Nasci no Sul, pertinho do Uruguai. Lembro muito bem do calorzão que fazia.
Depois visitei o Nordeste, o Norte também – até onde o Rio Amazonas “entra” no solo brasileiro.
Finalmente cheguei ao centro do Brasil: nossa região, e Caratinga!!! Aqui como em qualquer lugar de nossa pátria o sol é abundante.
Terra abençoada a nossa!
Imagine um dia quente de verão. O que a gente faz para refrescar? Que tal essa: sorvete, ou algum gelado qualquer?!
Talvez você fez isso – eu, com certeza.
Assim, a historinha que conto pode ter acontecido (e acontece) em qualquer lugar de nossa pátria:
Um menino compra um picolé no carrinho da praça. Mas, ao ver o coleguinha sem dinheiro, ele parte o picolé ao meio e oferece.
Uma cena tão simples e tão poderosa: a bênção sendo compartilhada.
Isso nos leva de volta ao tema da bênção, da promessa que Deus fez a Abraão logo no início em Gênesis 12.
Não diz lá que ele seria abençoado para acumular bênçãos. Ele seria um canal de ações abençoadoras.
Isso é tão simples: quando obedecemos à voz de Deus, partilhamos o pouco que temos – seja um picolé, um pedaço de bolo, um sorriso, ou um ombro amigo.
Acredite: essa partilha transforma o mundo ao nosso redor.
No Brasil, a generosidade do povo se revela nessas pequenas partilhas do dia a dia:
O pedreiro que divide a marmita com o ajudante, o estudante que empresta a apostila para o colega, a mãe que faz um bolo extra para a vizinha.
Cada gesto simples carrega a essência da promessa: ser bênção para outros.
Deus nos chama a repartir, mesmo quando parece pouco. Porque a bênção não se mede pelo tamanho do gesto, mas pelo amor que ele carrega.
Assim, a cena do menino com o picolé é uma lembrança viva da promessa de Abraão: um coração obediente espalhando bênçãos por onde passa.
E isso pode começar com um picolé na praça.
Rev. Rudi Kruger – Faculdade Uriel de Almeida Leitão, Doctum–rudi@doctum.edu.br