Abrindo o baú: Quatro lendas

Quando se fala que nosso futebol não tem a mesma qualidade de décadas passadas, é comum nos atermos ao aspecto técnico dos jogadores. Não é raro encontrar alguém que fale com nostalgia dos anos 80, principalmente. Porém, ampliando um pouco mais esse debate, essa percepção da queda de qualidade, dentro de campo, pode ser aplicada também aos personagens que faziam o futebol regional acontecer fora dos gramados.

Olhando para essa foto, posso afirmar sem exagero algum: atualmente não temos ninguém em atividade do nível dessas feras aí, em suas respectivas funções.

Waldivino Alexandre “Coco”, um dos maiores desportistas da nossa história, fundou e manteve o Anápolis Futebol Clube em atividade por décadas.

Nelson Souza, inteligente, estudioso da legislação esportiva, respeitado e admirado por todos. Um dos principais responsáveis pela criação da Liga Caratinguense de Desportos, ajudou a formalizar estatutos de vários clubes em Caratinga e região. Sô Nelson funcionava como o “Google” da época: quando se tinha dúvida, procurava-se Nelson Souza.

Jota Baranda, a voz que narrava os principais campeonatos da região. Baranda foi o criador dos mascotes mais conhecidos dos times locais (Santa Rita — Leopardo da Vila; Bairro das Graças — Baleia; 1° de Maio — Touro; Fluminense — Burro do Sal). Sua voz imortalizou momentos inesquecíveis do nosso futebol. Todos que jogaram nesse tempo têm uma história do Jotinha para contar.

Élio do Carmo, o parceiro de transmissão que melhor fazia dupla com Baranda. Repórter de pista que não perdia um lance, sabia a hora certa de colocar uma pitada de humor nas transmissões. Também escreveu seu nome na história.

 

Olhando para essa recordação, vemos que não foi só dentro de campo que os craques ficaram mais raros. Que privilégio tive de trabalhar com eles.

 

Vitin é fera

Atleta do Cettatic, Vitor Tonelle — o Vitin, como é conhecido — nasceu em 2015 e já mostra, tão jovem, uma trajetória de evolução notória. Desde os 6 anos no Cettatic, acumula conquistas relevantes no futsal, no futebol society e no futebol local e regional. Parabéns, garoto!

Lições do esporte: dedique-se não para ter sucesso, mas até ter sucesso.

 

Base: formar ou ganhar?

 

O ideal é entender que formar bem aumenta naturalmente as chances de vencer. O título deve ser visto como fruto do processo, não como fim em si mesmo. Na base, formar é mais importante que ganhar títulos, mas competir e buscar vitórias faz parte do processo formativo — desde que o aprendizado venha em primeiro lugar.

 

Rogério Silva

📩 abrindoojogocaratinga@gmail.com

📱 @rogeriosilva89fm

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