Secretários de Meio Ambiente e Obras falam sobre situação da avenida Ana Pena de Faria

Devido a obra, estátua do leão foi retirada

historicamente, os esgotamentos eram lançados na rede pluvial. “Não existia uma rede de esgoto adequada e os moradores lançavam seus esgotos lá. É com advento do convênio, da celebração da parceria com a Copasa, a rede de esgoto foi implantada no ambiente e houve um conflito de processo, ocasionado pela colocação da rede no nível mais elevado. Reitero que a Copasa está disposta a orientar os moradores para eles desenvolverem reuniões e acelerar o processo, para realização dessa captura dos esgotos pelas redes condominiais e, em seguida, a Copasa irá captar o esgoto e facilitar o processo de desenvolvimento das obras”.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, a Copasa já encaminhou uma relação de 50 residências que estavam lançando os esgotos na rede pluvial. “Fizemos notificações através do Departamento de Fiscalização e muitos moradores regularizaram a situação. Aqueles que tinham condições espaciais e financeiras, realizaram as instalações e a captação tornou-se normal. O fato é que não conseguimos com segurança afirmar quantos moradores, porque toda vez que abrimos a rede constatamos um volume de moradores que jogam seus esgotamentos em redes pluviais. São redes tipo ‘espinha de peixe’, que conectam à rede principal da Avenida”.

OBRAS

O secretário Carlos Alberto citou a avenida como um desafio e uma obra bastante complexa. “Desde o início do recapeamento, já tínhamos preocupação com a avenida, fizemos uns drenos paliativos, não tínhamos a extensão do tamanho do problema que tinha no meio do canteiro central. Drenamos e fez-se o recapeamento, ficou muito bem feito, na época até fomos bastante elogiados, mas, com as chuvas, não sabíamos dessa ligação de esgoto clandestina, clandestina, até então, porque na época que foram feitas, há 20, 30 anos, não existia rede de esgoto e o esgoto era jogado nos córregos. Tinha até a céu aberto. Depois, que foram canalizando, surgindo a preocupação com o Meio Ambiente e foram caindo ali dentro. Surgiu aquela água voltando em frente ao bar do Danda, no Leão”.

Carlos Alberto recorda a equipe da Secretaria de Meio Ambiente com caminhões de sucção tentaram desentupir a rede, pois, acreditavam que se tratava apenas de um entupimento e não tiveram sucesso. “Me acionaram e só conseguimos fazer quebrando, não tem como saber o que tem debaixo da terra, se não quebrar, principalmente, se tratando de manilha. O primeiro passo foi abrir em frente o comércio do Danda, para achar a saída, que para nossa surpresa, ao invés de estar reto, estava de lado, tivemos que quebrar de lado. Cada escavação ali foi uma surpresa, outra surpresa maior é chegar do outro lado da BR e fazer uma escavação de uma profundidade que nem se imaginava que seria tanto. Passando por debaixo da Calpen, chegamos aonde a rede estava toda assoreada, que com esses cortes que fazem nos loteamentos, os caminhões carregam terra sem lona e acaba descendo a terra. Um dia a conta chega e chegou a conta daquela rede ali. Percebemos que também debaixo ali da Calpen, estava chegando muito pouquinho, era o motivo do entupimento, da água estar voltando, chegando já no nível do rio. Então, estava muito perigoso fazer qualquer coisa debaixo da Calpen, teria que desapropriar e fazer a drenagem do rio, uma obra já muito mais cara”.

Engenheiros e topógrafos realizaram as medições para saber quais procedimentos seriam adotados na rede. “Pensou-se no lado de lá, isso tudo veio ocasionando essa demora, pois não se sabia ainda o que ia fazer. Com os estudos, chegou-se à conclusão de que o jeito mais fácil e mais em conta seria passar por ali mesmo, perto do posto e tentar aproveitar um emaranhado de redes que tem ali. Para suportar as redes de esgoto que vinham dentro da pluvial foram feitas várias bocas de lobo, para captar a água ali também da rodoviária. Tive uma reunião com o prefeito e passei que não existe outra solução a não ser pedir para tirar as árvores, que já estavam formando buracos grandes de erosão pela manilha”.

Com autorização do Codema, foi realizada a retirada de árvore, tendo início as escavações. De acordo com José Carlos, as equipes se depararam com grande quantidade de esgoto na rede e com a questão das minas. “Para nossa surpresa encontramos laje de pedra, desvio de manilha, manilha de menor calibre que a outra, remendada, tudo isso facilitando o assoreamento e entupimento. Não teve jeito, é fazer uma nova rede. Mas, para isso, precisava retirar esse esgoto, senão vamos continuar na mesma prática, cometendo crime ambiental, jogando esgoto no rio. O projeto veio se realizando, trocando as manilhas, mas, com a presença do esgoto vem dificultando, viemos tentando sugar o esgoto, para não poluir mais. E procurando solução em conjunto com o Meio Ambiente, colocamos a Copasa junto e felizmente conseguimos essa reunião para falar que os moradores não teriam condições de fazer a rede sem a ajuda deles”.

Um monitoramento está sendo realizado, localizando todos os pontos da rede de esgoto que estão descendo nas pluviais. “Agora, com essa intervenção da Copasa e as pessoas mais conscientes, vamos começar já a rede estancando as minas, para não dar mais aquele deslocamento das manilhas e fazer as bocas de lobo, porque pretende-se em outro projeto, ainda precisa de orçamento, fazer ali uma pista de caminhada, ambiente florido, lugar de lazer. Por isso precisamos que o pessoal retire o esgoto para continuarmos a obra. Estamos providenciando umas passarelas provisórias para o pessoal passar, evitar queda e serão providenciadas também lixeiras, para o pessoal não ficar jogando o lixo ali dentro. Creio que segunda-feira as obras já vão iniciar com parte do esgoto já coletado”.

Para finalizar, Carlos Alberto Bastos fez uma estimativa de conclusão dos serviços. “É um trabalho de formiguinha, pedimos compreensão à população. Vamos depender da chegada do material, chegando dá para colocar por dia umas 10 manilhas, então estimamos no máximo três meses de obras com o esgoto retirado”.

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