OPERAÇÃO PROVÉRBIOS 21.6

Polícia Civil deflagra segunda fase da operação que prendeu um casal de advogados e cumpre mandados de busca e apreensão

CARATINGA – A operação que prendeu um casal de advogados por apropriação indébita e organização criminosa na última quinta-feira (24), teve sua segunda fase deflagrada nesse sábado, e recebeu o nome de Provérbios 21:6, em alusão a um versículo da bíblia que diz: “A riqueza que é ganha desonestamente acaba logo e é uma armadilha mortal.”

A 2ª Delegacia Regional de Caratinga deu cumprimento a três mandados de busca e apreensão, na segunda fase da operação. O objetivo desta fase foi arrecadar documentos e demais elementos informativos com o fim de robustecer as investigações.

 

ENTENDA O CASO

De acordo com a Polícia Civil, o escritório de advocacia dos investigados funciona como verdadeiro “escritório do crime”, uma vez que captava vítimas desde 2008 para propositura de ações previdenciárias.

No entanto, ao invés de agir para garantir os direitos das vítimas, os investigados se apropriavam dos valores que as mesmas tinham direito nos processos judiciais, levantando os alvarás judiciais, sem contudo repassar os valores devidos às vítimas.

Os valores apropriados indevidamente pelos investigados superam a ordem de milhões de reais.

Na primeira fase da operação, deflagrada na última quinta-feira (24), os investigados foram presos preventivamente, ocasião em que a advogada investigada foi localizada na cidade de Guarapari-ES e o advogado investigado foi localizado em um motel aqui em Caratinga, nas proximidades da BR-458, enquanto empreendia fuga.

Os investigados foram indiciados em diversos inquéritos policiais pelos crimes de apropriação indébita majorada e organização criminosa, sendo que pelo menos outros trinta inquéritos policiais serão instaurados à partir da descoberta de novas vítimas.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram recolhidos no escritório de advocacia dos investigados dois computadores e diversos documentos, como procurações, declarações, contratos de honorários e notadamente, recibos, todos em branco, apenas com a assinatura dos clientes.

Em diversas pastas de clientes foi apurado que os investigados adotavam um procedimento padrão de colher assinaturas dos clientes em recibos, contratos de honorários e declarações em branco, para terem ampla liberdade de inserir os valores e demais informações como lhes conviessem, afim de dar aparência legal, no sentido que os valores a que os clientes teriam direito já havia sido pagos.

Já na residência do investigado foi localizado um documento com anotações de medidas de segurança para ocultação de arquivos, monitoração da polícia e um plano de fuga.

A Polícia Civil reforça a importância de que eventuais vítimas procurem a delegacia caso tenha sido lesadas pelos investigados.

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