NOTÍCIAS DO AGRO

Aposta na nova safra
Os operadores no mercado de café continuaram apostando que a nova safra brasileira, com a colheita avançando mais rápido agora em junho, resolverá sozinha os problemas de abastecimento do mercado mundial de café. Ignoram em suas análises os indicadores que apontam um preocupante quadro de aperto entre produção e consumo global e estoques mundiais criticamente baixos.

Contratos
Os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque e na ICE Europe em Londres oscilaram forte por toda a última semana. Em Nova Iorque, na ICE, os contratos para julho próximo bateram sexta-feira (2) em US$ 1,8780 na máxima do dia, em alta de quase 500 pontos. Viraram para o campo negativo, e encerraram o pregão em queda de 275 pontos, a US$ 1,8030 por libra peso. Quinta-feira (1), fecharam em alta de 440 pontos, a US$ 1,8305 por libra peso.
Estoques
No mês de maio, os estoques de cafés certificados na ICE Futures US caíram 14,2 %. São 96.645 sacas menos que as 680.163 sacas existentes no último dia de abril. No mês de abril, a queda foi de 62.731 sacas. Sexta-feira (2), caíram mais 935 sacas. Estão em 574.443 sacas. Há um ano esses estoques totalizavam 1.030.616 sacas, quando já eram considerados baixos e muito preocupantes. Caíram neste período 457.108 sacas.

Voluma do café estocado
Os dados que monitoram o volume de café estocado em armazéns nos portos americanos – que ajudam analistas, traders e produtores de café a avaliar a oferta e a demanda – foram repentinamente retirados do mercado no início de maio. Esses dados eram publicados mensalmente pela GCA – Green Coffee Association há décadas.

Produção mundial de café
Informações sobre problemas na produção mundial de café continuam chegando ao mercado semana após semana. Os números sobre o consumo ao redor do mundo permanecem positivos e os estoques de café, tanto nos países produtores como nos consumidores são pequenos, bem abaixo dos números históricos.

Dólar
Depois de chegar a operar acima de R$ 5,10 nos primeiros dias da semana, o dólar fechou sexta-feira (2) em queda de 1,50 % a R$ 4,9540. Na semana passada a queda acumulada foi de 0,70 %.
Preço do café

Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE em NY fecharam sexta-feira (2) a R$ 1 181,53. Quinta-feira (1) encerraram o dia valendo R$ 1 212,15. Na sexta-feira passada (26/5), fecharam valendo a R$ 1 198,46.

Embarques
Até dia 2, os embarques de maio estavam em 1.910.658 sacas de café arábica, 125.249 sacas de café conilon, mais 288.761 sacas de café solúvel, totalizando 2.324.668 sacas embarcadas, contra 2.682.786 sacas no mesmo dia de abril. Até o mesmo dia 2 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 2.644.311 sacas, contra 2.515.667 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 26, sexta-feira, até o fechamento do dia 2/5, caiu nos contratos para entrega em julho próximo 130 pontos ou US$ 1,72 (R$ 8,52) por saca em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 26 a R$ 1.198,46 por saca, e sexta-feira, dia 2, a R$ 1.181,53. Ainda na sexta passada, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 275 pontos.

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Minas
Exportações mineiras alcançam US$ 37,3 bilhões no ano e estado tem o maior superávit nacional em outubroResponsável por quase 13% das exportações brasileiras, Minas tem o melhor desempenho na balança comercial pelo segundo mês consecutivo DA REDAÇÃO – Com o aumento de parceiros comerciais, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses deste ano com US$ 37,3 bilhões em exportações. O valor representa um crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período de 2024. O estado foi responsável por 12,9% das comercializações nacionais, sendo o terceiro maior exportador no acumulado de 2025. No mesmo período, o saldo da balança comercial alcançou superávit de US$ 21,9 bilhões. Até outubro, as importações somaram US$ 15,4 bilhões, um crescimento de 9,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Minas segue sendo o quinto principal importador brasileiro. Ainda segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Minas Gerais registrou o terceiro maior fluxo comercial do Brasil (US$ 52,7 bilhões). O valor representa um crescimento de 6,4% ao do ano anterior. “Os resultados reforçam que estamos no caminho certo para encerrar 2025 com números maiores do que foi registrado em 2024. Isso reflete o fortalecimento de Minas como ator importante no comércio exterior, que se deve ao apoio do Governo do Estado aos empreendedores mineiros”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Mila Corrêa da Costa. Café, ouro e veículos impulsionam Entre os produtos exportados no ano, as vendas de café aumentaram em US$ 2,7 bilhões, um aumento de 44,6% frente aos dez primeiros meses de 2024. Na sequência, vem o ouro com US$ 1,2 bilhões (72,6%) e os veículos com US$ 248,6 milhões (89,6%). No ano, Minas exportou seus produtos para dez países a mais do que em 2024, reforçando o potencial do estado em alcançar novos parceiros comerciais. No período, houve crescimento das exportações para 105 mercados, dentre os quais o Canadá registrou o maior valor e percentual (US$ 582 milhões e 66,8%). Em seguida, vem a Argentina (US$ 490,3 milhões e 39,4%); o Reino Unido (US$ 420,8 milhões e 77,4%); o Japão (US$ 237,1 milhões e 26,0%) e a Itália (US$ 232,4 milhões e 31,9%). Maior estado superavitário do Brasil Somente em outubro, Minas somou US$ 4,2 bilhões em exportações, com alta de 12,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, sendo o segundo maior exportador brasileiro no período. Novamente, o estado registrou o maior superávit do Brasil (US$ 2,5 bilhões), pelo segundo mês consecutivo, assim como em setembro. Entre os principais produtos exportados em outubro, o café também foi o produto mais relevante, representando 28,4% da pauta exportadora mineira, seguido dos minérios de ferro e seus concentrados (26,2%); ouro (7,2%); açúcares (4,9%) e ferro-ligas (4,8%). Minas também foi o maior exportador brasileiro de carboneto de silício (US$ 2,4 milhões); tijolos, placas (lajes), ladrilhos e peças cerâmicas semelhantes (US$ 2,3 milhões); medicamentos (US$ 2,3 milhões); e queijos e requeijão (US$ 430,2 mil). Varginha foi a principal cidade exportadora em outubro, com participação de 8,2% nas vendas mineiras para o exterior, seguida por Guaxupé (7,2%), Nova Lima (5,3%), Paracatu (5,3%) e Araxá (4,9%). Lideram nas importações No décimo mês de 2025, as compras internacionais somaram US$ 1,7 bilhão. As principais mercadorias adquiridas foram: automóveis de passageiros (5,7%); adubos (fertilizantes) azotados (4,1%); hulhas (3,6%); veículos automóveis para transporte de mercadorias (3,3%) e partes de tratores e veículos de uso especial (3,3%). Betim liderou nas importações entre os municípios importadores, com percentual de 17,2%. Na sequência vem Extrema (12,8%), Uberaba (12,0%), Pouso Alegre (5,7%) e Belo Horizonte (5,1%).