PM de Meio Ambiente combate crimes de incêndios, e de pássaros da fauna silvestre em cativeiro

SANTA BÁRBARA DO LESTE / UBAPORANGA – A Polícia Militar de Meio Ambiente registrou, nesta semana, duas ocorrências de grande relevância na região: um incêndio florestal em Santa Bárbara do Leste e a apreensão de dezenas de aves da fauna silvestre brasileira que eram mantidas irregularmente em cativeiro, no município de Ubaporanga.
Na quarta-feira (1º), os militares atenderam a um ofício encaminhado pelo Corpo de Bombeiros, que relatava um incêndio de grandes proporções em área rural de Santa Bárbara do Leste. No local, foi constatada a destruição de mais de 19 hectares, englobando mata nativa, floresta e pastagens de produtores rurais da comunidade.
De acordo com o sargento Edil, da Polícia Ambiental, o responsável foi identificado ainda na área. Ele teria confessado que, após limpar um lote, ateou fogo em restos de gravetos, mas as chamas acabaram se espalhando devido ao tempo seco e aos ventos fortes. “Rapidamente o fogo se propagou pela vegetação, provocando o incêndio florestal”, explicou o militar. O autor foi autuado criminalmente e administrativamente, com multa estimada em R$ 30 mil.

Já na quinta-feira (2), uma denúncia anônima levou os policiais até a zona rural de Ubaporanga, onde foi descoberto um cativeiro com 74 pássaros da fauna silvestre nativa, alguns deles em risco de extinção, segundo listagem internacional (CITES). O proprietário, que estaria prestes a viajar para São Paulo com o objetivo de comercializar os animais, mantinha as aves em condições consideradas insalubres.
“Foram encontradas gaiolas sujas, água misturada com fezes e aves debilitadas. Além disso, localizamos três armadilhas prontas para capturar pássaros silvestres, sendo que uma delas já continha um animal preso”, destacou o sargento Edil.
O morador foi autuado administrativamente, com multa que ultrapassa R$ 145 mil, e também responderá criminalmente por manter animais da fauna silvestre em cativeiro e por maus-tratos, podendo pegar pena de seis meses a dois anos de prisão.
As aves foram avaliadas por um médico veterinário e, após atestada a sanidade, devolvidas ao seu habitat natural. Todas as gaiolas, armadilhas e viveiros foram destruídos.
O sargento reforça que a colaboração da população é fundamental para combater crimes ambientais. “Quem presenciar situações de maus-tratos ou manutenção irregular de animais deve acionar imediatamente a Polícia Militar pelo telefone 190”, orientou.

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