CARATINGA – O homicídio ocorrido na noite de quinta-feira (14), no bairro Anápolis, em Caratinga, ganhou novos desdobramentos ao longo do fim de semana. A vítima, Janderson Felisberto da Silva, de 44 anos, foi morta a tiros em uma área conhecida como “Quadra do Cocão”, onde cumpria prisão domiciliar.
De acordo com a Polícia Militar, Janderson foi alvejado por disparos de pistola calibre 9 mm. Durante a perícia, foram encontradas pedras de crack em seu bolso, o que pode ajudar a esclarecer as circunstâncias do crime.
Confissão de menor apreendido
Após intensas diligências realizadas desde a noite do crime, a Polícia Militar chegou a um adolescente suspeito de envolvimento. O tenente Anderson explicou que, em um primeiro contato, o jovem, acompanhado da mãe, negou participação. Porém, horas depois, em outra abordagem, acabou confessando o homicídio.
“Recebemos diversas denúncias, e várias indicavam esse indivíduo. No primeiro momento ele negou, mas quando voltamos a encontrá-lo, em uma casa usada para esconderijo, já estava em outra postura. Foi questionado e resolveu confessar o crime”, relatou o oficial.
Segundo o depoimento do menor, o assassinato teria sido motivado por desentendimentos familiares e ameaças sofridas por ele e seus irmãos. “Ele declarou que, devido a essas ameaças, resolveu tomar essa iniciativa, uniu-se a outro indivíduo com a mesma intenção e foram até o local para executar o crime”, detalhou o tenente.
Dinâmica do crime
De acordo com a confissão, os autores chegaram de motocicleta ao local onde Janderson estava e efetuaram diversos disparos, sem dar chance de defesa à vítima. Testemunhas, no entanto, relataram que também viram pessoas fugindo a pé, o que ainda está sendo apurado.
“Apesar de o menor ter citado apenas um comparsa, há informações de que duas ou três pessoas participaram da ação. Por isso, continuamos levantando dados para repassar à autoridade policial”, acrescentou o tenente Anderson.
Drogas e fuga
Com o adolescente apreendido, foi encontrada quantidade considerável de drogas. Ele relatou que, após o crime, fugiu para um bairro próximo, onde deixou a motocicleta, seguindo depois a pé até sua residência.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que irá avaliar as provas reunidas pela Polícia Militar e o depoimento do menor. Até o fechamento desta edição, os demais suspeitos não haviam sido localizados.