Informações, informativos, notícias, comentários, matérias e opiniões. A rede social misturou crenças, raças e credos, transformando o meio digital em uma zona de conflito onde todos se acham heróis salvadores de todos os males que afligem a sociedade.
Aproximou as distâncias e distanciou os próximos, canalizou o mundo na palma da mão que segura um simples celular, sendo essa mesma que mantém seguro um aparelho eletrônico e se mantém presa ao mundo digital, esquecendo-se de fazer um afago ao seu filho que acaba se isolando neste mundo virtual, reflexo da educação recebida pelos pais modernos.
Para onde a sociedade está caminhando?
Será que a bússola que direciona a sociedade está oscilando tanto ao ponto de ficarmos andando em círculo sem saber para onde ir?
O termo, mais usado ultimamente chama-se “FAKE”, ou seja, discussão e mais discussão por causa de informações falsas em que pessoas de alto nível intelectual curtem, compartilham, sem ao menos analisar do que se trata tal notícia.
Pessoas estão morrendo, famílias estão se desfazendo, a sociedade está ficando cada vez mais intolerante entre si por causa de informações que muitas vezes são falsas.
Está muito fácil acusar, apontar o dedo, dizer que a culpa é da rede televisiva, que é por causa do partido político A ou B. Os direitos são lembrados a todo instante, mas os deveres nem sequer são citados para lembrar que nós, homens livres e de bons costumes, devemos agir para tornar assim feliz a humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes e pelo respeito à autoridade e crença de cada um.
Se falar de amor é tão fácil, por que vimos tanta erva daninha da falsidade, do ódio, da traição espalhada pelo mundo?
Basta observar as intolerâncias religiosas, mortes, massacres em nome de “DEUS”, pessoas sendo espancadas devido a uma opção sexual que não condiz com a sua, pessoas sendo excluídas devido à alta ou baixa produção de melanina que define a tonalidade da cor de nossa pele. Onde está a semente do amor, que não brota nesses corações rígidos, inférteis e sem luz?
Literalmente, o cultivo da semente do amor não é tão simples quanto a sua palavra, ela necessita de cuidado o tempo todo, ser sempre regada com palavras de doçura e carinho para, então, fazer brotar a planta que todos almejam ter no jardim da sua vida.
São as atitudes nobres que levam ao preparo de um solo fértil, para que a semente do amor possa se desenvolver com força e resistir a toda vicissitude..
A erva daninha do ódio e de tantos outros adjetivos que podemos traçar para esta praga que acaba sufocando a semente do amor, ao contrário, é planta fácil de ser cultivada e praticamente não necessita do seu plantio e nem tão pouco de cuidados, basta apenas não se pensar no amor que logo começa a brotar tal praga.
Amor, palavra fácil de pronunciar e tão difícil de definir, mas todos sabem ao certo o seu significado. Não se deixe enganar pela facilidade, pois o amor produz uma das sementes mais difíceis de serem cultivadas.
Quando projetamos em nossa mente o que acreditamos ser amor, lançamos a semente, tão linda quanto o nascer do sol e tão frágil quanto uma criança recém-nascida, que necessita de auxilio e atenção.
Devemos, sim, atentar para todas as informações que chegam aos nossos olhos e analisar cuidadosamente antes de passá-las adiante.
Não devemos acreditar em tudo o que está publicado nas redes sociais como fato verdadeiro, desvirtuando a realidade e devemos perguntar sempre, pois toda pergunta merece uma resposta e toda resposta é indispensável a uma serena reflexão.
VITOR MODESTO BRAZ é Agrimensor e Acadêmico de Direito, Membro da Loja Maçônica Cavaleiros da Fraternidade nº 67 – Grande Loja Maçônica do Estado Mato Grosso, Membro Correspondente da Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas.