A evolução de Kethely com células-tronco e terapias

Kethely já consegue ter melhorias posturais e cognitivas

A menina de 10 anos nasceu com paralisa cerebral espástica e graças a uma campanha conseguiu tratamento especial no Paraguai

 

INHAPIM – Kethely Vitória Marcolino Pereira, 10 anos, como toda criança é muito alegre, mas nasceu prematura com 28 semanas e foi diagnosticada com paralisia cerebral espástica.

Vendo as dificuldades cognitivas e motoras da filha, os pais Marise Aparecida Soares Marcolino Pereira e Welington Célio Lima Pereira, começaram no ano passado a campanha “Todos pela Kethely”, com objetivo de angariar fundos para a garota receber a aplicação de células-tronco.

Depois de 11 meses de campanha, a “Keké”, como é carinhosamente chamada, conseguiu o montante em dinheiro para receber as aplicações de células-tronco.

Em abril desse ano a garota foi para o Paraguai fazer o tratamento, já que na Tailândia o tradutor que faz a conexão, não estava indo.

Essa semana a reportagem do DIÁRIO DE CARATINGA, esteve na clínica de fisioterapia Evolut conversando com Marise, a mãe de Keké e com a fisioterapeuta Mariana Gimenes.

EVOLUÇÕES

Marise conta que a evolução cognitiva da filha está sendo muito boa depois das aplicações de células-tronco aliadas às terapias. “Uma coisa que a gente reparou é que ela deu uma melhorada no cognitivo, de ter mais atenção, nos entregar brinquedos, ela não era assim, agora também já quer pegar a colher para alimentar”.

Keké não fala e não andava, mas agora já consegue dar alguns passos e com ajuda de profissionais e de equipamentos, além de melhorias posturais.  “Não sabemos até quando as aplicações farão efeito, mas a gente espera que ela fique bem mesmo. Estamos fazendo as atividades para potencializar as células dela, até porque a evolução é no dia a dia”, explica Marise.

A fisioterapeuta Mariana conta que atende a Keké desde 2019, e quando ela chegou à sua clínica já tinha controle cervical, e então começou a trabalhar as trocas posturais, fortalecimento de membro inferior, treino de marcha e equilíbrio. “E depois das células-tronco, a gente quis potencializar os efeitos e as habilidades da Keké. Sempre falo que toda criança tem como melhorar. Nunca coloco a patologia da criança à frente, sempre trato a criança como criança. O nosso atendimento é sempre lúdico, a Keké tem 10 anos, então a gente trabalha brincadeiras para idade dela. A gente trata, mas ao mesmo tempo a gente brinca”, explica a Mariana Gimenes.

Sobre as aplicações com as células-tronco, Mariana reafirma a melhoria cognitiva que a Kethely teve, mas ressalta a importância do engajamento e comprometimento da família junto aos profissionais de saúde. “Sempre falo que a aplicação de células-tronco isolada, não resolve. A terapia não pode ficar só dentro do consultório, ela tem que ser feita em casa também, mesmo que seja de um hora ou até uma hora e meia no consultório é pouco. O dia tem 24h, são sete dias na semana, então preciso do engajamento e comprometimento da família, para fazer as atividades em casa, o que for proposto. A Marise sempre foi muito engajada com tudo que a gente fala pra ela pra fazer em casa”, diz a fisioterapeuta.

Ainda de acordo com Mariana, além das terapias a Keké adquiriu alguns equipamentos que são de suma importância para ter em casa, como andador e o parapodium, que a matem em pé. “A gente vai trabalhando o que há de melhor nela, ela tem o andador, que é um equipamento dinâmico e permite que ela dê passadas. A gente tem equipamentos que mantém a criança em pé estática, por exemplo, o parapodium, que ela tem. Ela parada em pé, é importante para saúde dos ossos, prevenir luxações de quadril, então ficar de pé é de suma importância. Mas o andador permite que ela vá a uma pracinha, que ela conviva com outras crianças”, disse a fisioterapeuta.

E para concluir a fisioterapeuta lembrou da importância da equipe multidisciplinar, que no caso da Kethely tem os profissionais da fonoaudiologia, terapia ocupacional, equoterapia e fisioterapia aquática.

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