No nosso dia a dia, aqui em Caratinga, ou em qualquer outra parte do mundo, as palavras voam leves como o vento que passa pelas ruas do centro.
Seja aonde for – no banco de nossa praça, no mercado municipal ou no ponto de ônibus, sempre há alguém comentando as novidades da política, os resultados do campeonato mineiro, ou até espalhando fofocas. Mas, se prestarmos atenção, veremos que nem todas as palavras têm o mesmo valor.
Há mais de 2.600 anos o profeta Jeremias ouviu do Senhor o seguinte:
“Se falares o que é precioso e não o que é inútil, serás a minha boca” (Jeremias 15:19).
Vamos para as palavras no original hebraico: “PRECIOSO” é aquilo que tem peso, valor, algo raro. Já “INÚTIL” é mesmo que vazio, profano, sem substância. Deus está dizendo: quem fala em Seu nome deve separar ouro de cascalho.
É como a feira do produtor rural na cidade. Nem toda laranja que se vê na banca é de primeira. Algumas são pequenas, sem caldo, outras são doces e suculentas. O mesmo acontece com as palavras: muitas soam bonitas, mas só algumas nutrem e fortalecem a alma.
Na prática, isso significa que nossa boca deve ser usada para abençoar. Todos nós já vimos isso acontecer:
Uma palavra certa confortando um coração cansado! Um conselho dito no tempo certo levando uma pessoa a evitar uma decisão errada!
Em contrapartida, quantos relacionamentos foram destruídos por palavras ditas sem pensar?
Caratinga precisa de vozes que carreguem peso:
– No lugar da maledicência, a palavra que encoraja.
– No lugar da mentira, a verdade que liberta.
– No lugar da crítica amarga, o conselho que edifica.
Como boca de Deus, somos chamados a falar o que tem valor eterno.
Cabe a gente se autoexaminar: que tipo de palavra tem saído de meus lábios? Preciosa ou inútil? Ouro ou cascalho?
Em Caratinga, como em qualquer lugar, a cidade inteira pode ser transformada quando homens e mulheres decidem falar como porta-vozes de Deus.
Isso é um convite – para todos nós. Vamos lá!
Rev. Rudi A. Kruger – Faculdade de Teologia Uriel de A. Leitão – rudi@doctum.edu.br