Vítima foi executada a tiros e teve o corpo jogado em córrego com pedras na tentativa de ocultar o cadáver
CARATINGA – Um crime bárbaro chocou a comunidade do Córrego Rio Preto, distrito de Caratinga. João Batista Filho, de 51 anos, natural de Macaé (RJ), foi brutalmente assassinado e teve o corpo encontrado na madrugada de segunda-feira (4) na região conhecida como Córrego do Brejão. Segundo informações da Polícia Militar, a motivação do crime teria sido uma dívida de R$ 50 relacionada ao tráfico de drogas.
Morador do distrito há cerca de dez anos, João trabalhava como pedreiro e era conhecido na comunidade. O crime causou comoção entre os moradores, tanto pela crueldade quanto pela aparente banalidade do motivo.
De acordo com o tenente Danilo, da Polícia Militar, a vítima estava desaparecida desde o sábado (2). “No domingo, já na parte da tarde, a PM recebeu informações de um possível homicídio. Testemunhas relataram que João caminhava por uma estrada junto com outros trabalhadores quando foi surpreendido por dois veículos, uma motocicleta e um Land Rover. Dos veículos desceram indivíduos armados, que efetuaram disparos contra João. As outras pessoas que estavam com ele conseguiram fugir e também foram ameaçadas”, detalhou o militar.
Após ser atingido pelos disparos, o corpo da vítima foi arremessado em um córrego. Para tentar impedir que o cadáver emergisse, os criminosos teriam amarrado pedras à calça e à blusa de frio de João. “Depois do homicídio, os autores descartaram o corpo e, até então, não sabíamos seu paradeiro. Durante as diligências, conseguimos identificar dois suspeitos. Os veículos usados no crime foram apreendidos, inclusive um com manchas de sangue”, afirmou o tenente.
O corpo foi localizado por populares na madrugada de segunda-feira (4), que acionaram os bombeiros e a perícia técnica. “Durante a madrugada, por conta da escuridão e da dificuldade de acesso, não conseguimos identificar a vítima. Retornamos hoje pela manhã (segunda-feira, 4) e, com a claridade do dia e por ser um trecho raso do rio, foi possível fazer a identificação”, relatou o sargento Anderson, do Corpo de Bombeiros.
Durante o resgate, a equipe utilizou cordas para retirar o corpo até a margem do córrego. O sargento também confirmou a tentativa de ocultação com pedras. “Havia duas pedras, uma na calça e outra na blusa de frio. A intenção era evitar que o corpo boiasse. Mas, pela experiência que temos, isso não impede que o corpo venha à superfície devido aos gases da decomposição. Pode demorar mais dias, mas o corpo boia”, explicou.
A Polícia Militar e a perícia continuam as investigações para prender os responsáveis.
A PM fez diligências, mas nenhum suspeito tinha sido detido até o final desta edição.