MANHUAÇU – Na noite de 4 de novembro de 2025, o Palácio da Cultura Ilza Campos Sad foi palco de uma celebração memorável em homenagem aos 148 anos de Manhuaçu. Organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, em parceria com a Academia Manhuaçuense de Letras e a Fundação Manhuaçuense de Cultura, o evento reuniu, artistas, escritores e a comunidade para celebrar a história, a arte e a identidade cultural da cidade.
Lançamento literário e homenagens
A abertura da noite foi marcada pelo lançamento do livro Gaia, a história de uma indígena surda, da escritora, professora e neuropsicopedagoga Rita de Cássia Silva Sanglard. A obra, que aborda temas como inclusão, cultura indígena e a realidade da comunidade surda, emocionou o público presente. Rita destacou que seus livros são mensagens de esperança para famílias com crianças autistas e pessoas com deficiência: “Essas histórias falam de pessoas que precisam de visibilidade, de espaço na sociedade. Não são apenas temas, são vidas que merecem ser reconhecidas.”
O presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Luís Amorim, expressou sua admiração pela autora e pela cidade: “Começamos com o lançamento de uma obra que nos encanta pela beleza. Tenho certeza de que aprenderemos muito com os livros da Rita, pelo menos a respeitar mais as adversidades e o gênero humano. Esta é uma noite especial. Aqui criei meus filhos, minha família. Que venham outros troncos com a mesma força para continuar está linda história.”
Reconhecimentos e apresentações
O mestre de cerimônia e acadêmico SJ de Moraes agradeceu aos colaboradores do evento, com destaque ao acadêmico Dr. Fábio Araújo e ao portal Manhuaçu Informe, responsável pela produção dos vídeos documentais exibidos durante a noite.
Daniel Clemente, gerente de Cultura de Manhuaçu, reforçou o compromisso da cidade com seus artistas: “Temos o privilégio de contar com grandes talentos. Através da Secretaria de Cultura, temos valorizado nossos agentes culturais. Hoje celebramos com orgulho o lançamento da obra de Rita de Cássia.”
Celeste Fraga, presidente da Fundação Manhuaçuense de Cultura, também se emocionou com a autora: “Estou encantada com a escritora. Adquiri quatro livros dela porque sou apaixonada pela inclusão e quero ter em minha biblioteca tudo sobre esse tema.”
Arte e emoção
A noite foi enriquecida com a declamação da poesia de Natália Schettine, interpretada por Cristina Narciso, e com a apresentação musical de Ronald Muzy, que trouxe o melhor da MPB para o público presente.
Uma celebração da identidade manhuaçuense
Mais do que uma comemoração, o evento foi um tributo à história e à cultura que moldam o povo de Manhuaçu. Uma noite de reconhecimento, emoção e valorização das raízes que sustentam a cidade há quase um século e meio.
Téo Nazaré












