Abastecimento mundial de café

Abastecimento mundial de café
Continuam as preocupações com o abastecimento mundial de café. A OIC – Organização Internacional do Café informou que as exportações globais de outubro a dezembro de 2022 caíram 2,8 % e agora, a partir de janeiro, o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, entrou em seu período de entressafra.

Brasil exportou menos café
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil divulgou, na última quarta-feira (8), que no mês de janeiro o Brasil exportou 2.842.576 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 17 % (575.297 sacas) menos que no mesmo mês de 2022 e 12 % (394.300 sacas) menos que no último mês de dezembro.
Queda no arábica
Chama a atenção que, em relação a dezembro último, a queda nos embarques de arábica em janeiro foi maior que a queda total. Caiu 14 % ou 400.766 sacas de arábica. Em relação a janeiro de 2022 a queda nas exportações de arábica foi de 19 % ou 561.177 sacas. Em relação a janeiro de 2021 a queda em nossos embarques de arábica foi ainda maior: 22,5 % ou 706.142 sacas.
Enquanto isso, na Colômbia…
A Colômbia, segunda maior produtora de arábica do mundo, há três anos sente os impactos do excesso de chuva em seus cafezais, o que segundo a FNC – Federação Nacional de Cafeteiros da Colômbia, justifica a baixa produtividade no último ano. O relatório mais recente indica que as condições do tempo começaram a melhorar, mas que impactaram a produção durante o período de floração e formação dos frutos. Nos últimos 12 meses (fevereiro de 2022 a janeiro de 2023), a produção ficou perto de 11,1 milhões sacas, 10% a menos em relação às quase 12,4 milhões de sacas no ciclo anterior. No ano cafeeiro, entre outubro de 2022 e janeiro de 2023, a produção no país vizinho foi de 3,8 milhões de sacas. O volume representa 14% a menos do que relação ao período anterior, quando foi de quase 4,4 milhões de sacas.
Cotações

Em reais por saca, os contratos para março próximo na ICE fecharam na última sexta-feira (10) valendo R$ 1 207,11. Quinta-feira (9) terminaram o pregão a R$ 1 212,61. Na sexta-feira anterior, dia 3, fecharam a semana a R$ 1 176,73.

 

 

 

 

 

 

Sobe e desce do mercado de café
No mercado físico brasileiro, os compradores subiram e desceram o valor de suas ofertas ao longo dos dias, acompanhando o sobe e desce do dólar e das cotações na ICE em Nova Iorque. O mercado físico brasileiro de café arábica permaneceu calmo. O volume de negócios cresceu um pouco, mas permanece baixa a quantidade de lotes oferecidos para venda. O mercado é comprador, mas os cafeicultores vendem pouco café nas bases de preços oferecidas.

VPB
Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para este ano, com base nas informações de janeiro, está estimado em R$ 1.265,2 trilhão. Este é o melhor resultado obtido nos últimos 34 anos para esse indicador. Em relação ao ano passado, que foi de R$ 1.189,7 trilhão, representa um acréscimo previsto de 6,1% em termos reais. As lavouras têm um faturamento previsto de R$ 900,8 bilhões, e a pecuária com R$ 364,4 bilhões.
Soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão lideram o faturamento dos 17 produtos analisados no relatório, representando 83,7% do VBP das lavouras estudadas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estimativa
A respeito dessa e de outras avaliações, o Escritório Carvalhaes, de Santos/SP, disse é preciso unificar o trabalho de estimativa da safra brasileira de café. “É um contrassenso – ruim para o mercado e para a imagem de nosso agronegócio – termos duas estimativas oficiais de produção. Uma do IBGE e outra da CONAB”, ressaltou.

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Minas
Exportações mineiras alcançam US$ 37,3 bilhões no ano e estado tem o maior superávit nacional em outubroResponsável por quase 13% das exportações brasileiras, Minas tem o melhor desempenho na balança comercial pelo segundo mês consecutivo DA REDAÇÃO – Com o aumento de parceiros comerciais, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses deste ano com US$ 37,3 bilhões em exportações. O valor representa um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024. O estado foi responsável por 12,9% das comercializações nacionais, sendo o terceiro maior exportador no acumulado de 2025. No mesmo período, o saldo da balança comercial alcançou superávit de US$ 21,9 bilhões. Até outubro, as importações somaram US$ 15,4 bilhões, um crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Minas segue sendo o quinto principal importador brasileiro. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas Gerais registrou o terceiro maior fluxo comercial do Brasil (US$ 52,7 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,4% ao do ano anterior. “Os resultados reforçam que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com números maiores do que foi registrado em 2024. Isso reflete o fortalecimento de Minas como ator importante no comércio exterior, que se deve ao apoio do Governo do Estado aos empreendedores mineiros”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Mila Corrêa da Costa. Café, ouro e veículos impulsionam Entre os produtos exportados no ano, as vendas de café aumentaram em US$ 2,7 bilhões, um aumento de 44,6% frente aos dez primeiros meses de 2024. Na sequência, vem o ouro com US$ 1,2 bilhões (72,6%) e os veículos com US$ 248,6 milhões (89,6%). No ano, Minas exportou seus produtos para dez países a mais do que em 2024, reforçando o potencial do estado em alcançar novos parceiros comerciais. No período, houve crescimento das exportações para 105 mercados, dentre os quais o Canadá registrou o maior valor e percentual (US$ 582 milhões e 66,8%). Em seguida, vem a Argentina (US$ 490,3 milhões e 39,4%); o Reino Unido (US$ 420,8 milhões e 77,4%); o Japão (US$ 237,1 milhões e 26,0%) e a Itália (US$ 232,4 milhões e 31,9%). Maior estado superavitário do Brasil Somente em outubro, Minas somou US$ 4,2 bilhões em exportações, com alta de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo o segundo maior exportador brasileiro no período. Novamente, o estado registrou o maior superávit do Brasil (US$ 2,5 bilhões), pelo segundo mês consecutivo, assim como em setembro. Entre os principais produtos exportados em outubro, o café também foi o produto mais relevante, representando 28,4% da pauta exportadora mineira, seguido dos minérios de ferro e seus concentrados (26,2%); ouro (7,2%); açúcares (4,9%) e ferro-ligas (4,8%). Minas também foi o maior exportador brasileiro de carboneto de silício (US$ 2,4 milhões); tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes (US$ 2,3 milhões); medicamentos (US$ 2,3 milhões); e queijos e requeijão (US$ 430,2 mil). Varginha foi a principal cidade exportadora em outubro, com participação de 8,2% nas vendas mineiras para o exterior, seguida por Guaxupé (7,2%), Nova Lima (5,3%), Paracatu (5,3%) e Araxá (4,9%). Lideram nas importações No décimo mês de 2025, as compras internacionais somaram US$ 1,7 bilhão. As principais mercadorias adquiridas foram: automóveis de passageiros (5,7%); adubos (fertilizantes) azotados (4,1%); hulhas (3,6%); veículos automóveis para transporte de mercadorias (3,3%) e partes de tratores e veículos de uso especial (3,3%). Betim liderou nas importações entre os municípios importadores, com percentual de 17,2%. Na sequência vem Extrema (12,8%), Uberaba (12,0%), Pouso Alegre (5,7%) e Belo Horizonte (5,1%).