Senhor Humberto foi um dos fundadores do “O JORNAL DE CARATINGA”, o JC, semanário que circulou ininterruptamente durante longos 45 anos, e um dos decanos do jornalismo de Caratinga. Ele sempre teve pela mídia impressa uma predileção muito especial (Foto: Arquivo)
CARATINGA – Caratinga amanheceu triste nessa terça-feira (27), com a notícia da morte do jornalista Humberto Luiz Salustiano Costa, o conhecido “Sô Humberto”.
O jornalista morreu na noite dessa segunda-feira (26), aos 85 anos, no hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte, onde estava internado desde o dia 8 de setembro, para onde foi transferido após passar por uma cirurgia de apendicite no dia 1º em Caratinga.
Um dos fundadores do “O JORNAL DE CARATINGA”, o JC, semanário que circulou ininterruptamente durante longos 45 anos, e um dos decanos do jornalismo de Caratinga, Humberto Luiz, sempre teve pela mídia impressa uma predileção muito especial.
Nascido em Teófilo Otoni, sô Humberto sempre foi apaixonado por Caratinga.
Começou no jornalismo em Teófilo Otoni, na década de 60, como locutor e noticiarista da Rádio Teófilo Otoni, cidade onde também foi vereador. Ele também foi goleiro do time do América.
Trabalhou na Câmara de Caratinga por trinta anos e recentemente lançou o livro ‘A Verdade dos Fatos’. Segundo o próprio jornalista, a obra mostra o mundo político, social e econômico de Caratinga nas décadas de 70 e 80.
Humberto deixa a esposa Vanda Lélis, os filhos Humberto Luís Júnior, João Camilo, Luís Felipe e quatro netos.
O LEGADO
Como forma de demonstrar o legado deixado por Humberto Luiz, o DIÁRIO traz alguns depoimentos:
“A gente sente muito, sô Humberto era um suporte pra gente como vereador, um suporte em nosso mandato, a enciclopédia viva do legislativo, tive a oportunidade de prestar essa última homenagem para ele em vida, dando uma moção de louvor e aplauso pelo livro que ele escreveu. Sinto muito, sou o que mais recorria a ele o tempo todo, perguntando o que podia e o que não podia, ele nos ajudou muito. Caratinga está perdendo realmente alguém muito precioso, mas o céu está ganhando, a gente tem a certeza disso e onde ele estiver agora a gente acredita que está vivendo uma paz muito grande”.
América de Teófilo Otoni da década de 50. Em pé, da esquerda para a direita: Humberto Luiz, Vavá, Aderbal, Diran, Raimundão e Pedro Heleno; agachados, na mesma ordem: Tesourinha, Neguinho, Wilson Xôxo, Baiano e Reginaldo (Foto: Arquivo pessoal) Sô Humberto foi goleiro do América de Teófilo Otoni. Na edição do DIÁRIO de 28 de abril de 2020, ele recordou seu tempo nos gramados. “Como atleta do passado – e bota passado nisso – especializei-me na função de goleiro, essa posição das mais sacrificadas. Já foi dito, por exemplo, que no espaço ocupado pelo goleiro no campo de jogo nem grama nasce, querendo-se, com isso, classificar a posição do tipo amaldiçoada, no sentido figurado, é claro. Porque, na verdade, é uma posição como outra qualquer, no contexto futebolístico. Sobre o goleiro, no entanto, pesa uma responsabilidade maior, porque é de suas defesas que depende o sucesso de seu clube. Uma única falha poderá comprometer todo o seu trabalho até então. E ele será duramente criticado, tornando-se o grande vilão nas derrotas, obviamente”.
Senhor Humberto foi um dos fundadores do “O JORNAL DE CARATINGA”, o JC, semanário que circulou ininterruptamente durante longos 45 anos, e um dos decanos do jornalismo de Caratinga. Ele sempre teve pela mídia impressa uma predileção muito especial (Foto: Arquivo)
Alcides Leite de Mattos Sobrinho, secretário de Agricultura (Foto: Arquivo) Desencarnou Humberto Luiz Benemérito benfeitor da Casa de Dias da Cruz sempre trouxe a rádio, a TV e o jornal abertos à propagação da doutrina espírita. Mais que isso, Sr. Humberto sempre esteve de braços abertos para ajudar aos irmãos acolhidos por nossa Cantina. Católico fervoroso, mas que nunca deixou de atender ao Grupo Espírita Dias da Cruz. Esteve conosco em momentos importantes como a entrega da Medalha Chico Xavier na casa do próprio Chico, a fundação da Associação Maria Coutinho Muniz e, em sua última vinda a nossa casa no dia 4/8, esbanjou alegria e com ela nos contagiou. Certos somos que o Sr. Humberto cumpriu sua missão e agora retorna à vida verdadeira muito mais forte e preparado para continuar amparando essa “terra de minha gente” como ele mesmo gostava de dizer. Siga em paz Humberto, siga nos braços do Pai! Com carinho, amigos do Grupo Espírita Dias da Cruz A Prefeitura de Caratinga, expressa seu profundo pesar pelo falecimento do ex-chefe de gabinete o Jornalista e escritor, Senhor Humberto Luíz Salustiano Costa, atualmente diretor da Câmara Municipal de Caratinga e do grupo SISTEC e também membro do Conselho Diretor da Fundação Educacional de Caratinga. Humberto Luiz é um dos fundadores de ‘O Jornal de Caratinga’, semanário que circulou ininterruptamente por 44 anos na cidade. Em seu último livro, intitulado A VERDADE DOS FATOS, lançado no dia 20/08/2022 Humberto mostra, através de uma coletânea de artigos selecionados do JORNAL DE CARATINGA, o mundo político, social e econômico de Caratinga nas décadas de 70 e 80. De coração bom e generoso, senhor Humberto sempre foi muito querido por todos que com ele conviveu, deixará em todos uma profunda saudade. Neste momento de grande dor, a Administração Municipal, se solidariza com familiares e amigos e manifesta suas sinceras condolências pela irreparável perda. Nota emitida pela Prefeitura de Caratinga A Câmara declarou luto oficial no âmbito do Poder Legislativo do Município de Caratinga pelo período de três dias em sinal de pesar pelo falecimento de Humberto Luis Salustiano Costa, que exercia o cargo de Assessor Legislativo. Confira a nota de pesar: A Câmara Municipal de Caratinga, na pessoa do presidente Cleon Coelho e demais vereadores, presta sua homenagem ao nosso querido e amado senhor Humberto Luiz. Por mais de duas décadas, ele foi presença ativa junto ao legislativo e executivo de Caratinga. Homem bom. Dedicado e comprometido com a causa do bem. Observador, cauteloso e atento à realidade da boa política. Humberto Luiz tinha 85 anos de vida e muita disposição para fazer o bem. Querido e amado por todos. Ele deixa a esposa e três filhos. Câmara Municipal de Caratinga BOX: NOTA DE PESAR A Fundação Educacional de Caratinga (Funec) lamenta profundamente o falecimento do Sr. Humberto Luiz Salustiano Costa. “Sô Humberto”, como era conhecido, teve extensa contribuição para o desenvolvimento da Instituição e integrou o Conselho Diretor da Funec por mais de 30 anos. Jornalista e ilustre cidadão caratinguense teve participação ativa na sociedade como profissional e formador de opinião. Marcou o jornalismo de Caratinga e região com uma perspicácia ímpar no fazer jornalístico. Deixa importante legado enquanto, marido, pai e avô. A Funec se solidariza com seus familiares e amigos e externa imenso respeito por sua trajetória e gratidão pela grande contribuição do Sr. Humberto em prol da Fundação. Dr. Armando Arreguy Silva Presidente da Funec Profa. MSc. Raquel Carvalho Ferreira Diretora Executiva da Funec Assembleia da Funec
Marilene Godinho Humberto Luiz, o Velho “Como é difícil falar sobre perda de uma pessoa. Mais difícil quando se trata de alguém que se via todo dia, conversava, discutia. Humberto Luiz encarnava tudo de bom que se procura em uma pessoa. Viveu entre nós mais de cinquenta de seus 85 anos. Quando chegou trazido pelo saudoso Eurico Gade já trazia considerável bagagem; faltava apenas definir onde colocar essa experiência profissional e de vida. No novíssimo Grupo Sistec, nascido a partir da Rádio Caratinga, fundou e dirigiu o Jornal de Caratinga “A verdade dos fatos”. Retratava os acontecimentos da cidade. Pessedista de vocação às vezes “trupicava” num comentário irritando os udenistas; porém, passado o primeiro momento tudo voltava às boas. Com Humberto trabalhei mais de trinta anos; com ele aprendi muito, discuti muito, e sempre chegávamos ao final da rusga mantendo o respeito mútuo. Humberto era por sua natureza, maçom. No entanto, só foi iniciado já velho se assim posso dizer. Por razões de foro íntimo pediu seu afastamento da Maçonaria, em caráter temporário. A morte o levou antes de resolver sua situação com a Ordem. Perdeu a Maçonaria. Hoje, Humberto Luiz é só saudade. Vanda, os filhos e netos sentem sua falta. Nós, seus amigos, também. Nos juntamos para uma oração a uma só voz, de agradecimentos a Deus por sua existência e pedindo Seu espírito consolador sobre nós. Descanse em paz no Oriente Eterno junto ao Grande Arquiteto do Universo, que é Deus”. Carlos Alberto Fontainha, jornalista (Foto: Arquivo) “Nesta terça-feira nos despedimos do Sô Humberto Luiz depois de uma luta intensa pela vida travada nos últimos 26 dias. Nem nos momentos mais difíceis ele perdeu a esperança. Queria muito voltar pra sua Caratinga. Mas se os desígnios de Deus fossem para voltar como hoje, deu todas as instruções para estar com os amigos, pela última vez, exatamente como gostaria. Sua vontade está sendo feita. Pensar no Sô Humberto me remete a sentimentos bons de alegria e expectativa. Lá estava ele, aos meus 16 anos, sentado na redação do O Jornal de Caratinga revisando as páginas para o fechamento de mais uma edição com caligrafia invejável. Seguia-se um ritual. Semana após semana. Ano após ano. O Sistema Caratinga de Comunicação (Grupo Sistec) imperava em toda a região, um mundo a ser explorado com excitação por qualquer aspirante a comunicador. Em meio às possibilidades que se abriam pra mim, passava Sô Humberto pelos corredores da imponente sede da empresa deste mesmo jeitinho de sempre – roupa social bem passada, ombro erguido, uma pasta pequena debaixo do braço e uma penca de chaves nas mãos. Além de personificar a história da imprensa em Caratinga, Sô Humberto está entre os filhos da terra que mais amam este lugar, mesmo tendo nascido e residido até a vida adulta em Teófilo Otoni. Amor tantas vezes declarado, como no último dia 20 de agosto quando lançou o livro “A Verdade dos Fatos”. Um recorte da coluna “Sem Comentários” que publicava no jornal. Grata por participar deste momento como sua mestre de cerimônia. Tenho certeza de que foi em paz, amparado pelo amor da família, cercado dos amigos que se comunicaram por mensagens de texto, áudio, vídeo e… tendo sido quem quis ser”. Graziela Ângelo, jornalista “Li uma vez, não me lembro onde, que tudo que é bom dura o tempo necessário para se tornar inesquecível! Com o Sô Humberto seria diferente! Nesses 85 anos, 3 meses e 28 de vida, ele conviveu com cada um de nós o tempo que Deus permitiu! E, para cada um de nós, ele se tornou inesquecível por algum motivo especial! Apaixonado pela vida, lutou bravamente intensa batalha durante os últimos 26 dias, vencendo infecções, cirurgias, intubações e outros desafios. Chegou a hora do Sô Humberto nos deixar! Palavras dele, ditas durante a internação aqui em Belo Horizonte no dia 09 de setembro pela manhã: “fui o que gostaria de ter sido”! Talvez, dentre inúmeras outras, essa seja uma belíssima lição que ele nos deixa: viver a vida com autenticidade, buscando ser aquilo que desejamos ser! A você, que nos acompanhou dia a dia nessa saga, nos apoiando o quanto pôde, nosso mais sincero agradecimento! Ainda não temos notícia sobre o funeral. Estamos ajustando os detalhes relativos à documentação, traslado de Belo Horizonte para Caratinga, local e horários. Assim que definirmos, comunicarei. Por todo o apoio e carinho, muito obrigado”! Fernanda Freitas, jornalista “Sô Humberto, uma pessoa que aprendi admirar, sempre carinhoso, gentil, presença agradável. Como jornalista foi um dos orientadores de gerações no setor, sempre se pautando pelo melhor de nossa cidade. Um grande influenciador na política, na arte, na cultura. Um presente para nossa cidade, sem esquecer suas raízes de Teófilo Otoni, antiga Filadélfia mineira. Deixa saudades, deixa um vago no jornalismo regional, deixa um sentimento de agradecimento por tê-lo conosco em grandes momentos de nossa história. Vá em paz Sô Humberto!”.
Humphrey Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo “Senhor Humberto, sempre carinhoso e respeitoso, amante do jornalismo. Grande ser humano, muito amável. Sua grande qualidade: gratidão! Ficará para sempre em nossos corações”. Veronici Silva, diretora do Diário de Caratinga Quando morre um amigo maior “Desolada e triste com a morte do meu grande amigo Humberto Luiz Salustiano Costa, deixo o coração ditar o que vou escrevendo. Caratinga inteira lastima essa perda sem limites. A Itaúna está cinzenta, as palmeiras balançam adeus, as ruas silenciosas respiram dor. Humberto foi o meu amigo maior. Amizade sincera que ria com minhas alegrias e se lamentava com minhas tristezas. Nasceu em Teófilo Otoni e lá estudou e trabalhou deixando marcas profundas de sua presença. Veio para Caratinga com a fundação do Sistec do qual era o jornalista responsável pelo Jornal de Caratinga que ele fez ser um grande semanário. Casou-se com Vanda Lélis Costa, tiveram filhos e netos. A vida de Humberto em Caratinga foi o desenrolar de um trabalho abnegado e eficiente e um tempo de fazer amigos. Amou nossa terra como amava a sua e, às vezes, parecia que seu afeto era maior pela cidade das palmeiras. Quando lancei meu primeiro livro Balão Azul, ele esteve presente me ajudando a dizer para todos os presentes como agir durante um lançamento de livros, pois por ser um ato inédito aqui, ninguém sabia como proceder. A partir daquele momento, tornou-se meu amigo de todas as horas. Abriu-me as portas do seu jornal onde escrevi por mais de 30 anos. Adotou Caratinga sob todos os aspectos. Todas as entidades importantes de Caratinga têm seu nome no quadro de figuras importantes. O que mais me sensibilizava nele, era sua bondade para com todo mundo, principalmente pra com os necessitados. Quanta caridade ele fazia em silêncio. Não gostava de propagar os feitos, mas nós, seus amigos, sabíamos de sua mão aberta a distribuir bondades. Educado, de fino trato, ético e gentil. Qualidades que todos conheciam quando lidavam com ele. Foi um homem da paz. Não prolongava discussões, não respondia mal a qualquer ofensa. Sempre primando-se pela concórdia, sempre trilhando pelo caminho do bem. Nesses mais de 40 anos de convívio, nunca presenciei dele uma atitude grosseira ou menos digna. Sempre admirei sua conduta como pai de família, como marido respeitoso, como cidadão responsável, como amigo leal. Sempre admirei sua fé em Deus e sua devoção por São Judas Tadeu. Estabelecia um elo de carinho entre as pessoas de sua terra natal e Caratinga, sua terra de vida. Por pertencer à academia caratinguense de letras de Teófilo Otoni e de Caratinga, levou muitos acadêmicos daqui para lá. Seu coração batia pelas duas cidades. No lançamento de seu livro, seu discurso foi muito claro e bonito, chamando as duas cidades de terra dos meus amores. Foi um sucesso com a presença de muitos leitores. O maior sucesso – creio – foi vê-lo feliz andando para todo lado, cumprimentando os presentes e dirigindo a festa com desenvoltura e elegância. Quando ele completou 80 anos, falei umas palavrinhas para ele. Fiz um leilão, oferecendo o Humberto pra ser leiloado. No final, eu não consegui um bom lance para entregá-lo, pois ele tem um preço muito alto e ninguém poderia cobrir o que ele merecia. E isso continua sendo verdade. Humberto tem merecimento inestimável e não há valor que possa pagar sua vida. E agora que ele se foi, abre-se uma lacuna impreenchível. Nunca mais teremos sua presença afetuosa, suas palavras que relatavam certezas, suas opiniões sempre esclarecedoras. Falávamos todos os dias. Ele lia meus artigos de domingo e logo me chamava para dizer sua opinião e sempre me parabenizava. Como será viver sem sua figura amiga, sem sua palavra que era incentivo e paz. Sempre disse que, fora de minha família, ele e monsenhor Raul são meus dois melhores amigos. Para mim eles são a presença de Deus em meu caminho. Pelas virtudes de Humberto, por tudo quanto ele fez de bom, por sua fé, por sua conduta que irradiava valores eternos, por sua vida, tenho certeza de que ele está agora no Reino do Pai. No evangelho de Cristo, diz que “ouvidos nunca ouviram, olhos nunca viram a beleza que Deus preparou para os que o amam. É lá que o Humberto está usufruindo da alegria eterna. Meu abraço de condolências para a Vanda, para os filhos, para todos os amigos que agora choram a perda doída e inestimável. Agradeço muito ao Humbertinho que sempre me colocou a par dos acontecimentos. Deus lhe pague e o conforte. Obrigada, Humberto, por tudo quanto você fez aqui na terra, que tanto beneficiou Caratinga. Obrigada pelo afeto que me dedicou fazendo-me uma pessoa sempre melhor movida por seus atos nobres. Que Humberto, lá do céu, possa ver seus amigos e lhes enviar bênçãos de Deus. Seu nome agora é saudade!”.
Eugênio Maria Gomes, professor e escritor “Um momento de muita saudade, e de umas vitória. A saudade porque é um momento triste, nós seres humanos, a tristeza é inerente neste momento, mas o monsenhor Raul um dia disse que “a morte é saudade e não tristeza”, principalmente de uma pessoa como o Humberto. Humberto era o amigo dos amigos, quem teve a oportunidade de passar por aqui, sentiu na pele, a miscelânea de pessoas que estão aqui, todas as camadas da sociedade, todas as instituições. Humberto pode-se dizer que era unanimidade na nossa cidade e veio de Teófilo Otoni, uma terra que tem um jargão, “terra dos nossos encantos e dos nossos amores”, e o Humberto plantou isso aqui, encantou os amigos, amou os amigos, amos os filhos dos amigos, deixou o seu legado de uma forma muito clara, muito límpida, um homem que andava a pé pela cidade, que constituiu um grupo de comunicação de respeito, e era parceiro de todos os grupos, inclusive escrevia para outros jornais, era convidado, uma figura ímpar. Vou usar aqui uma palavra, do alto grau de cultura que o Humberto sempre usava, “uma figura impoluta e sem jaça”. Humberto foi aquela pessoa que preocupava, que ligava, um homem de extrema humildade, de poucos vícios, combateu o bom combate, permaneceu na fé. Nos últimos dias de vida tive as oportunidade de falar com ele, colocaram o telefone no ouvido dele, e eu disse para ele ser coluna forte no hospital, ele respondeu por escrito que os médicos poderiam fazer o que quisessem com ele, porque estava preparado, porque ali era um toco de braúna. Até o seu último momento ele conduziu tudo lúcido. E pincelar agora a vida política do Humberto, foi vereador em Teófilo Otoni, uma dos mais votados, foi presidente da União Estudantil, primeiro ato do Humberto como vereador, ele contava isso com maior orgulho, foi renunciar o salário, um homem que era filho de uma família de tão pequena posse e ele renunciou o salário, porque entendia que política é missão, é sacerdócio, é construir uma nova história, é mudar a vida das pessoas, veio para Caratinga, trinta anos diretor-secretário da Câmara, ele já sabia que estava findando o tempo dele. Ele me pediu para agradecer ao Dr. Welington, mas só depois que ele morresse, por ter lhe dado a honra de ser secretário de governo dele. Então eu acho que em poucas palavras se fosse resumir a vida do Humberto, o que todos amigos queriam aqui, seria, obrigado Humberto, gratidão e uma salva de palmas”.
Johny Claudy, vereador “A minha convivência com o senhor Humberto foi durante a minha chegada a TV Sistec, fiquei lá pouco mais de um ano, e se eu fosse resumir o senhor Humberto em uma palavra seria generosidade, isso foi uma das grandes lições que ele deixou durante esse tempo em que estive lá à frente do jornalismo, e além disso, era um grande escritor, um grande jornalista, foi um dos fundadores do grupo Sistec. Com certeza sempre será lembrado pela sua história. Era muito apaixonado pela comunicação e vai deixar aí uma grande história”.
Fábio Teodoro, jornalista “Convivi com Humberto por 33 anos, é uma perda muito grande, uma dor muito grande, porque perde Caratinga, e quando falo que perde Caratinga, perde a cultura, a literatura, o serviço desinteressado, perde o companheirismo, a comunicação. Então a gente perde um grande amigo, será uma falta muito grande, mas uma certeza que a gente tem pela fé, de que ele está bem, desfrutando do bom lugar que foi reservado pra ele. E a gente fica com essa saudade, mas também com o legado dele”.