BELO HORIZONTE - O presidente da CeasaMinas, Luciano Oliveira, se reuniu na última segunda-feira (20), com representantes da Prefeitura de Caratinga para discutir a revitalização do entreposto local, privatização da empresa e adequações no contrato de cessão de uso de um terreno pertencente a estatal onde está o Banco de Alimentos. Participaram da reunião o secretário de Agricultura, Alcides Leite, e o diretor de Agronegócio, José Corintho. De acordo com o diretor de Agronegócio, José Corintho, as adequações solicitadas no contrato de cessão de uso do terreno onde está o Banco de Alimentos não irão interferir na doação de produtos para as pessoas em vulnerabilidade social. Além de construir o Banco de Alimentos em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Caixa Econômica Federal, a prefeitura local é também responsável por administrar o projeto. De acordo com Lorena Roza, coordenadora do Banco de Alimentos, o programa doou 119.700 kg de alimentos somente no primeiro semestre de 2021. Cerca de 90% destes alimentos foram doados através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal compra alimentos dos produtores rurais locais e os repassa ao Banco. Visita à unidade Em relação a privatização, foi solicitado que o presidente da CeasaMinas visitasse o entreposto de Caratinga para tranquilizar os produtores rurais da região. Há um temor por parte deles de que a privatização vá interferir no funcionamento do Mercado Livre do Produtor (MLP). No entanto, o governo federal vem reafirmando várias vezes que o funcionamento do MLP não será alterado. BOX Privatização A respeito da privatização do CeasaMinas, conforme matéria do jornal O Tempo, publicada no último dia 10, o edital que traria as regras do evento, anteriormente marcado para novembro próximo, foi mesmo prorrogado para que o leilão aconteça em fevereiro de 2022 e seja a operação finalizada em abril de 2022. O outro lado No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (SindSep-MG) alerta sobre os efeitos que a privatização da instituição terá para o aumento de tarifas para os produtores, risco de desabastecimento e, consequente, aumento dos preços dos alimentos para a população. Além dos prejuízos para a união, com o valor de venda anunciado abaixo do que a empresa vale. Segundo matéria do portal UAI, de agosto último, Sania Barcelos, diretora do SindSep-MG, apontou a maior preocupação com a privatização. "O principal objetivo da Ceasa é o escoamento de produção. Então temos mais de 4 mil produtores cadastrados e eles fazem a comercialização dos produtos a um baixo custo. Consequentemente, isso faz com que o alimento chegue a um preço justo na mesa do consumidor. O decreto que criou a Ceasa não prevê lucro, a empresa é única e exclusivamente para administrar o abastecimento alimentar. A partir do momento que for privatizado e o lucro passar a ser o objetivo maior, o consumidor final sentirá o aumento do preço dos insumos", ressaltou. Além disso, de acordo com o SindSep-MG, um levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avaliou a empresa com um valor de 10% do que ela realmente vale. Este levantamento mostra que o lance mínimo do leilão de privatização da CeasaMinas foi definido em R$ 253,2 milhões, mas o valor estimado da empresa é superior a R$ 2 bilhões.
BELO HORIZONTE – O presidente da CeasaMinas, Luciano Oliveira, se reuniu na última segunda-feira (20), com representantes da Prefeitura de Caratinga para discutir a revitalização do entreposto local, privatização da empresa e adequações no contrato de cessão de uso de um terreno pertencente a estatal onde está o Banco de Alimentos. Participaram da reunião o secretário de Agricultura, Alcides Leite, e o diretor de Agronegócio, José Corintho.
De acordo com o diretor de Agronegócio, José Corintho, as adequações solicitadas no contrato de cessão de uso do terreno onde está o Banco de Alimentos não irão interferir na doação de produtos para as pessoas em vulnerabilidade social.
Além de construir o Banco de Alimentos em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Caixa Econômica Federal, a prefeitura local é também responsável por administrar o projeto. De acordo com Lorena Roza, coordenadora do Banco de Alimentos, o programa doou 119.700 kg de alimentos somente no primeiro semestre de 2021.
Cerca de 90% destes alimentos foram doados através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal compra alimentos dos produtores rurais locais e os repassa ao Banco.
Visita à unidade
Em relação a privatização, foi solicitado que o presidente da CeasaMinas visitasse o entreposto de Caratinga para tranquilizar os produtores rurais da região. Há um temor por parte deles de que a privatização vá interferir no funcionamento do Mercado Livre do Produtor (MLP). No entanto, o governo federal vem reafirmando várias vezes que o funcionamento do MLP não será alterado.
BOX
Privatização
A respeito da privatização do CeasaMinas, conforme matéria do jornal O Tempo, publicada no último dia 10, o edital que traria as regras do evento, anteriormente marcado para novembro próximo, foi mesmo prorrogado para que o leilão aconteça em fevereiro de 2022 e seja a operação finalizada em abril de 2022.
O outro lado
No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (SindSep-MG) alerta sobre os efeitos que a privatização da instituição terá para o aumento de tarifas para os produtores, risco de desabastecimento e, consequente, aumento dos preços dos alimentos para a população. Além dos prejuízos para a união, com o valor de venda anunciado abaixo do que a empresa vale.
Segundo matéria do portal UAI, de agosto último, Sania Barcelos, diretora do SindSep-MG, apontou a maior preocupação com a privatização. “O principal objetivo da Ceasa é o escoamento de produção. Então temos mais de 4 mil produtores cadastrados e eles fazem a comercialização dos produtos a um baixo custo. Consequentemente, isso faz com que o alimento chegue a um preço justo na mesa do consumidor. O decreto que criou a Ceasa não prevê lucro, a empresa é única e exclusivamente para administrar o abastecimento alimentar. A partir do momento que for privatizado e o lucro passar a ser o objetivo maior, o consumidor final sentirá o aumento do preço dos insumos”, ressaltou.
Além disso, de acordo com o SindSep-MG, um levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avaliou a empresa com um valor de 10% do que ela realmente vale. Este levantamento mostra que o lance mínimo do leilão de privatização da CeasaMinas foi definido em R$ 253,2 milhões, mas o valor estimado da empresa é superior a R$ 2 bilhões.
BELO HORIZONTE – O presidente da CeasaMinas, Luciano Oliveira, se reuniu na última segunda-feira (20), com representantes da Prefeitura de Caratinga para discutir a revitalização do entreposto local, privatização da empresa e adequações no contrato de cessão de uso de um terreno pertencente a estatal onde está o Banco de Alimentos. Participaram da reunião o secretário de Agricultura, Alcides Leite, e o diretor de Agronegócio, José Corintho. De acordo com o diretor de Agronegócio, José Corintho, as adequações solicitadas no contrato de cessão de uso do terreno onde está o Banco de Alimentos não irão interferir na doação de produtos para as pessoas em vulnerabilidade social. Além de construir o Banco de Alimentos em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Caixa Econômica Federal, a prefeitura local é também responsável por administrar o projeto. De acordo com Lorena Roza, coordenadora do Banco de Alimentos, o programa doou 119.700 kg de alimentos somente no primeiro semestre de 2021. Cerca de 90% destes alimentos foram doados através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal compra alimentos dos produtores rurais locais e os repassa ao Banco. Visita à unidade Em relação a privatização, foi solicitado que o presidente da CeasaMinas visitasse o entreposto de Caratinga para tranquilizar os produtores rurais da região. Há um temor por parte deles de que a privatização vá interferir no funcionamento do Mercado Livre do Produtor (MLP). No entanto, o governo federal vem reafirmando várias vezes que o funcionamento do MLP não será alterado. BOX Privatização A respeito da privatização do CeasaMinas, conforme matéria do jornal O Tempo, publicada no último dia 10, o edital que traria as regras do evento, anteriormente marcado para novembro próximo, foi mesmo prorrogado para que o leilão aconteça em fevereiro de 2022 e seja a operação finalizada em abril de 2022. O outro lado No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (SindSep-MG) alerta sobre os efeitos que a privatização da instituição terá para o aumento de tarifas para os produtores, risco de desabastecimento e, consequente, aumento dos preços dos alimentos para a população. Além dos prejuízos para a união, com o valor de venda anunciado abaixo do que a empresa vale. Segundo matéria do portal UAI, de agosto último, Sania Barcelos, diretora do SindSep-MG, apontou a maior preocupação com a privatização. “O principal objetivo da Ceasa é o escoamento de produção. Então temos mais de 4 mil produtores cadastrados e eles fazem a comercialização dos produtos a um baixo custo. Consequentemente, isso faz com que o alimento chegue a um preço justo na mesa do consumidor. O decreto que criou a Ceasa não prevê lucro, a empresa é única e exclusivamente para administrar o abastecimento alimentar. A partir do momento que for privatizado e o lucro passar a ser o objetivo maior, o consumidor final sentirá o aumento do preço dos insumos”, ressaltou. Além disso, de acordo com o SindSep-MG, um levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avaliou a empresa com um valor de 10% do que ela realmente vale. Este levantamento mostra que o lance mínimo do leilão de privatização da CeasaMinas foi definido em R$ 253,2 milhões, mas o valor estimado da empresa é superior a R$ 2 bilhões.
BELO HORIZONTE – O presidente da CeasaMinas, Luciano Oliveira, se reuniu na última segunda-feira (20), com representantes da Prefeitura de Caratinga para discutir a revitalização do entreposto local, privatização da empresa e adequações no contrato de cessão de uso de um terreno pertencente a estatal onde está o Banco de Alimentos. Participaram da reunião o secretário de Agricultura, Alcides Leite, e o diretor de Agronegócio, José Corintho. De acordo com o diretor de Agronegócio, José Corintho, as adequações solicitadas no contrato de cessão de uso do terreno onde está o Banco de Alimentos não irão interferir na doação de produtos para as pessoas em vulnerabilidade social. Além de construir o Banco de Alimentos em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Caixa Econômica Federal, a prefeitura local é também responsável por administrar o projeto. De acordo com Lorena Roza, coordenadora do Banco de Alimentos, o programa doou 119.700 kg de alimentos somente no primeiro semestre de 2021. Cerca de 90% destes alimentos foram doados através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal compra alimentos dos produtores rurais locais e os repassa ao Banco. Visita à unidade Em relação a privatização, foi solicitado que o presidente da CeasaMinas visitasse o entreposto de Caratinga para tranquilizar os produtores rurais da região. Há um temor por parte deles de que a privatização vá interferir no funcionamento do Mercado Livre do Produtor (MLP). No entanto, o governo federal vem reafirmando várias vezes que o funcionamento do MLP não será alterado. BOX Privatização A respeito da privatização do CeasaMinas, conforme matéria do jornal O Tempo, publicada no último dia 10, o edital que traria as regras do evento, anteriormente marcado para novembro próximo, foi mesmo prorrogado para que o leilão aconteça em fevereiro de 2022 e seja a operação finalizada em abril de 2022. O outro lado No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores Ativos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público Federal no Estado de Minas Gerais (SindSep-MG) alerta sobre os efeitos que a privatização da instituição terá para o aumento de tarifas para os produtores, risco de desabastecimento e, consequente, aumento dos preços dos alimentos para a população. Além dos prejuízos para a união, com o valor de venda anunciado abaixo do que a empresa vale. Segundo matéria do portal UAI, de agosto último, Sania Barcelos, diretora do SindSep-MG, apontou a maior preocupação com a privatização. “O principal objetivo da Ceasa é o escoamento de produção. Então temos mais de 4 mil produtores cadastrados e eles fazem a comercialização dos produtos a um baixo custo. Consequentemente, isso faz com que o alimento chegue a um preço justo na mesa do consumidor. O decreto que criou a Ceasa não prevê lucro, a empresa é única e exclusivamente para administrar o abastecimento alimentar. A partir do momento que for privatizado e o lucro passar a ser o objetivo maior, o consumidor final sentirá o aumento do preço dos insumos”, ressaltou. Além disso, de acordo com o SindSep-MG, um levantamento feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avaliou a empresa com um valor de 10% do que ela realmente vale. Este levantamento mostra que o lance mínimo do leilão de privatização da CeasaMinas foi definido em R$ 253,2 milhões, mas o valor estimado da empresa é superior a R$ 2 bilhões.