O valor da obediência a Deus-8

O jeitinho do brasileiro que pode ser benção

Por falar do Brasil, queria pensar um pouco com você, querido leitor, querida leitora, sobre essa questão acima: nosso jeito de ser.

Na verdade, nós chamamos de outro jeito: o “jeitinho brasileiro”.

Às vezes ele é visto como algo negativo – como um atalho, uma improvisação, um “desenrolo”.

Mas e que tal se esse jeitinho for usado para espalhar bênção – você já pensou sobre isso?

Vamos lá, então:

Pra começar, vamos pensar naquele vizinho que se oferece para consertar o portão com o que tem em casa, só para ajudar. Você sabe que o trabalho não ficará perfeito, certo? Mas e daí – se resolveu o problema?

Ou – outra situação – a manicure que, mesmo cansada, encaixa mais uma cliente porque sabe que a pessoa precisa de um tempo para si. Existem culturas onde tal “milagre” não acontece.

Então podemos dizer que esse tipo de “jeitinho” não é para tirar vantagem, mas para construir pontes, aliviar pesos, mostrar que a vida tem espaço para generosidade. Sim – para dar uma mão, ou até, um abraço!

A promessa de Deus a Abraão diz que a obediência dele traria bênção às nações.

Hoje, no Brasil, obedecer à voz de Deus pode ser transformar o “jeitinho” em bênção: improvisar para ajudar, criar soluções criativas que respeitam e levantam o ânimo do próximo.

Isso significa, então, não é sobre dar um jeitinho para se beneficiar, mas para servir.

Que maravilha que “nós” “inventamos” esse “jeitinho” brasileiro! O mundo que entra em contato conosco fica admirado com a leveza que recebemos alguém de fora, um estrangeiro!

É bem o contrário do que está acontecendo em muitos outros países, onde a desconfiança é geral, mas coitado daquele que vem de fora: ele precisa fazer um esforço muitas vezes sobre-humano para provar que ele merece uma chance.

Voltando a nosso pátria amada: que a partir de hoje possamos ser sempre positivos com relação a essa nossa atitude em relação ao próximo. Aliás, que tal liberar mais tempo para ser ainda mais generoso do que já somos.

A onda de golpistas, estelionatários e trambiqueiros existe em todo o mundo. Agora, gente generosa, principalmente logo no primeiro encontro, é – pelo que eu saiba – só no Brasil

Assim, vamos continuar nessa linha de bênção:

Quando usamos o que temos – um talento, um tempinho extra, uma ideia diferente – para ajudar alguém, estamos tornando real essa promessa.

É como transformar o jeitinho brasileiro em jeitinho abençoado.

Afinal, obedecer à voz de Deus não é só ouvir, mas também viver de forma que os outros vejam e sintam a bênção.

Rev. Rudi Kruger – Faculdade Uriel de Almeida Leitão, Doctum