NOTÍCIAS DO AGRO

ICE
Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque e na ICE Europe em Londres, trabalharam na última semana em forte alta. Os sérios e seguidos problemas climáticos que afetam tanto a produção de café do Brasil – maior produtor de arábica do mundo e segundo maior produtor de conilon/robusta – como dos demais produtores de arábica e robusta ao redor do mundo, comandaram as altas desta semana.

ICE II

Na última sexta-feira (15), na Ice Futures US, em Nova Iorque, os contratos de arábica para março próximo, trabalharam em alta até perto do fechamento, bateram em US$ 1,9250 na máxima do dia, encerrando o pregão em queda de 130 pontos, a US$ 1,8930 por libra peso. Na ICE Europe, em Londres, os contratos de café robusta para janeiro próximo, subiram na sexta 32 dólares, encerrando o dia a US$ 2.857 por tonelada.

Consumo
O consumo em alta e o esgotamento dos estoques mundiais remanescentes – tanto nos países produtores como nos consumidores. Na União Europeia, maior região consumidora de café, os estoques atingiram mínimas históricas – agravam esse quadro e dificultam ainda mais as decisões e o posicionamento dos operadores de mercado.

Vietnã
Em plena entrada no mercado da safra de robusta do Vietnã, maior produtor mundial, e com o Brasil, segundo maior produtor global, batendo, em novembro último, seu recorde histórico de exportação de conilon (foram 855.879 sacas), as cotações desses cafés subiram forte esta semana e atingiram seu maior patamar desde 2008.

Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US permaneceram estáveis na última sexta-feira (15) em 242.399 sacas. Há um ano eram de 743.010 sacas, quando já eram considerados criticamente baixos. Caíram neste período 500.611 sacas. Subiram nesta semana 7.700 sacas. Na semana passada esses estoques subiram 10.663 sacas. Caíram na semana anterior à passada 66.688 sacas. No mês de novembro a queda foi de 165.072 sacas e no mês de outubro a queda totalizou 52.807 sacas. No mês de setembro esses estoques caíram 58.986 sacas. No mês de agosto, a queda foi de 45.369 sacas e no mês de julho de 16.163 sacas.

Dólar e o mercado

O dólar sexta-feira (15) subiu 0,43 % e fechou a R$ 4,9370. Na sexta-feira anterior (8) fechou a semana a R$ 4,9300. Em reais por saca, os contratos para março próximo em Nova Iorque encerraram o pregão de sexta-feira (15) valendo R$ 1.236,25. Fecharam quinta-feira (14) a R$ 1.239,45. Na sexta-feira (8) fecharam a R$ 1.155,27.

Mercado físico
No mercado físico brasileiro, os compradores aumentaram o valor de suas ofertas ao longo da última semana, acompanhando a alta nas cotações na ICE americana. O volume de negócios fechados cresceu, mas continua abaixo da média usual para o mês de dezembro. Muitos cafeicultores decidiram aguardar o início de 2024 para oferecer seus cafés ao mercado. Cafés arábicas, de boa qualidade a finos, foram negociados acima dos mil reais por saca.
CECAFÉ
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de novembro foram embarcadas 4.328.910 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 15,4 % (578.839 sacas) mais que no mesmo mês de 2022 e 1,75 % (77.287 sacas) menos que no último mês de outubro. Foram 3.241.668 sacas de café arábica (queda de 3,4 %, ou 114.219 sacas em relação a novembro de 2022, e de 6 % ou 206.526 sacas em relação a outubro de 2023) e 855.879 sacas de café conilon (alta de 678 % ou 745.858 sacas em relação a novembro de 2022, e de 25,8 % ou 175.930 sacas em relação a outubro de 2023) , totalizando 4.097.547 sacas de café verde embarcadas, que somadas a 227.675 sacas de solúvel e 3.688 sacas de torrado, totalizaram 4.328.910 sacas exportadas em novembro último.
Embarques dezembro
Até dia 15, os embarques de dezembro estavam em 1.116.344 sacas de café arábica, 173.971 sacas de café conilon, mais 89.342 sacas de café solúvel, totalizando 1.379.657 sacas embarcadas, contra 1.831.664 sacas no mesmo dia de novembro. Até o mesmo dia 15 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em dezembro totalizavam 1.887.977 sacas, contra 2.360.745 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 8, sexta-feira, até o fechamento do dia 15, subiu nos contratos para entrega em janeiro próximo 1.215 pontos ou US$ 16,07 (R$ 79,34) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE, fecharam no dia 8 a R$ 1.155,27 por saca, e sexta-feira, dia 15, a R$ 1.236,25.Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 130 pontos.

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Minas
Exportações mineiras alcançam US$ 37,3 bilhões no ano e estado tem o maior superávit nacional em outubroResponsável por quase 13% das exportações brasileiras, Minas tem o melhor desempenho na balança comercial pelo segundo mês consecutivo DA REDAÇÃO – Com o aumento de parceiros comerciais, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses deste ano com US$ 37,3 bilhões em exportações. O valor representa um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024. O estado foi responsável por 12,9% das comercializações nacionais, sendo o terceiro maior exportador no acumulado de 2025. No mesmo período, o saldo da balança comercial alcançou superávit de US$ 21,9 bilhões. Até outubro, as importações somaram US$ 15,4 bilhões, um crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Minas segue sendo o quinto principal importador brasileiro. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas Gerais registrou o terceiro maior fluxo comercial do Brasil (US$ 52,7 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,4% ao do ano anterior. “Os resultados reforçam que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com números maiores do que foi registrado em 2024. Isso reflete o fortalecimento de Minas como ator importante no comércio exterior, que se deve ao apoio do Governo do Estado aos empreendedores mineiros”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Mila Corrêa da Costa. Café, ouro e veículos impulsionam Entre os produtos exportados no ano, as vendas de café aumentaram em US$ 2,7 bilhões, um aumento de 44,6% frente aos dez primeiros meses de 2024. Na sequência, vem o ouro com US$ 1,2 bilhões (72,6%) e os veículos com US$ 248,6 milhões (89,6%). No ano, Minas exportou seus produtos para dez países a mais do que em 2024, reforçando o potencial do estado em alcançar novos parceiros comerciais. No período, houve crescimento das exportações para 105 mercados, dentre os quais o Canadá registrou o maior valor e percentual (US$ 582 milhões e 66,8%). Em seguida, vem a Argentina (US$ 490,3 milhões e 39,4%); o Reino Unido (US$ 420,8 milhões e 77,4%); o Japão (US$ 237,1 milhões e 26,0%) e a Itália (US$ 232,4 milhões e 31,9%). Maior estado superavitário do Brasil Somente em outubro, Minas somou US$ 4,2 bilhões em exportações, com alta de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo o segundo maior exportador brasileiro no período. Novamente, o estado registrou o maior superávit do Brasil (US$ 2,5 bilhões), pelo segundo mês consecutivo, assim como em setembro. Entre os principais produtos exportados em outubro, o café também foi o produto mais relevante, representando 28,4% da pauta exportadora mineira, seguido dos minérios de ferro e seus concentrados (26,2%); ouro (7,2%); açúcares (4,9%) e ferro-ligas (4,8%). Minas também foi o maior exportador brasileiro de carboneto de silício (US$ 2,4 milhões); tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes (US$ 2,3 milhões); medicamentos (US$ 2,3 milhões); e queijos e requeijão (US$ 430,2 mil). Varginha foi a principal cidade exportadora em outubro, com participação de 8,2% nas vendas mineiras para o exterior, seguida por Guaxupé (7,2%), Nova Lima (5,3%), Paracatu (5,3%) e Araxá (4,9%). Lideram nas importações No décimo mês de 2025, as compras internacionais somaram US$ 1,7 bilhão. As principais mercadorias adquiridas foram: automóveis de passageiros (5,7%); adubos (fertilizantes) azotados (4,1%); hulhas (3,6%); veículos automóveis para transporte de mercadorias (3,3%) e partes de tratores e veículos de uso especial (3,3%). Betim liderou nas importações entre os municípios importadores, com percentual de 17,2%. Na sequência vem Extrema (12,8%), Uberaba (12,0%), Pouso Alegre (5,7%) e Belo Horizonte (5,1%).