Samba dos contratos no carnaval

Samba dos contratos no carnaval
Na última, mais curta no Brasil, devido ao carnaval, os contratos de café em Nova Iorque oscilaram bastante, mas fecharam a sexta semana consecutiva de resultados positivos. Na sexta-feira (24), a divulgação de que persiste a pressão inflacionária nos EUA, elevou a probabilidade de nova alta nos juros americanos, fortaleceu o dólar frente às principais moedas internacionais, derrubou bolsas ao redor do mundo e o valor de muitas commodities. No Brasil, o dólar subiu 1,23 % frente ao real.
Em ritmo lento
Nesta semana, mais curta no Brasil devido aos feriados de carnaval, o mercado físico brasileiro mostrou-se calmo, com poucos vendedores. Os compradores diminuíram e aumentaram o valor de suas ofertas acompanhando diariamente o movimento do dólar frente ao real e as oscilações na ICE. O volume de negócios fechados foi pequeno. O mercado é comprador, mas os cafeicultores vendem pouco café nas bases de preços oferecidas.

Baixa moderada
Nesse cenário, os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque trabalharam em baixa moderada. Os para maio próximo, bateram em US$ 1,9000 na máxima do dia e fecharam com perdas de 200 pontos a US$ 1,8770 por libra peso. No balanço da última semana, após todo o sobe e desce diário, esses contratos para maio apresentaram saldo positivo de 195 pontos, encerrando a sexta semana seguida com os contratos de café em alta na ICE.

Premissas
As premissas que elencamos como causas para o movimento de alta nos contratos de café em Nova Iorque nas últimas semanas, permanecem válidas e críveis: A queda nos embarques brasileiros de arábica em janeiro; o forte crescimento em 2022 das compras de café brasileiro pela Colômbia, segundo maior produtor de arábica do mundo; a queda nos estoques americanos de café verde em janeiro e de café certificado na ICE nas últimas semanas; os baixos estoques de café verde tanto nos países produtores, como nos consumidores; a contínua alta no consumo mundial de café, apesar dos problemas causados na economia global pela pandemia de Covid 19 e pela guerra no leste europeu, em decorrência da invasão da Ucrânia pela Rússia; as chuvas acima da média nas regiões produtoras de café no Brasil (dificultando os tratos culturais); a resistência dos cafeicultores brasileiros em vender nas bases de preço oferecidas pelo mercado. Interesses de curto prazo de especuladores e fundos explicam os fortes e rápidos sobe e desce diários.

Dólar
O dólar fechou na sexta-feira (24) a R$ 5,1980 em alta de 1,23 %. Quinta-feira (23) caiu 0,66 %, encerrando a quinta-feira a R$ 5,1350. Na sexta-feira passada fechou a R$ 5,1610 em baixa de 0,98 %. Encerrou 2022 valendo R$ 5,2800.
Valores
Em reais por saca, os contratos para maio próximo na ICE em Nova Iorque fecharam sexta-feira (24) valendo R$ 1 290,61. Quinta-feira (23) fecharam a R$ 1 288,55. Na sexta-feira anterior, 17, encerraram o dia a R$ 1 268,25. Encerraram o último pregão de 2022 valendo R$ 1 166,04.

Embarques
Até dia 24, os embarques de fevereiro estavam em 1.353.431 sacas de café arábica, 40.101 sacas de café conilon, mais 141.854 sacas de café solúvel, totalizando. 1.535.386 sacas embarcadas, contra 2.023.910 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o mesmo dia 24, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 2.101.679 sacas, contra 2.510.042 sacas no mesmo dia do mês anterior.

Força do agro em Minas

Recordes consecutivos, diversidade e qualidade da produção foram motivos para celebrar no sábado (25), o Dia do Agronegócio. Hoje, o segmento responde por 22,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Neste ano, Minas deve produzir 27,5 milhões de sacas de café, entre arábica e conilon, com crescimento de 25% na comparação com a safra anterior, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Força do agro em Minas II

Outro produto característico da produção agropecuária mineira, o leite ocupa, ao lado do café, uma posição de protagonismo. O estado é a principal bacia leiteira do país, com produção anual de 9,6 bilhões de litros (27,2% do volume nacional). Minas também lidera o ranking nacional na produção de batata-inglesa, alho, ervilha, carvão vegetal e no rebanho de equinos. Está ainda entre os principais produtores de abacate, laranja, limão, tangerina, cana-de-açúcar, banana e ovos.

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Minas
Exportações mineiras alcançam US$ 37,3 bilhões no ano e estado tem o maior superávit nacional em outubroResponsável por quase 13% das exportações brasileiras, Minas tem o melhor desempenho na balança comercial pelo segundo mês consecutivo DA REDAÇÃO – Com o aumento de parceiros comerciais, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses deste ano com US$ 37,3 bilhões em exportações. O valor representa um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024. O estado foi responsável por 12,9% das comercializações nacionais, sendo o terceiro maior exportador no acumulado de 2025. No mesmo período, o saldo da balança comercial alcançou superávit de US$ 21,9 bilhões. Até outubro, as importações somaram US$ 15,4 bilhões, um crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Minas segue sendo o quinto principal importador brasileiro. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas Gerais registrou o terceiro maior fluxo comercial do Brasil (US$ 52,7 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,4% ao do ano anterior. “Os resultados reforçam que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com números maiores do que foi registrado em 2024. Isso reflete o fortalecimento de Minas como ator importante no comércio exterior, que se deve ao apoio do Governo do Estado aos empreendedores mineiros”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Mila Corrêa da Costa. Café, ouro e veículos impulsionam Entre os produtos exportados no ano, as vendas de café aumentaram em US$ 2,7 bilhões, um aumento de 44,6% frente aos dez primeiros meses de 2024. Na sequência, vem o ouro com US$ 1,2 bilhões (72,6%) e os veículos com US$ 248,6 milhões (89,6%). No ano, Minas exportou seus produtos para dez países a mais do que em 2024, reforçando o potencial do estado em alcançar novos parceiros comerciais. No período, houve crescimento das exportações para 105 mercados, dentre os quais o Canadá registrou o maior valor e percentual (US$ 582 milhões e 66,8%). Em seguida, vem a Argentina (US$ 490,3 milhões e 39,4%); o Reino Unido (US$ 420,8 milhões e 77,4%); o Japão (US$ 237,1 milhões e 26,0%) e a Itália (US$ 232,4 milhões e 31,9%). Maior estado superavitário do Brasil Somente em outubro, Minas somou US$ 4,2 bilhões em exportações, com alta de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo o segundo maior exportador brasileiro no período. Novamente, o estado registrou o maior superávit do Brasil (US$ 2,5 bilhões), pelo segundo mês consecutivo, assim como em setembro. Entre os principais produtos exportados em outubro, o café também foi o produto mais relevante, representando 28,4% da pauta exportadora mineira, seguido dos minérios de ferro e seus concentrados (26,2%); ouro (7,2%); açúcares (4,9%) e ferro-ligas (4,8%). Minas também foi o maior exportador brasileiro de carboneto de silício (US$ 2,4 milhões); tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes (US$ 2,3 milhões); medicamentos (US$ 2,3 milhões); e queijos e requeijão (US$ 430,2 mil). Varginha foi a principal cidade exportadora em outubro, com participação de 8,2% nas vendas mineiras para o exterior, seguida por Guaxupé (7,2%), Nova Lima (5,3%), Paracatu (5,3%) e Araxá (4,9%). Lideram nas importações No décimo mês de 2025, as compras internacionais somaram US$ 1,7 bilhão. As principais mercadorias adquiridas foram: automóveis de passageiros (5,7%); adubos (fertilizantes) azotados (4,1%); hulhas (3,6%); veículos automóveis para transporte de mercadorias (3,3%) e partes de tratores e veículos de uso especial (3,3%). Betim liderou nas importações entre os municípios importadores, com percentual de 17,2%. Na sequência vem Extrema (12,8%), Uberaba (12,0%), Pouso Alegre (5,7%) e Belo Horizonte (5,1%).