas a se apaixonarem pela Computação, como nós somos apaixonadas. Apresentamos o projeto para a coordenadora do curso, Fabrícia Pires, que resolveu nos apoiar e ajudar a divulgar o mesmo”, relata Glória.

As futuras cientistas da computação contam que, apesar da iniciativa ainda estar em seu início, já há muitos planos programados para 2016, como a organização de palestras nas escolas, a criação de um blog para o projeto e um canal no youtube, contando um pouquinho da rotina de cientista da computação, debatendo e respondendo perguntas de interessados no projeto e promovendo minicursos online de temas que forem trabalhados nas escolas. “O nosso projeto aposta em educação, pois acreditamos que essa pode mudar o mundo, associada a tecnologia”, destaca.

INSPIRAÇÃO

Para as meninas do grupo, existem duas grandes mulheres que lhes serviram de inspiração: a primeira delas é Camila Fernandez Achutti, formada em Ciência da Computação pela USP e também mestranda pela mesma instituição. Estagiou no Google na Califórnia e trabalhou para a Iridescent Learning, ONG americana de educação à distância, do movimento Maker. Ela venceu o prêmio Womenof Vision – categoria Studentof Vision ABIE Award, concedido pelo Instituto Anita Borg, além de sua inclusão na lista das 24 mulheres que estão mudando o mundo da revista Marie Claire. A cientista reconhece os desafios enfrentados pelas mulheres que escolhem atuar na área de tecnologia, com forte predominância masculina.

A segunda é Bel Pesce, fundadora da escola FazINOVA e autora de três bestsellers: A Menina do Vale, Procuram-se Super-Heróis e A Menina do Vale 2. A sua grande missão de vida é ajudar pessoas a realizar seus sonhos. Suas empresas e projetos já tocaram mais de 5 milhões de pessoas.