“AUTONOMIA. Uma simples palavra polissílaba que, de acordo com o dicionário Michaelis, quer dizer: “capacidade de autogovernar-se, de dirigir-se por suas próprias leis ou vontade própria; soberania” e, segundo Kant (1724-1804) é a capacidade da vontade humana de se autodeterminar segundo uma legislação moral por ela mesma estabelecida, livre de qualquer fator estranho ou exógeno com uma influência subjugante, tal como uma paixão ou uma inclinação afetiva incoercível.”
O que nos falta para criarmos um ambiente mais autônomo aos nossos alunos e à nossa escola? Como que, como simples professores, podemos dar o primeiro passo para essa nova etapa da educação?
Perguntas simples como essas são a chave para conseguirmos ver o avanço que vem tendo nossa educação. A evolução de um simples modelo tradicional de sala de aula onde o professor era o detentor do conhecimento e sua função, unicamente, era transmitir o conhecimento; para um em que ele se torna um facilitador, um orientador para os toda a classe, onde a colaboratividade se torna o centro das atenções.
Sabemos que cada aluno tem seu sistema representacional e que cada um aprende, absorve e solidifica o conteúdo de diferentes formas e, é onde podemos ver que a autonomia é uma peça fundamental nesse momento onde saímos do modelo de educação 3.0 para o 4.0.
De acordo com Roberta Rinaldi, o aluno que possui autonomia, transforma-se em um adulto pró-ativo, capaz de resolver conflitos com mais parcimônia dentro e fora do contexto acadêmico, consegue ter pensamento crítico e resiliência com tudo aquilo que ele pensa e ou faz.
Ao trazermos a autonomia para a educação brasileira, começamos a tornar nossos alunos mais seres pensantes e menos robôs, onde, a única coisa que sabem fazer é reproduzir conhecimento memorizado e não aprendido, mas para isso demanda tempo e mudança de mindset dos professores que acreditam que o comodismo é melhor opção do que realmente trabalhar.
Sim, criar a autonomia em nossos alunos é um futuro sem volta, mas não depende dos alunos, do governo ou da família, mas sim de nós, professores da Era Complexa, onde seremos o veículo de mudança. Não adianta mudarmos o pensamento de gerações passadas, não adianta querermos sem fazermos. O primeiro passo depende de nós, e apenas nós devemos tomá-lo.
A educação aliada a autonomia dos nossos alunos é um caminho para que novos cientistas cresçam e floresçam a partir do nosso grande jardim chamado escola.
Lincoln Gabriel da Silva
Professor