Caratinga cai 48 posições e ocupa 273º lugar no Ranking de Competitividade dos Municípios 2025

CARATINGA – Caratinga registrou uma queda significativa no Ranking de Competitividade dos Municípios 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O município aparece na 273ª posição entre os 418 avaliados, com pontuação de 46,3, uma queda de 48 posições em relação ao ranking do ano anterior. O desempenho coloca Caratinga entre as cidades com mais de 80 mil habitantes que enfrentam maiores desafios de competitividade no país.

O ranking avalia os municípios com base em 65 indicadores distribuídos em 13 pilares temáticos, organizados em três dimensões: Instituições (sustentabilidade fiscal e funcionamento da máquina pública), Sociedade (acesso e qualidade da saúde e educação, segurança, saneamento e meio ambiente) e Economia (inserção econômica, inovação e dinamismo econômico, capital humano e telecomunicações). O objetivo do levantamento é fornecer uma ferramenta para gestores públicos, empresários e sociedade civil acompanharem o desempenho das administrações municipais e desenvolverem políticas públicas que promovam melhorias na gestão e desenvolvimento local.

Entre as cidades mineiras com mais de 80 mil habitantes, Caratinga ocupa a 273ª posição, ficando atrás de municípios como Araguari (245ª), Vespasiano (261ª) e Nova Serrana (266ª). A liderança estadual é de Belo Horizonte, que aparece na 33ª posição nacional, seguida por Itabira (35ª) e Itajubá (46ª). Outras cidades mineiras entre as 100 mais competitivas incluem Pouso Alegre (53ª), Juiz de Fora (58ª), Lavras (67ª), Nova Lima (75ª), Uberlândia (77ª) e Ipatinga (98ª).

Conforme o estudo, em termos econômicos, Caratinga apresenta um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 3,1 bilhões e um PIB per capita de R$ 28,5 mil, valores que refletem o potencial econômico da cidade em comparação à região, embora ainda abaixo da média estadual. O setor de serviços é o mais representativo na economia local, seguido pela indústria e agropecuária.

De acordo com o estudo, apesar dos desafios evidenciados pelo ranking, Caratinga continua sendo um polo regional importante, com potencial para melhorar sua competitividade por meio de investimentos em infraestrutura, educação, saúde, segurança e inovação. A análise detalhada dos indicadores do ranking pode orientar políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida da população.

No setor público, competitividade não significa competição direta, e sim a capacidade dos governos locais de planejar e executar políticas que melhorem o bem-estar da população e atraiam investimentos.

Sobre o Ranking de Competitividade dos Municípios

A sexta edição do Ranking analisou 418 municípios brasileiros, representando 60,28% da população do país, com base em cidades com população acima de 80 mil habitantes, conforme estimativa do IBGE para 2024.

O ranking é composto por 65 indicadores, organizados em 13 pilares temáticos e três dimensões:

-Instituições: Sustentabilidade fiscal e Funcionamento da máquina pública.

-Sociedade: Acesso à saúde, Qualidade da saúde, Acesso à educação, Qualidade da educação, Segurança, Saneamento e Meio ambiente.

-Economia: Inserção econômica, Inovação e dinamismo econômico, Capital humano e Telecomunicações.

A metodologia do CLP seguiu padrões internacionais e literatura acadêmica especializada, com normalização de dados entre 0 e 100, ajustando indicadores em que valores maiores significam pior desempenho (como taxa de homicídios). Também houve penalização para omissão de informações e critérios de ponderação específicos, incluindo:

-Redução de peso para indicadores redundantes

-Redução de peso para indicadores com grande dispersão

-Bonificação de indicadores com maior carência

-Avaliação de especialistas, garantindo consistência na ponderação

O objetivo é estimular a competição positiva entre municípios, permitir mapeamento de fatores de competitividade e fragilidade, valorizar casos de sucesso, fornecer ferramenta para cobrança cidadã e auxiliar o setor privado na tomada de decisões de investimento.

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