Toda família tem lá seus problemas, mas a forma de Eduardo Bolsonaro tratar o seu pai, Jair Bolsonaro, deixou todas e todos indignados e se pode resumir em uma só palavra: LAMENTÁVEL. Questiona-se se Eduardo estaria realmente preocupado com os problemas do Brasil, já que suas falas e atitudes giram em torno da defesa de uma anistia ampla para proteger Jair Bolsonaro e a própria família, mesmo que isso prejudique a economia nacional.
Nas conversas interceptadas pela Polícia Federal, em um relatório de 170 páginas, Eduardo Bolsonaro aparece em um tom de forte irritação com o pai. Durante um telefonema, ele afirma:
“Se o imaturo do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui […] quem vai se fuder é você e vai decretar o resto da minha vida nesta porra aqui!”
A expressão “nesta porra aqui” é uma referência direta aos Estados Unidos, onde Eduardo se encontrava naquele momento. O deputado viajou para a América com o objetivo de articular apoios políticos e defender a narrativa de que Jair Bolsonaro estaria sendo perseguido judicialmente no Brasil. O desabafo demonstra a insatisfação de Eduardo em permanecer nos EUA, país onde se sente preso em um papel ingrato e sem resultados concretos. Ele reclama que está se sacrificando sozinho no exterior, enquanto o pai, segundo sua visão, não ajuda ou ainda atrapalha as articulações.
Esse episódio, revelado no relatório da PF, reforça o clima de tensão e divisão dentro da própria família Bolsonaro durante as investigações que envolvem Jair, Eduardo e aliados próximos.
Nesse contexto, Eduardo me fez relembrar a atitude de Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19, quando ironizou as vítimas da doença e disse que não era coveiro. Foi também LAMENTÁVEL a postura do ex-presidente durante a Covid.
O relatório da Polícia Federal de 170 páginas, divulgado nesta semana, revela conversas entre pai e filho sobre anistia, conectadas à tentativa de golpe de Estado, e aponta ainda o papel central do pastor Silas Malafaia como conselheiro e organizador de manifestações.
A atuação do pastor Silas Malafaia, conforme detalhado no relatório da Polícia Federal que resultou no indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro, foi peça-chave nas estratégias de coação contra as instituições democráticas, pois validava e alinhava publicações do ex-presidente em redes sociais, além de participar de esforços para pressionar ministros e líderes políticos.
O ciúme de Eduardo em relação a Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, cotado para concorrer à presidência com a inegibilidade de Bolsonaro, foi exposto por meio da conversa entre Jair e Eduardo nesse relatório de 170 páginas.
Ao mesmo tempo que os aliados da direita de Jair Bolsonaro ficaram muito assustados com o xingamento do filho e do pastor Silas Malafaia, para esses aliados o relatório da Polícia Federal representa um vazamento político, brigas que não precisariam ser expostas. No meu entender, a Polícia Federal é séria e não está de brincadeira, e revela fatos que interessam às questões para elucidar sobre o golpe de Estado, quando Bolsonaro tentou impedir que Lula tomasse posse em 2022, desdobrando também a questão da anistia. Justifica-se assim a necessidade de que a Polícia Federal publicasse a conversa. O desdobramento dessa conversa vai costurando uma colcha de retalhos e, assim, se poderá concluir as investigações de forma clara e precisa.
A recente apuração do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) trouxe à tona uma movimentação de R$ 30,5 milhões na conta do ex-presidente Jair Bolsonaro, no período de apenas um ano.
Segundo o relatório, os valores levantam suspeitas de lavagem de dinheiro e outros possíveis crimes financeiros, o que levou a Polícia Federal a aprofundar as investigações. Essas movimentações reforçam o cerco jurídico e político que envolve não apenas o ex-presidente, mas também membros de sua família, como Eduardo Bolsonaro, Michele Bolsonaro e outras pessoas.
O caso se soma às investigações já em andamento sobre tentativa de golpe de Estado e articulações contra o Supremo Tribunal Federal, ampliando a gravidade do quadro que cerca Bolsonaro e seus aliados.
Não me alegra ver Jair Bolsonaro nesta situação, mas, por outro lado, a aplicação da lei é necessária: JUSTIÇA. Independentemente das investigações e disputas políticas, torço para que o Brasil siga em frente, livre das crises que o dividem e enfraquecem. O que desejo é um país forte, respeitado no mundo, capaz de se tornar uma grande potência.
Mais do que tudo, acredito em um futuro onde todos possam viver com dignidade, em paz e com justiça social. Que as disputas políticas não roubem dos brasileiros o que é mais importante: a esperança de um amanhã melhor.
Vamos semear o BEM.
PAZ E BEM!