Esse foi craque
Esta semana, tirei algumas horas do meu dia para visitar um cara que tenho uma admiração enorme, e tenho orgulho em poder chamar de amigo. Hugo Amorim é daquelas figuras que valem a pena sentar para escutar suas histórias. Vivendo em Caratinga há 60 anos desde que chegou em 12 de outubro de 1959 para jogar no Esporte Clube Caratinga, vindo do Pastoril de Governador Valadares, Hugo colecionou amigos, e muitas histórias relacionadas ao futebol, ou não. Jogando num tempo onde o futebol por aqui era semiprofissional, tinha salário em torno de Cz$ 2.800 (Cruzeiros) no rubro negro, quando o salário mínimo da época era menos da metade desse valor. Originalmente lateral-esquerdo mesmo sendo destro, Hugo chegou e ocupou a vaga de volante no time do Caratinga comandado por Carmo Viggiano. De 1959 a 1976, foi um dos principais jogadores do Dragão entrando definitivamente para a galeria dos “imortais” da história do nosso futebol. No livro que estou preparando – iniciado pelo saudoso Nelson Souza – que irá contar a história do Esporte Clube Caratinga, “Dr. Hugo” não pode faltar. Afinal, suas lembranças de jogos, amigos e resenha, certamente enriqueceram muito a publicação. Esse pode ser chamado de craque.
Mineiro: Agora é semifinal
Depois de uma primeira fase previsível, uma fase quartas de final idem, agora é semifinal. Porém, tudo se encaminha para uma final Atlético x Cruzeiro mais uma vez, qualquer coisa fora disso será uma surpresa. O confronto Boa Esporte x Atlético em tese é o mais desequilibrado. Por mais que o alvinegro demonstre momentos de instabilidade, a disparidade técnica em relação ao time de Varginha é enorme.
No clássico América x Cruzeiro, a diferença técnica é menor que na outra semifinal. Entretanto, a Raposa leva vantagem em relação ao Coelho. Não só pelo regulamento em razão da melhor campanha, mas, principalmente pelo elenco bem mais qualificado. Portanto, se não tivermos zebra, teremos mais um Atlético x Cruzeiro na decisão do estadual.
A culpa não é do VAR
A semifinal da Taça Rio (segundo turno do campeonato Carioca) teve cenas lamentáveis no clássico Fla x Flu. Oque era para ser mais um grande encontro entre dois gigantes do futebol brasileiro, se transformou em algo que tinha uma bola em campo, 22 jogadores e um árbitro, mas não pode ser chamado de futebol. Jogadores que mais pareciam gladiadores, esqueceram várias vezes a bola e procuraram somente atingir o adversário. Entradas como de Bruno Henrique não podem ser toleradas e foi merecidamente expulso. Atitudes como as de PH Ganso reclamando e peitando o árbitro a todo momento, também precisam ser coibidas. Futebol está muito chato com tantas reclamações e tentativas de ganhar no grito. Colocar a culpa só na ruindade de alguns árbitros é covardia. Afinal, todos os jogadores, técnicos e bancos de reservas, já entram para o campo com a intensão deliberada em não colaborar para o bom trabalho do homem do apito. Muito pelo contrário, a intensão é forçar o erro a seu favor. Simulações, reclamações e tentativas de intimidação fazem parte do repertório para tentar ganhar no grito. Portanto, colocar a culpa no VAR, é não querer enxergar onde está realmente o problema. Parece a história daquele amigo que chegou de surpresa em casa, encontrou a esposa fazendo sexo com o vizinho no sofá. Não pensou duas vezes e vendeu o sofá.
Rogério Silva